Autores

de Oliveira Pimentel, S.J. (INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS-IFAM) ; Tinoco Pacheco, M.L. (INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS-IFAM) ; Guimarães Costa, K.M. (INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS-IFAM)

Resumo

A pesquisa está sendo desenvolvida em uma escola estadual do município de manaus localizada no bairro da cachoeirinha, vinculada ao programa PIBID- UIRAPURU-QUÍMICA do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, em três turmas do terceiro ano do ensino médio com uma média de 105 estudantes. Com o objetivo de utilizar o modelo molecular, já existente, para auxiliar o ensino aprendizado dos estudantes nos conteúdos de funções orgânicas e propondo adaptações na sua utilização para estudantes com deficiência visual(DV) ou baixa visão (BV). Neste sentido, o modelo molecular está para auxiliar a tornar esse conteúdo menos abstrato. Para analisar os resultados tomou-se o depoimento dos estudantes e as avaliações propostas ao final de cada aplicação.

Palavras chaves

Qímica; Inclusão; Modelo

Introdução

Os modelos moleculares são recursos pedagógicos utilizados no ensino da química orgânica os quais permitem ao estudante visualizar os átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e haletos orgânicos e a construção de moléculas referente a cada função orgânica que envolve os átomos citados. Nesse sentido, a construção dessas moléculas torna o ensino da química orgânica menos abstrata. Tendo em vista a dificuldade dos estudantes em visualizar, átomos e moléculas, que possuem caráter microscópico, criam-se barreiras atitudinais e procedimentais, e estes passam a acreditar que a disciplina de química é difícil e não se apresenta no seu cotidiano. Neste sentido promover nos estudantes interesse pela disciplina e sua importância no seu contexto acadêmico e social e um dos desafios desta pesquisa. Para que possa tornar o estudo da química orgânica menos abstrato aos estudantes do ensino médio e venha á verificar as possibilidades desse modelo ser adaptado para estudantes com deficiência visual, a pesquisa foi dividida em três etapas: A seleção dos conteúdos; O desenvolvimento das atividades; A aplicação das atividades. Para atender o desafio de utilizar o modelo molecular, propondo adaptações para estudantes com deficiência visual (DV) ou baixa visão (BV), recorre-se a proposta da Pedagogia Histórico Crítica que nos apresenta um caminho inclusivo propondo ao estudante a promoção social no espaço escolar e comunitário. Podemos desenvolver dinâmicas pedagógicas alternativas que envolvam os estudantes no gosto e na curiosidade por aprender.

Material e métodos

A pesquisa é de caráter qualitativo que de acordo com Minayo (2010), busca questões muito específicas e detalhadas, preocupando-se com um nível da realidade que não pode ser mensurado e quantificado. Opera com base em significados, motivos, aspirações, crenças, valores, atitudes, e outras características subjetivas que correspondem às relações, processos ou fenômenos e não podem ser reduzidas à variáveis numéricas. Portanto, no decorrer das atividades, foram feitas anotações e entrevistas com os estudantes e professora. Utilizo a observação-participante que, segundo Appolinário (2006), é aquela na qual o pesquisador, enquanto observa e registra, interage com os sujeitos observados. Além desta, houve o planejamento de aula norteada nos princípios propostos pela pedagogia histórico-crítica e a elaboração de um material didático para avaliação dos estudantes relacionado aos conteúdos apreendidos durante as aulas.A escolha da Pedagogia Histórico-Crítica como metodologia de ensino de química, tem como um dos objetivos verificar como podemos utilizar os modelos moleculares para o ensino de química orgânica, em especial, as funções orgânicas, para estudantes com deficiência visual. De acordo com Santos (2005), a utilização dos preceitos da Pedagogia Histórico-Crítica é uma abordagem coerente para se atender as intenções formativas no Ensino de Química. Segundo Gasparin (2011), metodologicamente a PHC assim se apresenta: Prática social inicial, Problematização, Instrumentalização, Catarse é Prática social final.

Resultado e discussão

As aplicações desenvolveram-se no decorrer dos anos de 2014, 2015, 2016 é 2017. Para os conteúdos:Introdução a química orgânica, hidrocarbonetos, funções oxigenadas, nitrogenadas e haletos foi utilizado uma média de oito aulas dentro das etapa da PHC. Ao final de cada conteúdo a entrevista com os estudantes é a avaliação. A avaliação foi constituída do reconhecimento dos átomos é moléculas, divididos em equipes de quatro e cinco estudantes com dois estudantes vendados. Os estudantes que não estavam vendados faziam as perguntas e montavam as moléculas aos que estavam vendados, esse tinham certo tempo para responder. As aplicações foram feitas nas turmas de terceiro ano no decorrer da pesquisa. O modelo molecular contribui com o aprendizado do estudante, o que pode ser observado na avaliação, pois a turma em sua maioria demonstrou o melhor entendimento do conteúdo, sendo que, quando questionada sobre o fato da química orgânica esta relacionada com seu cotidiano demonstraram surpresa ou disseram que sabiam, mas não relacionavam com esta ciência, essa exposição e feita na primeira e segunda etapa da PHC. Ao serem indagados sobre a inclusão de pessoas com DV ou BV, disseram que não viam impedimentos já que as atividades propostas atenderiam a ambos, sem prejudicar o decorrer das aulas. A última etapa está prevista para o final de julho em uma escola que tenha estudante com DV e a proposta e lavar alguns estudantes da sala a qual foi feita a atividade para auxiliar na aplicação.

Conclusões

Com as primeiras etapas concluídas os estudantes demonstraram entendimento em relação ao reconhecimento do átomo e a construção das estruturas moleculares. Por meio de indagações feitas aos estudantes os mesmos mostraram-se favoráveis ao modelo. Ao serem indagados sobre a inclusão de pessoas com DV ou BV, disseram que não viam impedimentos já que as atividades propostas atenderiam a ambos, sem prejudicar o decorrer das aulas. Asim, o tato é um sentido que favorece o aprendizado dos estudantes com ou sem a deficiência visual. A aplicação da última etapa esta prevista para o final de julho.

Agradecimentos

Ao Instituto Federal de Educação, ciência e Tecnologia do amazonas-IFAM."Esse trabalho é financiado pela CAPES através do Projeto PIBID (Programa Institucional d

Referências

APPOLINÁRIO, F.. Metodologia da Ciência: Filosofia e Prática da Pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
BATISTA, C.G. Formação de conceitos em crianças cegas: questões teóricas e implicações educacionais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2005.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2011.
MINAYO, M.C.S.(Org) Pesquisa Social; Teoria Método e Criatividade. 29ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
SANTOS, C.S. Ensino de Ciências: Abordagem histórico-crítica. Campinas, SP:Autores Associados, 2005.