Autores

Lima, A. (CESP/UEA) ; Amaral, R. (SEDUC/AM) ; Amaral, R. (SEDUC/AM) ; Eleutério, C.M. (SEDUC/AM)

Resumo

Buscando uma aprendizagem significativa para o ensino de química, realizou- se por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- PIBID, a trilha das sensações. Em que juntos com os bolsistas do programa, levou-se os alunos a construírem uma trilha em que os mesmos pudessem experienciar a química por meio dos sentidos. Para organização da atividade o trabalho foi dividido nas seguintes etapas:1ª Pesquisa bibliográfica; 2ª compilação das pesquisas; 3ª Relação dos sentidos com conteúdo de Química, 4ª Elaboração da trilha das sensações; 5ª Analise da trilha. O resultado dessa atividade prática permitiu que os alunos relacionassem os conteúdos de forma mais significativa, e assim compreender que tudo que os mesmos aprendem na escola está interligado com seu cotidiano.

Palavras chaves

Sentidos; Química; Prática

Introdução

Atualmente, têm-se questionado com frequência novas abordagens para o ensino de química, que oportunize os alunos a vivência de uma ciência mais orgânica, ou seja, de que a química não se limita apenas a experimentos em laboratórios, nesse sentido, o papel do professor é o eixo central nessa discussão, uma vez que suas propostas metodológicas tornarão os conteúdos mais atraentes se forem contextualizadas e aplicadas em situações cotidianas. Os Parâmetros Curriculares Nacional para o Ensino Médio (PCNEM), fornecem diversas sugestões para o ensino de química, uma delas fornece subsídios para um ensino de Química voltado para a problematização contextualizada. Buscando uma aprendizagem significativa nessa perspectiva, realizou-se diversas atividades por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- PIBID, dentre elas destacamos a trilha das sensações. Em que juntos com os bolsistas do programa, levou-se os alunos a construírem uma trilha em que os mesmos pudessem experienciar a química por meio dos sentidos. O resultado dessa atividade prática permitiu que os alunos relacionassem os conteúdos de forma mais significativa, e assim compreender que tudo que os mesmos aprendem na escola está interligado com seu cotidiano.

Material e métodos

A química nos sentidos é um tema complexo para se trabalhar, uma vez que, no seu contexto para explicar as diversas sensações humanas, precisamos buscar uma série de conhecimentos químicos. Dessa maneira focamos nos cinco sentidos humanos e suas relações com o ensino de Química, são eles: PALADAR: funções orgânicas, flavorizantes (ésteres) estrutura das moléculas; geometria molecular; forças intermoleculares (ligação hidrogênio, forças dipolo-dipolo e Van der Waalls); funções inorgânicas (ácidos e sais); solubilidade. OLFATO: volatilidade das substâncias; difusão; interações intermoleculares; concentração; mudanças de estado físico da matéria. VISÃO: modelos atômicos; ondas eletromagnéticas (espectro eletromag¬nético); comprimento de onda; isômeros; TATO: calorimetria, gases, mecanorrepção. AUDIÇÃO: comprimento de onda. E para organização da atividade o trabalho foi dividido nas seguintes etapas:1ª Pesquisa bibliográfica; 2ª compilação das pesquisas; 3ª Relação dos sentidos com conteúdo de Química, 4ª Elaboração da trilha das sensações; 5ª Analise da trilha. A trilha das sensações foi realizada com 100 alunos a qual culminou em um trajeto projetado em uma sala de aula para que os alunos pudessem envolver seus sentidos em diversas experiencias sensórias que buscava uma explicação química. Os alunos aos entrarem na sala, deveriam cumprir uma série de desafios, o primeiro era subir em um tapete de pregos, logo após seus olhos eram vendados e continuavam o caminho tendo diversas texturas diferentes onde pisavam, a próxima sensação era da visão, onde os alunos eram submetidos a diversas ilusões de ótica e reações químicas, e seguida as sensações de tato e paladar foram testadas, os alunos participantes deveriam experimentar diversos aromas e sabores.

Resultado e discussão

Os dados aqui apresentados foram analisados a partir das questões propostas no questionário de avaliação da atividade, em que os alunos participantes responderam o que aprenderam da disciplina antes e depois da trilha das sensações e também por meio das observações realizadas dos alunos no momento da prática. Vidal e Melo (2013) defendem que a contextualização e a interdisciplinaridade permitem vincular eventos ao conhecimento científico de forma a facilitar a aprendizagem e atrair o aprendiz às reflexões sobre o assunto em debate, dessa forma tornando a aprendizagem de química interessante para o aluno. Nesse sentido, é possível observar o crescimento substancial do interesse dos alunos pela disciplina, a partir dos dados apresentados no gráfico. Quando os alunos foram questionados quanto a relação de conteúdos de química e os sentidos o gráfico sugere a fácil relação da Química nas atividades propostas como sugere os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), os quais mostram que a disciplina de química seja ministrada de forma contextualizada e interdisciplinar utilizando temas estruturadores vinculados ao cotidiano social de modo a lograr uma compreensão efetiva do conteúdo abordado. A área da química envolvida com os sentidos está perceptivelmente presente em nosso cotidiano e é de fácil aplicabilidade a fim de lograr compreensão no ensino, considerando a interdisciplinaridade.

Grafico 1

Gráfico ilustrativo

Grafico 2



Conclusões

Muitos professores colocam que o desafio de ensinar de forma contextualizada está muito das vezes ligado a estruturas das escolas, em que muitas das vezes não possuem um laboratório ou materiais disponíveis, outro ponto que os mesmos colocam está no ensino pautado apenas nos livros didáticos. Nesse sentido, que o trabalho da trilha das sensações desenvolvido por meio do PIBID vem mostrar que é possível fazer ciência e ensinar ciência a partir de atividades que levem os alunos a relacionarem os saberes do cotidiano com os conhecimentos científicos

Agradecimentos

Referências

VIDAL, R. M. B.; MELO, R. C. A Química dos Sentidos – Uma Proposta Metodológica. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 35, n. 1, p- 182-188, ago. 2013.