Autores

Ramos, G.C. (UFPA) ; Barros, D.M.B. (UEPA) ; Nascimento, L.T. (UEPA) ; Palheta Junior, A.R. (UEPA) ; Barros, D.J.P. (UEPA) ; Silva, A.S. (UEPA)

Resumo

Neste projeto trabalhou-se a temática “Fotossíntese”, a qual favorece o emprego de conhecimentos científicos variados. Os procedimentos adotados corresponderam a realização de uma: sondagem I; apresentação de uma aula expositivo-dialogada; sondagem II e por fim a execução do jogo “Trilha Verde”. Objetivou-se utilizar a interdisciplinaridade (Biologia, Química e Física) e o lúdico, uma vez verificado que o modelo de ensino não realiza a correlação das áreas de conhecimento e utiliza metodologias desmotivadoras. Este trabalho foi a aplicado para alunos “Escola Municipal de Ensino Fundamental Baha’í Olavo Novaes” da cidade de Salvaterra/PA. Os dados obtidos foram bastante satisfatórios, quando constatado que os alunos expandiram seus conhecimentos científicos a respeito da temática.

Palavras chaves

Fotossíntese; Interdisciplinaridade; Lúdico

Introdução

O tema “fotossíntese” mostra-se adequado para trabalhar embasamentos científicos no ensino fundamental, necessitando de conhecimentos de diferentes áreas, o que possibilita uma abordagem criativa, que agrega distintas disciplinas (KAWASAKI; BIZZO, 2000). Neste sentido, a temática mostra-se uma alternativa apropriada para se trabalhar a interdisciplinaridade. Entre os conteúdos de Ciências, a Química e a Física, são as que mais preocupam os docentes, alguns até excluem de suas aulas conteúdos destas matérias, por acreditarem que estes são complexos (GOMES; OLIVEIRA, 2007). Isso gera uma desmotivação do aprendizado para as disciplinas de química e física, pois os estudantes não conseguem perceber o significado ou a validade do que estudam, gerando um conhecimento mecânico, distante e abstrato (UNTAR, 2008). Assim, verifica-se a necessidade de se empregar novas metodologias, as quais irão facilitar este processo, como a adoção de jogos educativos, que além de estimular a participação de forma ativa dos discentes, contribui também para o trabalho coletivo. Segundo Santana (2008), o lúdico pode contribuir para o aprendizado, pois além de ser prazeroso para o aluno, atua como mediador da aprendizagem, cooperando para o processo de construção do conhecimento do aluno. Neste contexto, visa-se trabalhar a temática Fotossíntese, utilizando o lúdico como ferramenta didática pedagógica para uma visão interdisciplinar, relacionando os assuntos das três áreas do conhecimento científico: Física, Química e Biologia.

Material e métodos

O trabalho foi executado com 24 alunos do 6 º ano da “Escola Municipal de Ensino Fundamental Baha’í Olavo Novaes” da cidade de Salvaterra/PA. Este dividiu-se em quatro momentos, sendo estes: aplicação de uma sondagem I, onde foram disponibilizadas folhas (pedaços de papeis) para serem adicionados a um painel, visando analisar o conhecimento prévio dos alunos sobre tema. Em um segundo momento, ministrou-se uma aula expositiva dialogada, utilizando a projeção de slide e quadro branco, com a temática “Fotossíntese”, explanada de forma interdisciplinar, empregando Biologia, Física e Química. No terceiro momento, aplicou-se a sondagem II (mesmo procedimento da sondagem anterior) para avaliar se houve adição de informações do conteúdo, assim, objetivando realizar uma comparação, para obtenção dos resultados. Em um quarto momento, ocorreu o jogo “Trilha Verde”, que consistiu em facilitar a fixação do conteúdo ministrado. Utilizou-se para a elaboração de tal ferramenta didática 4 garrafas PET, cola, tesoura, papelão, 5 cartolinas e pincel atômico, para produção dos pinos, dado (com dimensão 24cm x 24cm) e “casas” (com dimensões 21cm x 29cm). Com 4 equipes formadas, os planos de regras foram repassados; 1-Todos tinham que participar, nos jogos e na elaboração das respostas; 2-Escolher um representante; 3-Haveria uma ordem de jogada de cada equipe; 4-Todas as equipes participavam das tarefas e 5-Para avançar as casas eram necessários vencer as tarefas e acerta as perguntas. O jogo procedeu com o sorteio da ordem fixa para jogar o dado, as tarefas eram; corrida no saco, corrida com colher com limão, revezamento, e corrida de zig-zag. A ordem de chegada seria a mesma para responder perguntas referentes ao tema exposto, visto assim, o jogo procedeu até a chegada da trilha.

Resultado e discussão

A aplicação do projeto obteve um rendimento satisfatório, visto que, despertou interesse, participação e desempenho por parte dos alunos (Fig. 1). De tal forma, foi verificado que a utilização do lúdico aliado ao aporte teórico, se mostra uma alternativa válida no processo de ensino- aprendizagem, como ressalta Campos (2008) quando explana que o lúdico pode ser utilizado como promotor da aprendizagem nas práticas escolares, aproximando assim o alunos ao conhecimento científico, consistindo em uma importante ferramenta para o professor desenvolver a habilidade de resolução de problemas, favorecer a apropriação de conceitos, e a atender as características da adolescência. Ainda se tratando do lúdico, Neves (2007) afirma que através de atividades lúdicas se explora a criatividade do aluno, melhorando sua conduta no processo de ensino-aprendizagem e sua autoestima. Avaliando os dados obtidos por meio da sondagem I (Fig. 2), verificou-se que um percentual baixo, de participantes descreveram; oxigênio, clorofila. Vale salientar que alguns alunos citaram “foto” relacionado a imagem, somando tais fatores verifica-se que o aprendizado sobre o tema foi deficitário. De tal forma é conveniente explanar mais sobre a temática. É importante ressaltar que a determinação os itens ficaram a critério do aluno. Avaliando os dados obtidos por meio da sondagem II (Fig. 2), foi notória a expansão do conhecimento científico diante da temática, evidenciada com as especificidades descritas, pode-se exemplificar, a citação do Magnésio; cloroplastos e raios solares, respectivamente condizentes ao uso das três das áreas do conhecimento, Química; Biologia e Física. Com base no exposto, o objetivo do projeto foi alcançado, uma vez verificado que os itens citados foram associados as disciplinas.

Conclusões

Com base no resultado obtido, constatou-se que o lúdico se mostra uma ferramenta metodológica eficaz no processo de ensino- aprendizagem, visto que, favoreceu o exercício do aporte teórico ministrado. Desta forma, o jogo “Trilha Verde”, beneficia tanto o professor, no processo avaliativo do aprendizado, quanto ao aluno, referente a exercício de maneira descontraída do conteúdo que lhe foi repassado. Em síntese, é viável fazer uso de recursos que motivem o aluno a aprender, aliando a esta a interdisciplinaridade e a contextualização, contribuindo desta forma para a aprendizagem do aluno.

Agradecimentos

Referências

CAMPOS, l.m.l; BORTOLOTO, T.M.; FELICIO, A.K.C. A produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. 2008. Disponível em:< www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/aproducaodejogos.pd>. Acesso em: 26 Jun. 2017.

GOMES, H. J. P.; OLIVEIRA, O. B.. Obstáculos epistemológicos no ensino de ciências: um estudo sobre suas influências nas concepções de átomo. Ciências & Cognição, v. 12, p. 96-109, 2007.

KAWASAKI, C. S.; BIZZO, N. M. V.. Fotossíntese: um tema para o ensino de Ciências. Química nova na escola, v. 12, n. 11, p. 24-29, 2000.

NEVES, L. O. R. O professor, sua formação e sua prática. 2007. Disponível em:<https://sites.google.com/site/professoralisandrarte/formacao-de-professor>. Acesso em: 26 jun. 2017.

SANTANA, E. M.. A Influência de atividades lúdicas na aprendizagem de conceitos químicos. Anais do 1º Seminário Nacional de Educação profissional e tecnologia – SENEPT. Belo Horizonte (MG), 2008. Disponível em: < http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/terca_tema1/TerxaTema1Artigo4.pdf>. Acessado em: 20 de junho de 2017.

UNTAR, S. A química no ensino fundamental e os conhecimentos dos professores das escolas municipais da cidade de Várzea Grande–MT. 145 f. 2008. Dissertação (Mestrado em Educação na Área de Concentração: Teorias e Práticas Pedagógicas da Educação Escolar) – Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Cuiabá (MT), 2008.