Autores
Farias Nascimento, T. (FAMETRO) ; da Silva Aguiar, D. (FAMETRO) ; Bezerra da Rocha, C. (FAMETRO) ; Cardoso de Freitas, S. (FAMETRO) ; Geovana da Cunha, C. (FAMETRO) ; Ferreira da Silva, K. (FAMETRO) ; Bentes Rozário, R. (FAMETRO) ; Costa Rebelo, M. (FAMETRO)
Resumo
O ensino de físico-química nas escolas brasileiras apresenta entraves. O conteúdo termodinâmico é baseado na resolução de exercícios com aplicação de equações sem contextualização. Para solucionar esse problema, é necessário criar metodologias diferenciadas que favoreçam o aprendizado. Para tal, este trabalho apresenta metodologia teoria e prática com o intuito de aperfeiçoar o estudo da primeira lei da termodinâmica. Desta forma, busca aproximar a disciplina e o aluno por intermédio de práticas experimentais como ferramenta didática para o ensino de química.
Palavras chaves
metodologia ; termodinâmica ; aula teórica e pratica
Introdução
Há muito tempo que se discute o ensino de físico-química das escolas brasileiras, e por mais que se tenha avançado, ainda há muitos que estão alienados ao ensino, baseado na resolução de exercícios com aplicação de equações sendo o professor, o principal mediador entre os problemas e a solução dos mesmos. Segundo Souza et al (2013), as atividades experimentais devem ser desenvolvidas nas aulas de Química, propiciando que o aluno adquira capacidade de refletir sobre os fenômenos e de articular os conhecimentos. Conforme Silva (2016), muitas pesquisas na área de experimentação mostram possibilidade de experimentos simples e que se utiliza de materiais de fácil acesso, aparatos simples e de fácil manuseio. O uso da experimentação é fundamental como ferramenta contextualizada, pois o aluno associará o conceito ao seu cotidiano, propiciando uma interatividade e fixando com mais facilidade assuntos de difícil compreensão com a termodinâmica. A maioria das leis e dos princípios da Termodinâmica foi formulada antes ou de forma independente da teoria atômica. Portanto, uma explicação molecular dos fenômenos enriqueceria a compreensão desses conceitos (BARROS, 2009).Neste trabalho, a Primeira Lei da Termodinâmica foi abordada com o auxilio de uma experimentação com o objetivo de desenvolver um método alternativo e de baixo custo como suporte para aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem pelos discentes para os conceitos de transformação de energia, calor e trabalho abordados no estudo da primeira lei da termodinâmica.
Material e métodos
O projeto foi realizado na Faculdade Metropolitana de Manaus- FAMETRO, localizada na cidade de Manaus, com a turma do 5° período de química noturno, com cerca de 30 alunos aproximadamente. A proposta do projeto foi desenvolver uma simulação da aplicação de metodologias inovadoras que posteriormente será executada no Ensino Médio. A turma foi analisada através do questionário de sondagem, que incluía questões referentes às dificuldades ao assunto da primeira lei da termodinâmica, e foi sugerida uma metodologia para a contextualização do assunto abordado em sala, utilizando materiais do cotidiano do aluno. Deste modo, optou-se pela atividade prática experimental caseira denominada ‘’a termodinâmica da latinha’’ em quase analisaram conceitos, exemplos práticos e norteamento de fatores do dia a dia que se assemelham ao estudo do tema. A aplicação da metodologia foi feita em quatro etapas:1. Pré-questionário de sondagem.2. Aula teórica expositiva e contextualizada. 3. Aula experimental com a latinha termodinâmica. 4. Questionário de pós-sondagem. Os materiais utilizados para a confecção do experimento foram todos alternativos,sendo eles: suporte de madeira; pregos; lata de refrigerante; ventoinha; arame recosido; seringa; álcool; água e fósforos, para que assim não houvesse a necessidade de usar um laboratório.A aula experimental ocorreu na sala de aula. Os alunos assistiram a demonstração do experimento de forma interativa. Após as explicações sobre a prática experimental, os alunos foram capazes de responder corretamente as perguntas solicitadas por meio de metodologia ativa de forma prazerosa.
Resultado e discussão
A metodologia tradicional, por ser o pilar do ensino, costuma ser o método
mais utilizado, tornando-se menos atrativo aos alunos. Segundo Silva (2011)
a lousa continua sendo o recurso mais utilizado nas salas, porém Alves
(2007) diz que o ensino da Química especificamente, a experimentação deve
contribuir para a compreensão de conceitos químicos, podendo distinguir duas
atividades:a prática e a teórica. Inicialmente, aplicou-se um questionário
pré-sondagem para obter o conhecimento prévio dos alunos do 5° período de
Química com relação ao assunto da primeira lei da termodinâmica e observou-
se um menor rendimento antes da explicação da aula. Após a aula teórica
experimental, utilizou-se às mesmas perguntas no questionário pós-sondagem,
onde se observa a redução significativa de erros com relação às questões 1,2
e 4 e isso pode ser atribuída à associação da contextualização dos conteúdos
com o uso da experimentação (Gráficos 1- 4), já a questão três (3) por ser
interpretativa houve maior dificuldade na absorção do conteúdo. Com base nas
respostas dos alunos, observou-se que os mesmos se sentiram entusiasmados e
compreenderam os fenômenos termodinâmicos que acontecem ao seu redor com
maior facilidade, utilizando o método experimental como ferramenta de ensino
complementar, auxiliando na aprendizagem. A realização desse experimento
envolveu os alunos de forma participativa devido à interação promovida
através dessa ferramenta (Figura 1).
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EXPERIMENTO SOBRE TERMODINÂMICA
![](imagens/10773-497b03a7c0.png)
QUESTIONARIOS AVALIATIVOS
Conclusões
Essa metodologia foi utilizada de acordo com as dificuldades apresentadas pelos discentes, sendo elas mais pertinentes no conceito de trabalho, visualizado no PRÉ-SONDAGEM. Também foi visto o desenvolvimento dos estudantes, somando as dúvidas que os mesmos apresentaram, o que vai de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio a qual foram elaborados para guiar a prática docente rumo a uma reforma educacional pretendida para o modelo brasileiro em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, 1996).
Agradecimentos
Agradecemos o apoio disponibilizado pela FAMETRO para o desenvolvimento da pesquisa.
Referências
SOUZA, F. L., AKAHOSHI, L. H., MARCONDES, M. E. R. E CARMO, M. P. Atividades experimentais investigativas no ensino de química. Cetec capacitações: Projeto de formação continuada de professores da educação profissional do Programa Brasil Profissionalizado – Centro Paula Souza - Setec/MEC. 2013.