Autores

Silva, E.P. (FAMETRO) ; Silva, E.V.S. (FAMETRO) ; Silva, E.C.C. (FAMETRO) ; Miranda, A.G. (FAMETRO)

Resumo

Para facilitar o aprendizado aos estudantes do ensino médio na escola estadual Maria da Luz Calderaro situada na zona centro oeste de Manaus, propôs-se que a metodologia nas aulas referentes ao tópico solubilidade fossem contextualizadas. A Química Orgânica está crescendo a cada dia, devido as variáveis substâncias produzidas pelos seres vivos e para suprir as necessidades da população que também está aumentando, investem-se nas substancias sintéticas. Deste modo, nota-se o quanto esta ciência está presente em todos os aspectos diários do sujeito, então busca-se um meio de diminuirem as dificuldades na transmissão dessa disciplina, à vista disso o professor pode aproveitar para fazer a contextualização em suas aulas com situações que fazem parte da vida diária dos colegiais.

Palavras chaves

Química orgânica; Solubilidade; Contextualização

Introdução

O propósito da aprendizagem no ensino de Química contribuir para a eficácia no treinamento da cidadania e os Parâmetros Curriculares (PCNEM) para o Ensino Médio implementando a contextualização no currículo escolar. Os PCNEM para o Ensino Médio no Brasil (2002), descrevem que a elaboração de planos educativos interdisciplinares com sistematizações de recursos pedagógicos é favorável às aptidões, principalmente as conectadas a contextualização sociocultural e ligadas ao conhecimento químico. Nas escolas acontecem algumas adversidades que prejudicam as transmissões de conhecimentos, como exemplo: a ausência de contextualização. Quando o estudante se depara com os assuntos em sala, acha-os dificultoso, não consegue entender a razão pela qual se estuda essa disciplina e como consequência acaba se desinteressando por ela. Segundo Oliveira (2012), a Química é uma ciência complexa, tanto aos educadores quanto aos educandos, porque não se consegue visualizar os elementos, átomos e moléculas, necessitando-se de aprimoramentos e modernizações de estudos. A educação mediante a Química deve acompanhar as mudanças que acontecem no meio social, observando-se que o progresso depende de conhecimentos educacionais atualizados. Encontrar soluções que venham favorecer ainda mais esse crescimento vai depender das habilidades do professor em mediar as ciências empíricas e científicas. Segundo Leão (2014) as orientações curriculares visam a aprendizagem significativa dos conceitos, relacionando-os com a realidade social do aluno. Assim, este trabalho propõe com o recurso de contextualização a facilitação do ensino e o melhoria no desempenho dos estudantes no ensino de Química do Ensino Médio e prepará-los para o exercício da cidadania com qualificação para um bom futuro.

Material e métodos

A execução deste trabalho foi realizada na Escola Estadual Maria da Luz Calderaro, localizada na rua III, conjunto Hiléia I, bairro Redenção, nível ensino médio, localizada na zona centro-oeste na cidade de Manaus. A pesquisa focou em duas turmas da 2ª série do ensino médio, com uma quantidade média de 90 alunos. Os questionários foram essenciais para a coleta de dados, como forma de sondagem, e como meio de diagnosticar a metodologia aplicada com o assunto abordado em sala. O processo de realização do trabalho concedeu-se em 3 etapas: O primeiro questionário foi realizado antes das aulas para saber o coeficiente de cada turma em relação a noção que tinham sobre o assunto e a disciplina. Na segunda etapa foi trabalhado o conteúdo de solubilidade com aulas contextualizadas, enfatizando situações corriqueiras do dia a dia, como: alimentos, medicamentos e a problemática do aquecimento global. O segundo questionário foi após a atividade, este avaliou se o recurso ajudou no aprendizado dos alunos, se o método melhorou o desempenho e o nível de conhecimento dos aprendizes.

Resultado e discussão

O estudo apresentado com a proposta de contextualização, tinha o objetivo de facilitar a compreensão do assunto de solubilidade, elucidando-se aos educandos a necessidade do conhecimento da química para a vida, outrossim, contribuir para uma melhoria na educação. Os resultados coletados serão vistos e confirmados se houveram eficácia nesse tipo de instrumento de ensino. As respostas obtidas foram surpreendentes (figura 1), nota-se que nessa abordagem que o ensino aprendizagem tem carência de melhoramentos. Como se pode ver na (Figura 2) comparando com a (Figura 1), as aulas dialogadas e contextualizadas tiveram bom êxito, trazendo-se aos alunos de ambas as turmas um entendimento mais facilitado. Observa-se o quanto é importante usar assuntos ou temas dos quais eles estão familiarizados. Para Wartha, Silva e Bejarano (2013) a contextualização é o princípio norteador, busca-se com ela o entendimento de percepções entre o conteúdo e o saber cognitivo adquirido pelo estudante. Como mostra o gráfico da (Figura 3), houve aprendizado nas aulas dialogadas e contextualizadas, constata-se que 78 % dos alunos 2º ano 3 e 82% dos alunos do 2º ano 2 compreenderam a importância da solubilidade para seu dia a dia, o motivo para essas respostas positivas foi devido a abordagem feita com substâncias conhecidas, que podem ser encontradas dentro das próprias casas dos educandos e isso veio corroborar para o ensino de Química no Ensino Médio. Segundo Silvério (2012), o professor usa suas habilidades para transformar o discípulo, bem como fazer com que os mesmos sejam capazes de reconhecer a química no seu cotidiano, fazendo com que o educando se torne capaz de estabelecer suas próprias respostas e sinta o desejo de ir além em sua conquista educacional.

Figura 1: Questionário de sondagem.

1. Você sabe o que é solubilidade?

Figura 2: Questionário pós-atividade da aula contextualizada.

2. Você sabe explicar o que é solubilidade?

Figura 3: Questionário pós-atividade da aula contextualizada.

3- Você sabe explicar qual a importância da solubilidade em seu dia a dia?

Conclusões

Por intermédio das aulas contextualizadas os alunos atingiram um índice de aprendizagem proveitoso, esse retorno foi gratificante, pois concluiu-se que o recurso empregado favoreceu o ensino, os questionamentos formulados suscitaram novas perguntas e de fato a lição contextual lhes agradou. Notou-se que a ausência de atenção por parte dos alunos durante as aulas eram frequentes, porém, ao se explicar o tema com contextos diários, houve participação, a conexão entre cotidiano e conteúdo trouxe um maior rendimento para a educação e ampliou a relevância de se estudar Química.

Agradecimentos

Agradecemos a FAMETRO pelo apoio educacional.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica PCN+ Ensino Médio: Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais, 2002.
LEÃO, M. F. Ensinar Química por meio de alimentos: Possibilidades de promover alfabetização científica na educação de jovens adultos. 2014. 191f. Dissertação (Pós-Graduação Stricto Sensu, Mestrado em Ensino) Centro Universitário UNIVATES. Lajeado.
OLIVEIRA, T. L. Estudo comparativo entre materiais didáticos e dinâmicos voltados ao ensino-aprendizagem de mecanismos de reações químicas orgânicas: Uma abordagem do design instrucional. 2012. 137f. Dissertação (Mestrado em Design) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
SILVÉRIO, J. Atividades experimentais em sala de aula para o ensino de Química: Percepção dos alunos e professor. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Bacharelado e Licenciatura em Química) Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2012.
WARTHA, E. J.; SILVA, E.L. da; BEJARANO, N. R. R. Cotidiano e contextualização no ensino de Química. Química nova na escola, v. 35, n. 2, p. 84-91, 2013.