Autores
Silva, A.S. (UEPA) ; Palheta Junior, A.R. (UEPA) ; Barros, D.J.P. (UEPA) ; Barros, D.M.B. (UEPA) ; Silva, R.S. (UEPA) ; Ramos, G.C. (UFPA)
Resumo
O ensino de Química na maioria das escolas públicas, acaba entrando em um contexto no qual os discentes sentem-se desestimulados, devido à falta da utilização de ferramentas pedagógicas que auxiliam o docente, além de tornar a aula mais interessante e dinâmica. Visando esta problemática desenvolveu- se na escola E.E.F.M "Barão de Guajará", localizada no interior do município de Colares/PA, um circuito químico sobre a tabela periódica, para alunos de 1ª e 2ª série do ensino médio, a atividade foi realizada em 4 etapas e o rendimento foi satisfatório. Pois os discentes conseguiram compreender o assunto de forma simples e divertida. Logo, está metodologia é adequada para o contexto escolar, uma vez que contribuem ainda mais para o ensino- aprendizagem do educando.
Palavras chaves
Circuito Químico; Ferramentas pedagógicas; Tabela periódica
Introdução
A forma de ensinar Química nas escolas, é um assunto muito discutido, pois a disciplina é vista muitas vezes como “difícil para os alunos”, tornando-se, um problema para a educação, pois o discente não tem interesse em assistir aula, e nem a interagir com o professor, esse desinteresse interfere numa aprendizagem eficaz. Para isso, surgem as atividades lúdicas como práticas privilegiadas para a aplicação de uma educação que vise o desenvolvimento pessoal do aluno e a atuação em cooperação na sociedade. As dinâmicas realizadas para o ensino e aprendizagem, motivam, atraem e estimulam a participação dos discentes no processo de construção do conhecimento (LIMA et al., 2011). O circuito químico é uma ferramenta a qual o professor pode usufruir para desenvolver aulas de forma dinâmica e interessante, contribuindo para a formação do aluno, uma vez que os recursos didáticos possibilitam a socialização entre a turma, a contextualização do conhecimento e a criatividade para a aprendizagem (COSTA et al., 2010). Os jogos didáticos, tornam-se um instrumento de apoio, pois através deles pode- se desenvolver aulas que jamais serão esquecidas pelos alunos, porém essas ferramentas devem ser usadas adequadamente e sempre com um instrutor, para auxiliar passo a passo a atividade, uma vez que a competição será evidente, por isso o professor deve estar preparado e sempre ressaltando que a competição não é o objetivo do jogo, mas sim o conhecimento que será repassado através do lúdico (FIALHO, 2008). O trabalho teve por objetivo ensinar a “Tabela Periódica” para alunos do ensino médio de forma lúdica e interessante, onde através do Circuito Químico os alunos puderam ser deparar com uma forma diferenciada e interessante de aprender o conteúdo abordado.
Material e métodos
O trabalho foi realizado na escola estadual “Barão de Guajará” localizada no interior de Colares/PA, para alunos de 1ª e 2ª série do médio. Por não haver professor de Química na escola, alguns alunos sentiam dificuldades com a disciplina. Com isso, desenvolve-se o trabalho enfatizando a Tabela Periódica, pois está se tornará o “instrumento” do aluno. O desenvolvimento da atividade deu-se em etapas: 1ª etapa: aplicação do questionário contendo perguntas fechadas pertinentes a disciplina de Química e as ferramentas pedagógicas. 2ª etapa: ministrou-se uma aula sobre a Tabela Periódica, discorrendo sua estrutura e características. 3ª etapa: aplicação do circuito químico. No circuito desenvolveu-se quatro jogos (estourando o balão enchendo- o; estourando balão sentando na cadeira; procurando o elemento químico e caixa de característica da tabela). As turmas foram divididas em grupos de quatro pessoas. Foi realizado sorteio para saber qual equipe iniciava a dinâmica. A atividade iniciava e o cronometro era acionado, o 1º integrante enchia o balão até estoura-lo, e respondia a pergunta que estava ali. Ao responder corretamente corria até o 2º integrante para que este estourasse o balão, sentando em cima, após o feito, respondia outra pergunta e ia até o 3º participante, para este procurar na tabela um elemento que o mentor pedisse, ao encontra-lo informava o grupo e o período, para poder ir ao 4º participante, que precisava achar três características da tabela na caixa. A caixa não continha apenas palavras relacionadas ao conteúdo, após encontrar as características, o cronometro parava e dava início a outra equipe. 4ª etapa: ao termino da dinâmica, os alunos assinaram uma lista de frequência e deram uma nota de 0 à 10, relacionado com a aula e a dinâmica desenvolvida.
Resultado e discussão
Segundo Santos e Jesus (2014), a utilização de jogos lúdicos no ensino,
oferecem condições do educando vivenciar situações-problemas, a partir do
desenvolvimento de jogos que ajudam no desempenho e raciocínio lógico,
permitindo desenvolver atividades físicas e mentais que favorecem a
sociabilidade entre outros artefatos. Logo, a implantação de dinâmicas nas
aulas, mostra-se como método eficaz para a ampliação do conhecimento. Todavia,
isso não ocorre na escola do município de Colares, podendo verificar através
de um questionário relacionado a disciplina de Química e as ferramentas
pedagógicas. As classificações das respostas podem ser analisadas através da
figura 01, classificadas pelas siglas A1 até A5. Sendo A1 relacionado a
afinidade com a disciplina; A2 se já estudou a tabela periódica; A3 acredita
ser importante o estudo da tabela periódica; A4 algum docente já utilizou
algum jogo ou dinâmica em sala e A5 se gostaria de ter aula de vez enquanto
com a utilização de jogos lúdicos e/ou outras ferramentas.Através do circuito
químico, pôde-se comprovar que essa ferramenta quando bem empregada, traz
pontos positivos, uma vez que os discentes mostraram-se interessados em
participar da dinâmica, pois era um ensino diferenciado. Segundo Silva et al.
(2009) a utilização de materiais didáticos de forma lúdica facilitam a
aprendizado, devido aproximar o cotidiano do aluno ao conhecimento. Essa
simbologia foi observada no momento da dinâmica “circuito químico”, pois os
discentes começaram ater uma visão diferenciada do assunto, relacionando com o
meio em que estavam inferidos. Para exemplificar que o ensino foi
gratificante, realizou-se uma lista a qual os alunos davam uma nota de 0 a 10
tanto para a aula, quanto para a atividade, o resultado pode ser observados na
Fig. 2.
A1 tem a afinidade com a matéria; A2 já estudou a tabela; A3 a tabela é importante; A4 utilizaram dinâmicas em sala; A5 gostaria de aulas mais ativas.
Conclusões
Após análise do questionário (figura 01), e da nota que os discentes deram (figura 02), conclui-se que o uso do circuito químico como uma ferramenta pedagógica no contexto escolar, é de suma importância para o ensino- aprendizagem. Apesar da escola até aquele momento não possuir um professor de química, os alunos conseguiram desenvolver a dinâmica e responder as questões relacionadas a tabela periódica, sem ter muitos problemas. Um dos fatores que influenciou bastante no “querer aprender” dos alunos, foi a utilização de um ensino diferenciado, fugindo um pouco do ensino conteudista.
Agradecimentos
Referências
COSTA, Aline; FARIAS, Patrícia; GONÇALVES, Cíntia; SOARES, Daniel; PEREIRA, Danielle; OLIVEIRA, Marcelo. Circuito químico-uma alternativa de avaliação nas disciplinas experimentais de química. In: V CONNEPI-2010.2010.
FIALHO, Neusa Nogueira. Os Jogos pedagógicos como ferramentas de ensino. In: Congresso Nacional de Educação. Vol. 6. 2008.
LIMA, E. C.; MARIANO, D.G.; PAVAN, F.M.; LIMA, A.A.; ARÇARI, D.P. . Uso de Jogos lúdicos como auxílio para o ensino de química. Revista Eletrônica Educação em Foco, 2011.
SANTOS, Élia Amaral do Carmo; JESUS, Basiliano do Carmo de. O lúdico no processo ensino aprendizagem. 2010. Disponível em: <http://need.unemat.br/4_forum/ artigos/elia.pdf>. Acessado em 17/12/2016.
SILVA, Evellyn Ledur da; GIORDANI, Estela Maris; MENOTTI, Camila Ribeiro. As tendências pedagógicas e a utilização dos materiais didáticos no processo de ensino e aprendizagem. VIII Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas: história, sociedade e educação no Brasil. Universidade Estadual de Campinas UNICAMP, p. 1-22, 2009.