Autores
Chagas Freire, V. (UVA) ; Sales da Silva, D. (UVA) ; Lima de Menezes, F. (UVA) ; Bezerra Silva, S. (UVA) ; Rodrigues da Silva, J. (UVA)
Resumo
O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre a influência da estrutura física e o uso de matérias didático no ensino de química. Objetivando-se em uma análise sobre os recursos que a escola dispõe e o que o professor faz frente a esses recursos. A análise foi feita através de observações das aulas de primeiro, segundo e terceiro ano na escola parceira do Subprojeto de Química PIBID/UVA na Escola de Ensino Fundamental e Médio Professora Carmosina Ferreira Gomes, visando o método como o professor usar os recursos didáticos auxiliando para inovar as aulas.
Palavras chaves
estrutura física ; materiais; realidade escolar.
Introdução
A Infraestrutura e os Recursos Pedagógicos se referem aos materiais físicos didáticos disponíveis nas escolas como: o prédio, as salas, os equipamentos de mídias, os livros, dentre outros. Esses fatores são componentes fundamentais no âmbito escolar, pois o funcionamento da escola e o bom desempenho dos alunos dependem também da disponibilidade desses recursos. Segundo Karling (1991), os recursos de ensino são recursos humanos e materiais que o professor utiliza para facilitar a aprendizagem. O docente tem o papel de escolher os recursos mais adequados a fim de facilitar o entendimento e absorção do conteúdo que ele deseja aplicar. Conforme Libâneo (2008), espera-se que as construções, os mobiliários e o material didático sejam adequados e suficientes para assegurar o desenvolvimento do trabalho pedagógico e favorecer a aprendizagem. Xavier (apud TURRA, 1975), considera os recursos didáticos pedagógicos como instrumento de grande valor para o aprendizado porque focalizam o interesse e concentração do educando; esclarece relações entre conteúdos promovendo integração entre conhecimentos: auxiliam na demonstração de estruturas básica de movimento facilitando compreensão do aluno; fornecem informações complementares; estimulam a expressão corporal, verbal e escrita; estimula a imaginação e criatividade do aluno. O presente trabalho objetivou-se analisar o potencial de influências e a realidade de usos das infraestruturas e dos materiais didáticos no ensino- aprendizado de Química dos alunos da Escola de Ensino Fundamental e Médio Professora Carmosina Ferreira Gomes, escola parceira do Subprojeto de Química do PIBID/UVA da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) Sobral-CE
Material e métodos
Nossas questões da pesquisa estão relacionadas à caracterização das condições de infraestrutura e materiais, observando o espaço físico (laboratórios, salas de aula, bibliotecas) e material (equipamentos de mídias, livros) fez-se uma avaliação do espaço, identificando-se possíveis recursos que auxiliem o professor de Química ao inovar suas aulas. O estudo foi desenvolvido na Escola de Ensino Fundamental e Médio Professora Carmosina Ferreira Gomes escola parceira do Subprojeto de Química PIBID/UVA no Período de 1 mês na cidade de Sobral-Ce. Durante as aulas de Química do turno vespertino da escola já referenciada Observou-se as turmas de 1º, 2º e 3º anos no total de 105 alunos e a atuação do professor de Química, visando identificar-se a conduta do professor diante dos recursos encontrados na escola. O professor também foi observado na sala dos professores e nos horários voltados para o planejamento. Verificou-se se o professor estava utilizando os recursos disponibilizados pela escola e de que forma eles eram integrados no ensino de Química. A partir das observações, realizou-se uma análise comparativa entre o que previu-se no ensino de Química com as possibilidades da escola e o que foi observado na realidade no ensino de Química da escola. Procurou-se identificar até que ponto as estruturas determinam ou limitam a atuação do professor.
Resultado e discussão
Na escola, observou-se a presença de alguns espaços e materiais didáticos. Além
das adequadas salas de aula, notou-se a existência de:
Um laboratório de ciências com vários reagentes e vidrarias e com espaço para se
trabalhar com uma turma 20 a 30 alunos.
Uma biblioteca com um grande acervo de livros didáticos e paradidáticos, embora
com poucas revistas ou materiais atualizados.
Um laboratório de informática com vários computadores conectados à internet e um
aparelho Datashow, não havendo Softwares educacionais voltados para o ensino de
Química, instalados nos computadores.
Apesar da disponibilidade desses espaços, durante as observações, não houve
ocorrência de uso dessas estruturas pelo professor. Todas as aulas observadas
foram ministradas na sala de aula e possuíam marcas do ensino tradicional, com a
abordagem dos conteúdos focada somente nos livros didáticos adotado pela escola
e metodologia baseada na simples exposição de conteúdos no quadro, as aulas em
laboratório aumentaria o interesse levando-os a uma melhor interpretação para
poder intender os fenômenos, somente os livros didáticos adotados pela escola e
o professor não são suficientes para ensinar química.
O professor, ao trabalhar a pesquisa na biblioteca, pode capacitar os alunos a
buscar e analisar informações, além incentivar a leitura na escola.
O laboratório de informática poderia ser utilizado, como um recurso didático,
tornando o computador uma ferramenta pedagógica para o ensino e aprendizagem,
facilitando as pesquisas em sites de busca por vídeos ou animações sobre os
assuntos variados como estrutura atômica,tabela periódica, soluções e misturas,
função hidrogenada, funções halogênicas.
Conclusões
Pode-se observar que a utilização dos recursos didáticos auxilia o docente a tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas, aumentando a motivação dos alunos no qual cada vez mais eles irão querer aprender para fazer. Apesar de esses recursos serem indispensáveis e as escolas possuírem estruturas que possibilitam novos métodos de ensino, muitos professores ainda se negligenciam mantendo-se no ensino tradicionalista e uma das formas de enfrentar o insucesso escolar é o uso desses recursos permitindo a interação e a participação dos alunos na construção de conhecimentos. Como no caso investigado, há muitas distorções entre o que a escola possibilita e o que é utilizado pelo o professor no processo de ensino e aprendizagem.
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado como o apoio da CAPES,entidade do governo brasileiro e através da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.
Referências
KARLING, A. A. A didática necessária, São Paulo, Ibrasa, 1991.
LIBANEO, José Carlos. Didática.28ª reimpressão, Editora Cortez, (Coleção Magistério. Série formação do professor); São Paulo, 2008.
XAVIER, Telmo Pagana. Métodos de Ensino em Educação Física. 1ªEd. Editora Manole, São Paulo, 1986