Autores
Sanches, A.P. (UFPA) ; Estumano, G.S. (UFPA) ; Damasceno, A.C.A. (UFPA)
Resumo
Os alunos de ensino fundamental encontram dificuldades com os conteúdos de química aplicados na disciplina de ciências, pelo fato de muitos professores não utilizarem atividades práticas para melhor entendimento dos conteúdos. Buscou-se aproximar a disciplina e o aluno por intermédio de experimentos em sala de aula a fim de motivá-los a aprenderem a química de forma agradável. A pesquisa foi realizada numa escola de ensino fundamental. Através de aulas teóricas, atividades experimentais e questionários, ministrados nas aulas de ciências enfatizando os conteúdos de química. Através da pesquisa observamos que 84,61% dos alunos que participaram do trabalho conseguiram associar as informações teóricas e práticas, aproximando e despertando o interesse do aluno cada vez mais pela disciplina.
Palavras chaves
pibid-cências-cametá; ensino de química; experimentos
Introdução
A atividade experimental é extremamente importante para o processo de ensino-aprendizagem, pois, tem como objetivo desperta o interesse do aluno pela disciplina, motivando-o. E sabemos que o aluno motivado age por vontade própria, despertando um caráter investigativo, indo em busca de novos conhecimentos. Ele passa a assimilar o que aprendeu na teoria com o que foi apresentado na pratica. Pela ausência de laboratórios, não seria possível a realização de aulas experimentais. A solução para essa problemática se dá pela experimentação demonstrativa em sala de aula com materiais alternativos, encontrados facilmente no nosso cotidiano. “Diferentemente do que muitos possam pensar, não é preciso haver laboratórios sofisticados, nem ênfase exagerada no manuseio de instrumentos para a compreensão dos conceitos. Os experimentos devem ser parte do contexto de sala de aula e seu encaminhamento não pode separar a teoria da prática” (Diretrizes Curriculares de Química; 2008; p. 53).
Material e métodos
O trabalho foi realizado durante a segunda quinzena do mês de maio de 2014. Participaram das atividades um total de 26 alunos. Inicialmente foi apresentado e explicado o tema misturas e substâncias, por graduandos integrantes do projeto PIBID – CIÊNCIAS NATURAIS – UFPA – CAMETÁ (PA), em seguida aplicamos o questionário 1 (Q1) a fim de avaliar o aprendizado sem a utilização de experimentos. Na 2ª etapa, ocorreu uma breve revisão sobre o conteúdo abordado, em seguida foram aplicadas as atividades experimentais relacionadas ao tema, após a parte pratica ter sido concluída aplicou-se o questionário 2 (Q2) a fim de avaliar se os experimentos contribuíram para alavancar o aprendizado dos alunos. Pela falta de laboratório, os experimentos foram realizados com alguns materiais cedidos pelo laboratório de Química da UFPA, e materiais alternativos de baixo custo.
Resultado e discussão
Após a aplicação dos questionários percebemos que os alunos encontraram bastante dificuldade para responderem o Q1, o qual foi aplicado sem auxilio de atividades experimentais, cerca 53,85% (14 alunos) mesmo com dificuldades responderam ao Q1 corretamente, e 46,15% (12 alunos) não conseguiram responder. Já no Q2, onde foi apresentado o conteúdo teórico e complementado com as atividades experimentais, notamos uma diferença surpreendente na facilidade com que os alunos conseguiram responder o Q2, do total de 26 alunos que participaram das atividades,84,61% (22 alunos) responderam corretamente, e 15,39% (4 alunos) mesmo com a aplicação dos experimentos não conseguiram resolver.
Para Carvalho e Gil-Pérez (2006), uma das possibilidades de melhorar a formação dos professores é o trabalho coletivo. Dessa forma, para os autores, seria possível analisar e criticar algumas visões simplistas do ensino de ciências, por exemplo: para ser um bom professor é necessário apenas o domínio do conteúdo.
Mesmo que seja reconhecida a existência de fatores limitantes para a proposição de aulas práticas, como ausência de laboratório, falta de tempo para preparação, falta de equipamentos, entre outros, um pequeno número de atividades práticas, desde que interessantes e desafiadoras, já será suficiente para proporcionar um contato direto com os fenômenos, identificar questões de investigação, organizar e interpretar dados; características que primamos no ensino de Ciências e precisamos tentar desenvolvê-las como forma de ensinar efetivamente Ciências as novas gerações (GAZOLA et al 2011).
Portanto torna-se evidente a importância de cada vez mais socializar os experimentos desenvolvidos na academia com as escolas da educação básica sobretudo nas cidades interioranas onde há maior dificuldade.
Mostra a atividade experimental desenvolvida por bolsistas do projeto PIBID-CIÊNCIAS-CAMETÀ
Conclusões
Após a realização do trabalho podemos concluir que 84,61% dos alunos já conseguem relacionar as informações repassadas teoricamente com as atividades práticas e que a utilização das atividades experimentais em escolas de ensino fundamental mesmo na ausência do laboratório é importante para o processo de ensino-aprendizagem, pois, além de facilitar a compreensão dos conteúdos abordados e aproximar o aluno cada vez mais da disciplina, desperta um caráter investigativo no aluno, aumenta o interesse pela disciplina e a vontade de buscar novos conhecimentos. A ação projeto é de elevada importância.
Agradecimentos
A Deus, Universidade Federal do Para-UFPA , Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência - PIBID.
Referências
Aguilar, João Batista Para viver juntos: Ciências, 9º ano/João Batista Aguilar, Paula Signorini. – 3. ed. – São Paulo: Edições SM, 2012.
CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 2006.
GAZOLA, R. J. C.; et al. O Experimento Investigativo E As Representações De Alunos De Ensino Médio Como Recurso Didático Para O Levantamento E Análise De 12 Obstáculos Epistemológicos. V Encontro Regional Sul de Ensino de Biologia (EREBIO-SUL). Londrina: UEL, 2011.
Silva, M. G. L., Núñez , I. B. O ensino de química no ensino fundamental à luz dos PCN disponível em http://www.agracadaquimica.com.br/quimica/arealegal/185.pdf, acessado em 30.05.2014.