Autores

Machado, J.R.O. (IF SERTÃO PERNAMBUCANO CAMPUS FLORESTA) ; Silva, K.D. (IF SERTÃO PERNAMBUCANO CAMPUS FLORESTA) ; Silva, M.A.C. (IF SERTÃO PERNAMBUCANO CAMPUS FLORESTA) ; Silva, F.C. (EREM PROFESSORA MARIA DE MENEZES GUIMARÃES) ; Sá, C.L.G.S. (IF SERTÃO PERNAMBUCANO CAMPUS FLORESTA) ; Silva, J.S. (EREM PROFESSORA MARIA DE MENEZES GUIMARÃES) ; Augusto Filha, V.L.S. (IF SERTÃO PERNAMBUCANO CAMPUS FLORESTA)

Resumo

O presente trabalho objetivou a confecção e Implantação dos modelos moleculares no estudo das funções orgânicas, reduzindo o descarte de materiais e proporcionando a assimilação dos conteúdos estudados no bimestre. Nesse sentido, os alunos assistiram a um vídeo instrutivo e foram divididos em quatro equipes a fim de construir os modelos moleculares. Depois disso, os discentes utilizaram esses materiais para fornecer a fórmula estrutural dos compostos selecionados. A proposta dinamizou as aulas de química orgânica, facilitando a compreensão do número de ligações feito pelos átomos envolvidos bem como a identificação das funções orgânicas e o entendimento das regras de nomenclatura.

Palavras chaves

sustentabilidade; dinamização; orgânica.

Introdução

Segundo Ferreira (2010) a construção de recursos didáticos empregados no Ensino de Ciências permite a ligação entre teoria e prática e os experimentos ou atividades práticas devem ser conduzidos visando a diferentes objetivos, tal como demonstrar um fenômeno, ilustrar um princípio teórico, coletar dados, testar hipóteses, desenvolver habilidades de observação ou medidas, adquirir familiaridade com aparatos, entre outros, permitindo o desenvolvimento do raciocínio crítico e reflexivo do aluno. Nesse pressuposto, ressalta-se a construção de materiais alternativos conforme o trabalho de Mateus e Moreira (2007) que mostra como elaborar e utilizar modelos moleculares a partir de garrafas PET. Essa iniciativa além de dinamizar a prática docente estimula o aluno a perceber que certas medidas, embora consideradas simples, contribuem para preservação do nosso planeta. As garrafas, antes consideradas inúteis, tornam-se materiais capazes de facilitar a compreensão de conceitos e de engrandecer o processo de ensino aprendizagem. O uso destes modelos no estudo das funções orgânicas facilita a assimilação deste conteúdo e a visualização das moléculas induz a identificação dos grupos que diferenciam as funções orgânicas e suas respectivas nomenclaturas, levando os alunos a participar mais das aulas e a encarar o ensino de química como algo dinâmico e de fácil entendimento. As várias funções orgânicas e o tempo disponível para ensiná-las tornam o ensino de química ainda mais incompreensível e de difícil memorização. Buscando superar tais dificuldades, foi desenvolvido o referido trabalho, visando construir e Implantar os modelos moleculares no estudo das funções orgânicas, reduzindo o descarte de materiais e proporcionando a assimilação dos conteúdos estudados.

Material e métodos

O referido trabalho foi vivenciado na EREM Professora Maria de Menezes Guimarães, com a turma de 3° ano do ensino médio, com o intuito de promover espaços colaborativos do saber a partir da construção de modelos moleculares, levando os alunos a visualizar os grupos funcionais, a fornecer a nomenclatura dos compostos sugeridos e a classificar as funções orgânicas estudadas no bimestre. Para a concretização deste, foram utilizados duzentas e oito garrafas Pet, oito pincéis, oito tesouras, tintas acrílicas nas cores pretas, vermelhas e azuis, estiletes, papéis toalha, cola diluída e conduítes. É importante destacar que o projeto foi realizado em duas etapas. Na primeira delas, os alunos assistiram a um vídeo instrutivo. Em sequência a turma, dividida em quatro grupos, construiu os modelos moleculares, totalizando 13 módulos por equipe (10 módulos preto, 02 vermelho e 01 azul). Na segunda etapa, os discentes receberam figuras com as estruturas a serem montadas. Depois, identificaram a função orgânica, forneceram a nomenclatura e apresentaram os compostos.

Resultado e discussão

O presente trabalho dinamizou as aulas, mostrando que é possível aprender química de forma dinâmica e expressiva, possibilitando também a visualização dos átomos de hidrogênio, carbono e oxigênio bem como a assimilação, por meio da prática, do número de ligações feito pelos átomos supracitados. É válido ressaltar que os alunos participaram ativamente da aula, compartilharam as informações assimiladas e exprimiram os conhecimentos prévios. Além disso, acertaram a maioria das fórmulas estruturais e compreenderam melhor as funções orgânicas, álcoois, cetonas e aldeídos, por meio da associação prático- teórica.Na primeira atividade, antes da aplicação do projeto, houve participação de 57,6% dos discentes, já no segundo exercício 97,3% atuaram de forma significativa. É válido ressaltar que a atividade de maior participação foi aplicada após a intervenção com os modelos moleculares. Isso comprova que o método proposto motivou os discentes a participarem das aulas e a compreender o conteúdo estudado. Em relação as notas obtidas na primeira atividade, 51,5% dos alunos alcançaram pontuação máxima, já na segunda atividade 81,8% dos estudantes obtiveram a nota estabelecida pelo professor.

Figura 1

Montagem do modelo molecular pela equipe A

Figura 2

Modelos confeccionados pelos discentes.

Conclusões

Por meio da atividade proposta, os discentes montaram a forma estrutural dos compostos sugeridos, sendo capazes de identificar as funções orgânicas através dos grupos funcionais e ainda nomear as substâncias de acordo com as regras da União Internacional de Química Pura e Aplicada como também compartilharam as informações assimiladas a fim de concluir a atividade proposta.

Agradecimentos

Ao IF Sertão Pernambucano Campus Floresta,a CAPES por financiar este trabalho através do PIBID E À EREM Professora Maria de Menezes Guimarães.

Referências

FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R.; OLIVEIRA, R.C. Ensino experimental de
química: uma abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola. v., nº 2, p.101-106, Maio, 2010.

MATEUS, A. L.; MOREIRA, M. G. Construindo com PET: como ensinar truques novos com garrafas velhas. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2007.