Autores
Rodrigues da Silva, J. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA) ; de Santana Lacerda, J. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA) ; Gomes Nunes, F. (ETE - EPITÁCIO PESSOA) ; Carlos Araújo dos Anjos, L. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA) ; Galdino da Silva, A. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA) ; Brito da Cruz, J. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA)
Resumo
O Ensino de Química tem se colocado como um campo de pesquisa cada vez mais explorado, no qual tem se buscado desenvolver e aplicar novas metodologias pedagógicas visando uma aprendizagem mais significativa. Esta intervenção nos permitiu constatar que, apesar de os alunos possuírem conhecimentos prévios sobre o conceito de soluções, a intervenção pode levar a um maior dinamismo e interação professor-aluno, desenvolvendo de maneira mais significativa o processo de ensino-aprendizagem.
Palavras chaves
soluções; intervenção; construtivismo
Introdução
A aprendizagem significativa do estudo de soluções deve ser baseada em uma metodologia que proporcione ao discente uma visualização mais interdisciplinar e prática do mundo da química, muitas vezes abstrato. A fim de ajudar sobremaneira nessa melhor interação do discente com esse “mundo”, uma abordagem construtivista é primordial. Dessa forma foi realizada uma intervenção docente, formatada em duas aulas com o cunho construtivista. No decorrer do presente trabalho foi abordada a temática de soluções com a intenção de gerar conhecimentos básicos, reforçar o que o professor regente já havia proposto e mostrá-los que a química está presente no seu cotidiano através dos experimentos.
Material e métodos
A intervenção foi realizada com 41 estudantes do 2º ano C da Escola Técnica Estadual Epitácio Pessoa no Cabo de Santo Agostinho-PE com o tema soluções. Para isso foram utilizadas duas aulas de 50 minutos. No momento inicial foi realizado um questionário oral composto por duas perguntas. 1. O que vocês entendem por soluções? 2. Onde encontramos soluções no nosso cotidiano? Nos 30 minutos restantes, foi realizada uma apresentação teórica dos conceitos básicos de soluções, de uma forma participativa, onde foi utilizado o livro adotado pela escola (CANTO et al, 2010). A segunda aula foi experimental, onde foram formulados diversos tipos de misturas, tais como: água e óleo; sal e óleo; água e sal; água, óleo e sal; amido de milho e água. Seguidos de diversos questionamentos sobre os mesmos.
Resultado e discussão
Foi realizado um questionário inicial a fim de levantar discussões sobre as
concepções prévias dos estudantes. Ao se realizar a primeira pergunta, foram
obtidas respostas concisas, tais como: “professor, soluções são todas misturas
homogêneas” e “solução é nada mais, nada menos que resolver um caso, a pessoa
leva a solução ao problema”. Foi possível perceber que alguns estudantes se
mostraram participativos e preparados quanto ao conceito de soluções. Na segunda
pergunta, os alunos citaram uma grande variedade de soluções líquidas e gasosas,
mas por outro lado não souberam exemplificar soluções sólidas. Sendo necessário
a citação de que soluções sólidas estão presentes no cotidiano, por exemplo, na
forma de ligas metálicas.
Na aula experimental foram apresentadas algumas misturas (Figura 1) com o
propósito de ilustrar o conteúdo teórico e sua ligação direta com o cotidiano.
Com a apresentação das misturas (Figura 1), alguns questionamentos foram feitos
aos alunos e percebeu-se que os mesmos tinham um conceito prévio do conteúdo
abordado. A maioria dos estudantes conseguiu diferenciar os sistemas
apresentados em solução e mistura heterogênea. Apesar de aparentemente a
atividade experimental não ter trazido novos conceitos, a mesma permitiu
despertar uma visão mais aproximada da química como uma ciência experimental.
Misturas apresentadas na aula experimental, da esquerda para a direita: água e amido de milho; óleo e sal; água e óleo; água e sal.
Conclusões
A vivência dessa intervenção possibilitou verificar que aulas teóricas interativas, com a realização de experimentos simples, podem possibilitar uma maior compreensão, motivação e interesse dos estudantes. Também notou-se a necessidade de adotar outras formas de coletar os resultados sobre a aprendizagem dos mesmos, bem como a sequência didática adotada.
Agradecimentos
Agradecemos a CAPES e Escola Técnica Estadual Epitácio Pessoa.
Referências
CANTO, E. L.; PERUZZO, F. M. Química na abordagem do cotidiano. Volume 2. 4ª edição. São Paulo: Moderna, 2010.