Autores

Pinheiro, I.R. (UESPI) ; Paz, W.H.P. (UESPI) ; Santos, R.S. (UESPI)

Resumo

O presente trabalho teve o objetivo, dinamizar o ensino da tabela periódica, bem como a busca pela melhoria da aprendizagem da química. Dentro dessa perspectiva foi proposta essa forma de ensino lúdica de cartas que trazem em seu conteúdo elementos químicos de diferentes propriedades e aplicações cotidianas a que lhes são dadas, as atividades foram construídas em conjunto com o professor e os alunos do primeiro ano da rede pública de ensino em Teresina. O resultado nessa metodologia foi o aumento da motivação dos alunos como também o aprimoramento de metodologias de ensino, a fim de formar alunos capazes para responder com sucesso aos desafios atuais. Todas as atividades foram desenvolvidas com material de baixo custo e relacionando-a sempre com os acontecimentos diários.

Palavras chaves

tabela periódica; cartas; metodologia

Introdução

Uma das grandes dificuldades encontradas em sala de aula são as formas e métodos de como atrair a atenção ou motivar os alunos, os métodos tradicionais de ensino estão cada vez menos atraentes, os alunos sentem a necessidade de participar, de questionar, e não consegue ou não se sente tão seguro em questionar em se tratando de uma aula meramente expositiva. A proposta fundamental é ir além do jogo, do ato de jogar, e sim preparar, antecipar e desenvolver habilidades e potencialidades na forma de construir pré-conceitos em cima de alguns conteúdos como é o caso da tabela periódica (MALDANER, 2007). O construtivismo tem sido bastante divulgado entre os pesquisadores da educação, com vista ao desenvolvimento interdisciplinar, contextualizado e inter-relacional, como uma possibilidade interessante e inovadora para lidar com a questão do conhecimento em sala de aula. (LOPES, 2005). Para contemplar o pensamento do aluno e também os diferentes contextos nos quais a química é relevante foi elaborado essa proposta de abordagem do conteúdo tabela periódica, bem dimensionado em relação á quantidade de conceitos com vistas a minimizar o número excessivo de conceitos e do ponto de vista didático estabelecer aspectos conceituais fundamentais inseridos em suas aplicações.

Material e métodos

A atividade aqui apresentada foi construída a partir de materiais de baixo custo e de fácil manuseio, utilizando-se apenas um software básico. Os materiais utilizados aqui apresentados são: 56 cartas, contendo respectivamente os elementos químicos mais conhecidos e suas aplicações. Em um lado da carta (frente), características atribuídas aos elementos químicos e no outro verso imagens ilustrativas referente á uma das características atribuídas, para melhor absorção do conhecimento contido no jogo. A produção das cartas e confecção da tabela foi feita no programa photoshop, no qual foram desenhadas peças coloridas correspondendo à classificação dos elementos químicos. Explicou-se um sintético esclarecimento da tabela periódica em relação à classificação dos elementos, suas famílias e períodos, a fim de que alunos não sintam dificuldades e obtenha um conhecimento prévio do assunto. Ao iniciar o jogo os alunos devem seguir os seguintes passos: a turma será dividida em dois grupos, em seguida será jogado um dado para dar ordem ao inicio do jogo, quando iniciado a turma escolherá uma carta, que se encontrará aberta com o lado contendo ás características para baixo e a característica visual para cima, a carta retirada será dobrada ao meio para que a linguagem visual fique voltada para cima para visualização do aluno, este entregará ao árbitro do jogo (professor) que fará leitura das características do elemento onde o grupo deverá discutir e formular a resposta correta que será registrada como ponto e anexado o elemento na sua posição devida na tabela, no caso de resposta errada, a pergunta é repassada ao outro grupo prosseguindo-se dessa forma até o término das cartas. Ao final do jogo foi feito um questionário com vista a avaliar os alunos.

Resultado e discussão

Depois de realizada a atividade foi notória a interiorização de conceitos químicos, um diagnóstico que se vinha fazendo antes da aplicação do jogo, em aulas anteriores foi possível notar dificuldades especificas em alguns alunos como: dificuldade de atenção e concentração, desinteresse, descrença de suas capacidades de realização que desapareceram durante a realização do jogo, embora o jogo tenha em si o espírito competitivo os alunos adquiriam gradativamente um maior poder de atenção incorporando automaticamente conceitos que já haviam sido citados a alguns elementos químicos, perdendo assim o medo da frustração no caso de algum erro e elevando o poder de concretizá-los conferindo-lhes uma sensação de capacidade, esforço de concentração e preparo. As avaliações foram bem claras quanto a seus resultados objetivos, que podem ser melhores explicitados com os dados a seguir de acordo com as avaliações feitas com os alunos: De um total de 32 alunos todos se mostraram otimista quanto a possibilidade de desenvolver o espírito cooperativo no jogo equivalente á (21%), 28 notaram a exigência de atenção e concentração na realização do jogo (18%), 30 responderam a favor quanto á fixação de conhecimentos (19%), 29 conseguiram inter relacionar ás áreas de ensino durante á prática (19%), 32 aprovaram a abordagem da linguagem visual como forma de melhor simplificação do conteúdo (21%), 4 não sabem ou não souberam responder (2%). Diante dessas evidências se faz necessário ressaltar que a aplicação do ensino através do lúdico deve contribuir significativamente para as transformações necessárias que o ensino precisa.

Figura 1

Esquema da tabela periódica com as peças a serem encaixadas

Figura 2

Esquema de algumas cartas do jogo

Conclusões

Foi aqui apresentado a utilização de um jogo adaptado da literatura, sobre tabela periódica em nível médio ou fundamental produzindo resultados positivos para aplicação desta. Fica evidente de acordo com os resultados alcançados que o modo como tradicionalmente vem sendo utilizado, não contribuem ainda de forma significativa para que se possa perceber na prática a desenvoltura de tais competências por parte do alunado, quando se observa que é possível uma adequação ao trabalho do professor, produzindo novas formas de ensino com materiais de baixo custo.

Agradecimentos

UESPI, PIBID-UESPI, CAPES

Referências

LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. 6. Ed. – São Paulo, Cortez, 2005.
KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14. Ed.- São Paulo: Cortez, 2011.
MALDANER, Otávio Aloísio. - Fundamentos e propostas de ensino de química para a educação básica no Brasil- Ijuí: Ed. Unijuí, 2007.