Autores

Ledesma Pérez, A.K. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Pereira Brasil, R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Frazão Teixeira, A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Leite de Souza, K.K. (CETI-JOÃO DOS SANTOS BRAGA)

Resumo

No sentido de promover e amenizar a falta de aulas experimentais no ensino de ciências nas séries do segundo ciclo do ensino fundamental, a pesquisa teve como objetivo elaborar aulas práticas e teóricas para os alunos do 9º ano do ensino fundamental do Centro Educacional de Tempo Integral (CETI) João dos Santos Braga. A pesquisa se caracteriza como exploratória e descritiva, consiste na elaboração e aplicação de aulas experimentais e questionários para observar o aprendizado dos conteúdos ministrados nas aulas de ciências, com o componente curricular de Química e análise qualitativas dos dados. Todavia, ainda requer dos professores aulas mais elaboradas, sendo criativas e inovadoras, com isso, pode-se diminuir as lacunas, bem como estimular alunos a ampliar os conhecimentos.

Palavras chaves

Experimentação; Aprendizagem; PIBID

Introdução

A observação e análise das aulas atuais no ensino de ciências nos leva a percepção de que possuem lacunas que desfavorecem os alunos e não proporcionam um ensino experimental das ciências, sendo esta essencial para a construção de conhecimentos científicos na formação de cidadãos. Contudo, as estratégias utilizadas para promover o ensino e a aprendizagem ainda são desenvolvidas de forma unicamente na transmissão unidirecional, professor- aluno. A experimentação pode ser conduzida de forma ilustrativa e investigativa. A maneira como ocorre à experimentação em sala de aula varia conforme a metodologia e o conhecimento do professor. A experimentação ilustrativa é a mais fácil de ser conduzida (STANZANI, E. L. et al, 2012). Ela é empregada para demonstrar conceitos discutidos anteriormente, sem ter que discutir os resultados experimentais (DA CRUZ, 2012). Já a experimentação investigativa é empregada anteriormente à discussão dos conceitos e visa obter informações que subsidiem as discussões e que o aluno seja capaz de compreender não só os conceitos, mas, a diferente forma de pensar e interpretar (GIORDAN, 1999). As atividades experimentais devem permear as relações ensino-aprendizagem e estimular o interesse dos alunos em sala de aula e o engajamento em atividades subsequentes (GIORDAN, 1999, e LABURÚ 2006.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada por 12 meses na escola contemplada pelo PIBID, localizada no bairro Nova Cidade em Manaus, Zona Norte. Participaram da pesquisa alunos do 9º ano, do turno vespertino. A pesquisa caracteriza-se como um estudo exploratório e com delineamento experimental (GIL, 2008). Foi aplicado questionário por categorias, onde buscou-se informações sobre o experimento nas de aula de ciências e a utilização de experimento como instrumento de avaliação, direcionado ao componente curricular de Química, bem como a aplicação das aulas experimentais e elaboração de planos de aulas teóricas e práticas. Os questionários foram elaborados a partir da ferramenta do Google Drive, para análise dos dados e elaboração dos gráficos, planilhas do Excel.

Resultado e discussão

A partir das análises das respostas dos alunos, foi possível observar que houve uma melhoria na aprendizagem dos alunos quanto à inclusão de aulas experimentais e que as respostas se mostraram coerentes como os conteúdos abordados, em química, entretanto pode-se dizer que há necessidade de que se torne prática diária mais aulas experimentais, e com isso promover uma efetiva aprendizagem. Na categoria “A” foi aplicado o questionário com perguntas fechadas aos alunos sobre: O que você acha sobre a aplicação de experimentos na sala de aula? E na categoria “B” foi perguntado: Em sua opinião a utilização de experimentos na sala de aula como instrumento de avaliação é: pode-se observar que a maioria acha bom, a avaliação realizada a partir de experimentos realizados, tornando assim um instrumento que pode ser aplicado aos alunos, pois a motivação foi o fator que contribuiu para as respostas aos questionários, alguns alunos faltaram, em decorrência os dados tabelados correspondem somente ao número dos que estiveram presentes. O programa do PIBID oportuniza aos alunos das licenciaturas uma experiência.

Gráfico 1.

Aplicação de experimentos na sala de aula.

Gráfico 2.

O experimento como instrumento de avaliação

Conclusões

A elaboração de aulas práticas sobre os conteúdos de Ciências Naturais aplicadas ao 9º ano do ensino Fundamental foi essencial para que o processo de ensino e aprendizado se tornasse mais coeso, considerando o espaço laboratorial em que os alunos foram submetidos durante o período da pesquisa. Quanto ao resultado das opiniões dos alunos em relação à metodologia utilizada pelos professores de ciências, ficou claro que necessita ser revista para que possa ser melhorada tornando assim um motivo incentivador para os alunos assistirem e participarem com mais empenho nas atividades de ciências.

Agradecimentos

CAPES, Universidade do Estado do Amazonas – UEA, PIBID, CETI- João dos Santos Braga.

Referências

CARVALHO, A.M.P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 1995, p.14-63.
DA CRUZ S. J. et al. Iniciação à Docência-Valorização das aulas experimentais no Ensino de Ciências. Campus Catu-BA, 2012.
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola, n. 10, p. 43-49, 1999. LABURÚ, C.E. Fundamentos para um experimento cativante. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 23, n. 3, p. 382-404, 2006.
STANZANI, E. L. et al. As contribuições do PIBID ao processo de formação inicial de professores de Química. Química nova na escola, vol 34, p. 210 a 219. 2012.