Autores
Silva, W.V. (IFPE) ; Santos, D.F.S. (IFPE) ; Santos, V.A. (IFPE)
Resumo
Essa pesquisa buscou investigar a percepção do aluno do ensino médio a respeito de práticas colaborativas, o campo do estudo foi a Escola de Referência em Ensino Médio Professor Antônio Farias, e os sujeitos foram alunos de turmas de 1º, 2º e 3º ano. Os resultados mostraram que as práticas colaborativas, como ferramenta pedagógica de ensino, podem contribuir para um aprendizado mais significativo, prazeroso e eficaz.
Palavras chaves
Práticas Colaborativas; Ensino de química; Aprendizagem
Introdução
A disciplina de química no ensino médio, não esta entre as mais apreciadas pelos alunos, por ser considerada de difícil compreensão, pelo distanciamento da teoria e da prática e ou ainda da falta de aplicabilidade do conhecimento no seu cotidiano, é o que aponta estudo realizado com os sujeitos dessa investigação. Para Schwahn (2008), a falta de interesse que os alunos do ensino médio vêm demonstrando nas aulas de Química e os problemas detectados em função de a experimentação ser feita de modo tradicional, justificam a baixa motivação e sugere um estudo voltado para estratégias incentivadoras no contexto do cotidiano do aluno. O professor deve buscar incentivar o interesse do aluno pela aprendizagem da disciplina, utilizando-se de meios que chamem a atenção do aluno e que o faça relacionar os conceitos trabalhados com o seu cotidiano. A utilização pedagógica do ensino colaborativo vem contribuir para maior integração entre professores e estudantes e, até mesmo, destes entre si, aumentando a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Vygotsky (1988) via o indivíduo como um ser social, capaz de usar as interações com outros indivíduos para construir sua própria individualidade. Segundo Wagner (1997) a colaboração representa uma forma particular de cooperação que envolve trabalho conjunto realizado de modo que os envolvidos aprofundem mutuamente o seu conhecimento.
Material e métodos
Essa pesquisa foi realizada na Escola de Referência em Ensino Médio Professor Antônio Farias, no município de Gravatá no estado de Pernambuco com o intuito de investigar a prática da colaboração como ferramenta para o ensino de química, vista a partir do olhar do aluno. Essa pesquisa foi de natureza descritiva, com abordagem quantitativa. Foi utilizado como instrumento de investigação, um questionário, aplicado em turmas do 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. Onde os objetivos principais eram conhecer a ótica dos discentes a cerca da disciplina, das metodologias utilizadas em sala de aula, da abordagem do cotidiano em contextualização com os conceitos, e se a abordagem de práticas colaborativas interessava os alunos. No estudo foi exposto características de duas práticas pedagógicas diferentes, em um quadro as características do processo didático do ensino tradicional e outro com o do processo de aprendizagem colaborativa, para que os alunos analisassem cada uma e em seguida apontar qual delas seria mais proveitosa e contribuiria positivamente para a construção do conhecimento.
Resultado e discussão
Foram selecionadas duas turmas do 1º ano, duas do 2º ano e duas do 3º ano para
participar da pesquisa, e em todas as turmas um total de 146 alunos responderam ao
estudo. A proposta de atividade colaborativa obteve 92% de aceitação e ainda foi
vista como sendo a mais eficaz, por propor um caminho diferenciado para vivencia
de conteúdos, uma vez que não só o professor seria mediador do processo de ensino-
aprendizagem, mas ele próprio e ainda os colegas, buscando a construção coletiva
do conhecimento.
Conclusões
É sempre importante que as práticas pedagógicas sejam revistas pelos professores e que a busca pelo ensino de qualidade seja sempre presente no dia-a-dia do professor. De acordo com os resultados obtidos é possível observar que a visão dos alunos a respeito das práticas colaborativas é positiva, uma vez que vem a ser uma alternativa as aulas tradicionais. E que vem a ser um meio de estimular os alunos a construir seu conhecimento de forma prazerosa e eficaz, uma vez que o professor passa a motivá-lo na busca das respostas ao invés de trazer sempre um conceito pronto e acabado.
Agradecimentos
A EREM Professor Antônio Farias por permitir a realização dessa pesquisa.
Referências
SCHWAHN, M. C. A.; - Oaigen, E. R. O uso do laboratório de ensino de Química como ferramenta: investigando as concepções de licenciandos em Química sobre o Predizer, Observar, Explicar (POE). Artigo científico. Canoas 2008.
VYGOTSKY, Lev S. A Formação Social da Mente. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988
WAGNER, J. The unavoidable intervention of educational research: A framework for reconsidering researcher-practitioner cooperation. Educational Researcher, 26(7), 13-22. 1997