Autores

Carvalho, C.V.M. (IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Abadia, G.J.S. (IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Carvalho, W.B. (IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Moreira, D.A. (IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Souza, J.A.R. (IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Rezende, F.A.M. (IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Silva, M.G.P. (IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ)

Resumo

As aulas experimentais são essenciais para que os alunos tenham um aprendizado eficiente e estruturado em diversos cursos, principalmente na área das Ciências, pois somente neste tipo de aula os alunos utilizam materiais, manuseiam equipamentos e presenciam fenômenos. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo utilizar a experimentação como ação que intervém na aprendizagem, permitindo demonstrar os conteúdos aprendidos em sala e tornando a ação do educando mais ativa. Os resultados demonstram que a experimentação no Ensino de Química constitui um recurso pedagógico importante que pode auxiliar na construção dos conceitos, facilitando o processo ensino-aprendizagem.

Palavras chaves

Ensino de Química; Experimentação; Aprendizagem

Introdução

A utilização da experimentação como ferramenta para auxílio na aprendizagem vem se mostrando um dos meios de se transformar as aulas mais interessantes e também mostrar que a Química está presente em nosso dia a dia (GUIMARÃES, 2009). Os experimentos podem ser feitos no laboratório ou até mesmo em uma sala de aula, pois, qualquer um dos locais permite que os alunos façam observações e avaliem resultados. Diante dos desafios impostos à Educação Básica, faz-se necessário refletir sobre as ações que podem contribuir com a sua melhoria tanto para o alcance dos objetivos educacionais, bem como atender às necessidades e aos interesses da comunidade na qual a escola está inserida (MACENO e GUIMARÃES, 2013). Sendo assim, a experimentação no Ensino de Química constitui um recurso pedagógico importante que pode auxiliar na construção dos conceitos (FERREIRA et al., 2010), facilitando o processo ensino-aprendizagem. As aulas experimentais são essenciais para que os alunos tenham um aprendizado eficiente e estruturado em diversos cursos, principalmente na área das Ciências, pois somente neste tipo de aula os alunos utilizam materiais, manuseiam equipamentos e presenciam fenômenos. Além disso, nas aulas práticas, os alunos exercitam o raciocínio, e são estimulados ao desafio, vivenciando os conteúdos adquiridos nas aulas teóricas (BEREZUK e INADA, 2010). Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo utilizar a experimentação como ação que intervém na aprendizagem da disciplina Química, permitindo demonstrar os conteúdos aprendidos em sala e tornando a ação do educando mais ativa.

Material e métodos

Um Projeto Educativo intitulado “Experimentação como fonte de conhecimento” foi elaborado e conduzido por uma aluna do 7º período do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí, como parte do seu estágio supervisionado. O projeto foi desenvolvido em uma Escola Estadual do município de Urutaí - GO, onde realizou-se uma comparação entre os resultados de aprendizagem de duas turmas do 2º ano do Ensino Médio. Para tanto, foram ministradas aulas teóricas na turma A e aulas teóricas associadas às atividades experimentais na turma B. Os alunos da turma B foram levados ao laboratório de Química do Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí, para a realização de uma atividade prática abordando o tema “Titulação”. Tendo em vista, que a Instituição de Ensino onde esses alunos estudam não tem laboratório, e considerando que, a maioria é da zona rural e não conhecia um laboratório, a primeira atividade foi mostrar algumas vidrarias e equipamentos que são usados no laboratório e informá-los a respeito dos riscos e cuidados que devem ser tomados em um laboratório. Após as instruções iniciais, os alunos iniciaram a atividade experimental. Os discentes foram instruídos sobre o modo de preparo das soluções que seriam utilizadas na prática. Mediu-se o pH da solução problema antes da titulação, e também, quando o ponto de equivalência foi atingido, utilizando-se para isso, o papel indicador. Anotou-se também, o volume gasto de titulante, pois estes dados eram necessários para os alunos responderem às questões pós-laboratório, as quais solicitavam que os mesmos calculassem a concentração da solução problema e construíssem a curva de titulação.

Resultado e discussão

Para realização da atividade prática a turma B foi dividida em grupos de cinco alunos que ocuparam quatro bancadas. Os alunos foram instruídos sobre o roteiro da atividade prática, e apesar de toda euforia, todos realizaram a titulação vagarosamente, agitando sempre o erlenmeyer, ficando bastante atentos ao ponto de viragem do indicador. Na Figura 1A pode-se observar uma aluna de um dos grupos realizando a Titulação. Aproveitando a oportunidade de estarem em um laboratório, após a realização da Titulação, outras duas atividades práticas foram demonstradas pela licencianda aos alunos, o Teste da Chama (Figura 1B) e a Pasta de Dente de Elefante (Figura 1C), abordando os temas Modelos Atômicos e Cinética Química, respectivamente. Os resultados obtidos entre as turmas A e B, apontam que os alunos da turma B obtiveram um nível de aprendizagem 25% superior ao da turma A. Fez-se um comparativo entre as notas dos alunos da turma B de uma atividade aplicada anteriormente, que abordava um tema que foi explicado apenas com aula teórica, com as notas alcançadas após a atividade proposta neste trabalho. Verificou-se que na atividade aplicada anteriormente, 52% dos alunos atingiram a média, indicando que a aula teórica associada à atividade experimental elevou em 21% a quantidade de alunos que atingiram a média.

Figura 1

Em (A) aluna realizando a Titulação; em (B), o Teste da Chama, e em (C), “Pasta de Dente de Elefante, sendo as duas últimas atividades demonstrativas.

Tabela 1

Quantitativo dos alunos que alcançaram a média

Conclusões

A atividade experimental realizada na turma do 2º ano B foi bastante válida para o conhecimento dos alunos, que ficaram bastante motivados em poder visualizar aquilo que aprenderam em sala de aula. Os resultados demonstram que, a experimentação, por mais simples que seja, é capaz de auxiliar o entendimento e envolver mais os alunos nos temas abordados, sendo ferramentas mediadoras do processo ensino- aprendizagem.

Agradecimentos

Ao Instituto Federal Goiano – Câmpus Urutaí e às pessoas envolvidas nesse Projeto Educativo.

Referências

BEREZUK, P. A.; INADA, P. Avaliação dos laboratórios de ciências e biologia das escolas públicas e particulares de Maringá, Estado do Paraná. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, v. 32, n. 2, p. 207-215, 2010.

FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R.; OLIVEIRA, R. C. Ensino Experimental de Química: Uma Abordagem Investigativa Contextualizada. Quí. Nova na Escola, v. 32, n. 2, p. 101-107, 2010.

GUIMARÃES, C. C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. Química Nova na Escola, v. 31, n. 3, p. 198-202, 2009.

MACENO, N. G.; GUIMARÃES, O. M. A Inovação na Área de Educação Química. Química Nova na Escola, v. 35, n. 1, p. 48-56, 2013.