Autores

Mendes, L. (IFMA) ; Carvalho, M. (IFMA) ; Araujo, E. (IFMA)

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo realizar oficina de química como meio para a prática docente durante as micro-aulas de estágio, e mostrar as contribuições que este exercício pode trazer para a formação dos alunos de licenciatura.A oficina foi realizada pelos alunos do curso de licenciatura em química , acompanhados pela professora de estágio II.A instrumentação de coleta de dados foi alcançada através da observação e relato dos alunos , por meio d questionários.De acordo com a pesquisa houve um grande interesse por parte dos alunos-professores, visto que estes puderam vivenciar a realidade de uma sala de aula, com o público real , os alunos do ensino médio.A atividade foi avaliada de forma positiva ,pois os alunos também puderam desenvolver novos métodos de ensino.

Palavras chaves

MICRO-AULAS; OFICINA DE QUÍMICA ; MATERIAIS ALTERNATIVOS

Introdução

A disciplina de estágio supervisionado é uma prática essencial para a formação do aluno de licenciatura. Geralmente, as micro-aulas de estágio são utilizadas para que estes alunos exerçam a prática docente ainda na universidade, antes de irem para as escolas. Entretanto, este exercício nem sempre é satisfatório, pois a atuação fora da sala de aula não permite pôr em prática a contextualização do conteúdo, já que é necessário levar em consideração o cotidiano do alunato (BERNARDY, 2012). Além disso, este espaço Assim, a utilização da oficina de química durante as micro-aulas de estágio permitirá que os alunos-professores mostrem sua criatividade para o desenvolvimento de novos métodos de ensino, utilizando recursos didáticos e materiais alternativos como meio facilitador de aprendizagem de seus alunos (FILHO, 2011). Esta prática é de fundamental importância já que a disciplina de química é vista como meramente decorativa, pois muitos professores ainda utilizam metodologias tradicionais de ensino, que não permitem que seus alunos interajam durante as aulas, dificultando a relação da química teórica com a química do cotidiano, e tendo como consequência a difícil compreensão das teorias e conceitos trabalhados em sala de aula. Neste contexto o presente trabalho tem por objetivo possibilitar a prática de ensino aos alunos do curso de licenciatura em química do Instituto Federal do Maranhão, por meio de uma oficina de química realizada nas micro-aulas da disciplina de estágio II, para alunos dos cursos técnicos em química e segurança do trabalho do Instituto Federal do Maranhão.

Material e métodos

A oficina de química foi realizada durante o período de micro aulas de estágio II com acompanhamento da professora desta disciplina. As micro aulas foram ministradas para alunos do 1º ano do ensino médio dos cursos técnicos em química e segurança do trabalho. Inicialmente foi realizada uma pesquisa, através de questionários, com estes alunos para verificar os assuntos de maior dificuldade. Posteriormente estes assuntos foram organizados e distribuídos em um cronograma de aulas, sendo duas aulas por semana com duração de aproximadamente duas horas. Os assuntos abordados foram: soluções, separações de misturas, modelos atômicos, alotropia, tabela periódica, propriedades periódicas, ligações químicas, reações químicas, balanceamento de equações químicas, fórmula percentual, mínima e molecular e cálculo estequiométrico. As aulas foram ministradas utilizando metodologias de ensino inovadoras, através do uso de recursos didáticos como, data show e lousa interativa com apresentações em slides ricas em vídeos e imagens e, jogos lúdicos e experiências utilizando materiais alternativos.

Resultado e discussão

De acordo com a segunda pesquisa realizada, através de questionários, os alunos de licenciatura relataram que a utilização da oficina de química como meio para a prática de ensino dos futuros docentes foi satisfatória, pois permitiu que os alunos-professores vivenciassem a realidade de uma sala de aula e pudessem interagir com os alunos levando em consideração as particularidades de cada um (JANUÁRIO, 2008). O domínio da química é a condição necessária para a prática docente, mas não o suficiente, já que as interações sociais e humanas devem ser levadas em consideração (SCHNETZLER, 2004). Percebeu-se que, para os alunos do ensino médio, a utilização de recursos didáticos e materiais alternativos possibilitou uma melhor compreensão dos assuntos ministrados nas aulas. Além disso, para todos os entrevistados, as micro-aulas realizadas como oficinas deveriam ser adotadas nas disciplinas de estágio, sempre que possível, pois possibilita a prática de ensino dos alunos-professores, e auxiliam e despertam o interesse dos alunos do ensino médio para a química.

Conclusões

Observou-se que a utilização da oficina de química como ferramenta para a prática de ensino dos alunos do curso de licenciatura em química, trouxe importantes contribuições para a formação destes . Esta atividade proporcionou aos licenciandos a oportunidade de vivenciar a realidade de uma sala de aula, assumir uma postura independente e natural, e interagir com os alunos, sendo possível verificar previamente o que será encontrado em uma escola. Além disso, foi possível observar a importância da utilização de metodologias de ensino inovadoras para uma melhor compreensão dos conceitos de química

Agradecimentos

Ao IFMA, à professora Ediane Araújo, aos alunos do curso de licenciatura em química, e aos alunos dos cursos técnicos em química e segurança do trabalho.

Referências

BERNARDY, K., PAZ, D.M.T, Importância do estágio supervisionado para a formação dos professores. Unicruz, 2012. FILHO, F.S.L. CUNHA, F.P., CARVALHO, F.S., SOARES, M.F.C. A importância do uso de recursos didáticos alternativos no ensino de química: uma abordagem sobre novas metodologias. Enciclopédia biosfera, Centro científico conhecer. v.7, nº12, p.166-173, 2011. JANUÁRIO, G. A O estágio supervisionado e suas contribuições para a prática pedagógica do professor. UnG/SEESP, 2008.  SCHNETZLER, R.P. A pesquisa no ensino de química e a importância da química nova na escola. Química nova na escola. Nº 20. Novembro, 2004.