Autores
Novaes Rocha, K. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; Monteiro Oliveira, R. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; Ramos Vasconcelos, W. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; de Araújo Lima, A. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; Rodrigues de Carvalho, A.R. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; Pinto de Andrade, E. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; Rêgo Vieira da Luz, A.J. (IFMA CAMPUS CAXIAS)
Resumo
O presente trabalho apresenta como objetivos, analisar o potencial hidrogeniônico da água de consumo do IFMA Campus Caxias, como proposta de contextualizar e envolver os alunos do ensino médio em aulas práticas no ensino de Química. Inicialmente foram abordadas as normas de segurança, principais equipamentos e vidrarias essenciais no laboratório. Posteriormente, realizou-se aula prática, no qual os alunos fizeram coletas de água em três pontos amostrais, e logo direcionadas ao laboratório de Química para realização das análises. Os valores de pH apresentaram valor mínimo de 7,33 e máximo de 8 , considerados dentro dos padrões de potabilidade. Através das atividades os alunos puderam estabelecer reais significados aos conteúdos químicos, contribuindo para maior interação na disciplina.
Palavras chaves
Contextualização; pH da água; Ensino de Química
Introdução
Geralmente o ensino de Química no ensino médio, segue o ritmo de aprendizagem teórica, sem ligação com o cotidiano. Por isso, muitas vezes a disciplina é vista como um aglomerado de teorias sem sentido prático, relacionado a aulas monótonas, tradicionais, consequentemente influenciando na desmotivação dos alunos pela disciplina. (NUNES e ADORNI, 2010). Nesse sentido, há a necessidade de buscar e adotar metodologias de ensino que promovam correlação com o dia-a-dia. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio - PCNEM (BRASIL, 2002), ressalta que o processo de ensino aprendizagem em Química, não devem se resumir à mera transmissão de informações, seus interesses e suas vivências. Esse aprendizado deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas. Desenvolver aulas práticas é uma sugestão de estratégia de ensino que pode contribuir para melhoria na aprendizagem de Química (NASCIMENTO et al., 2003). Nessa perspectiva, a prática experimental de análise do potencial hodrogêniônico da água, surge como alternativa de envolver os alunos em ações investigadoras, possibilitando relacionar o conhecimento teórico e prático-cotidiano, permitindo tirá-lo da situação de receptor passivo, tornando-o motivado e participativo. Nesse contexto o presente trabalho, tem como objetivos analisar o índice de pH da água de consumo do IFMA Campus Caxias, a partir de aulas experimentais para alunos do ensino médio, de forma contextualizada com os conteúdos estudados na sala de aula.
Material e métodos
O presente trabalho foi desenvolvido com alunos do ensino médio do curso técnico em meio ambiente, na disciplina de Química Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - Campus Caxias. Para desencadear as atividades, inicialmente apresentou-se a proposta formalmente aos alunos. Nessa perspectiva, foram abordadas as normas de Segurança no laboratório, os principais equipamentos e vidrarias com suas respectivas utilidades, como por exemplo, pera, bureta, tubo de ensaio, béquer, etc. Além disso, os processos de lavagem e manuseio desses instrumentos, no qual é de fundamental importância a um primeiro contato com um laboratório químico. Ao final do trabalho, aplicou-se um questionário, com objetivo de avaliar a assimilação de nomes das principais vidrarias e suas funções, e processos adequados de lavagem. Posteriormente, realizou-se aula prática, onde os alunos realizaram coleta de água em três pontos amostrais da instituição, para análises do potencial hidrogeniônico. Ressaltando que todas as práticas foram de acordo com as normas de segurança. As análises de pH foram realizadas no laboratório de Química do IFMA Campus Caxias, tendo como método utilizado o potenciométrico, através do pH-metro. Na ocasião, fez-se uma revisão sobre ácidos, bases, sais, óxidos, e escala de pH, associando teoria a prática.
Resultado e discussão
Inicialmente, os alunos não possuíam contato com o laboratório de Química, no
qual foi relatado sobre suas vivências diárias com a Química e aulas práticas.
As ações do trabalho proposto possibilitaram inserir os alunos no contexto
experimental da Química, proporcionando uma maior assimilação dos conteúdos
relacionados às práticas. Percebeu-se uma evolução, no que se diz respeito aos
conhecimentos relacionados aos instrumentos básicos utilizados em laboratório,
onde os alunos ao final das atividades foram submetidos a um questionário em
sala de aula, de acordo com a aula desenvolvida inicialmente sobre equipamentos
e vidrarias e suas respectivas utilidades. No questionário foram feitas
indagações a respeito dos nomes de vidrarias e suas funções, e de como deveria
transcorrer o processo de lavagem de alguns instrumentos. Os resultados foram
satisfatórios, apresentando 89% de acertos, em relação aos itens questionados.
Além disso, nas análises realizadas, os valores de pH da água de consumo da
instituição, apresentaram valor mínimo de 7,33 e máximo de 8. O pH reflete o
grau de acidez ou de alcalinidade da água. A escala de pH varia de 0 (zero) a 14
(quatorze), e varia em função de numerosos fatores químicos e biológicos.
Sabe-se que as águas ácidas são corrosivas, ao passo que as alcalinas são
incrustantes. Por isso, o pH da água final deve ser controlado, para que os
carbonatos presentes sejam equilibrados e não ocorra nenhum dos efeitos
indesejados mencionados.
As práticas de análises proporcionaram associar os temas sobre ácidos, bases,
escala de pH, em um contexto prático, neste caso, as técnicas de análises do
parâmetro pH da água.
Conclusões
Constatou-se que os valores de pH da água de consumo da instituição, encontra-se dentro dos padrões de potabilidade, de acordo com a Portaria 518 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2004), que estabelece valores entre 6,0 e 9,5. Através das atividades os alunos puderam estabelecer reais significados aos conteúdos químicos, contribuindo para maior interação na disciplina.
Agradecimentos
A pofª Ana Júlia Rêgo Vieira da Luz, aos alunos participantes, e ao IFMA Campus Caxias.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais + (PCN+) - Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 2002.
BRASIL. Portaria n° 518, de 25 de março de 2004. Legislação para águas de
consumo humano. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 26 de mar. 2004. Seção 1.
NUNES, A. S. ; Adorni, D.S . O ensino de Química nas escolas da rede pública de ensino fundamental e médio do município de Itapetinga-BA: O olhar dos alunos.. In: Encontro Dialógico Transdisciplinar - Enditrans, Vitória da Conquista, BA. - Educação e conhecimento científico, 2010.
NASCIMENTO, S. S.; VENTURA, P. C. S. Física e Química: uma avaliação do ensino.
Presença Pedagógica, v. 9, n. 49, p. 21 - 33, 2003.