Autores
Prado, W.P. (IFG CAMPUS URUACU)
Resumo
Esse trabalho de pesquisa investigou a formação dos Professores de Química do ensino médio da cidade de Uruaçu-GO, buscando a inclusão do conteúdo de Química Verde partindo de um enfoque CTSA no ensino de Química, com o objetivo de atingir através da contextualização a motivação do aluno, mostrando que a Química Verde faz parte do estudo de química com responsabilidade socioambiental. Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema Química Verde que culminou com o desenvolvimento de uma apostila teórico metodológico e ao final do seu desenvolvimento, foi apresentada em forma de minicurso na Semana de Ciência e tecnologia do Campus do IFG Uruaçu-GO, que teve como público alunos da licenciatura em química do IFG-Uruaçu, alunos do ensino médio, técnico e outros cursos superiores.
Palavras chaves
Química Verde; Educação Ambiental; CTSA
Introdução
A química é a única ciência que teve seu desenvolvimento a partir de duas modalidades: cientificamente pela Química Pura e tecnologicamente pela Química Industrial. Estas, duas vertentes no início se desenvolviam de forma integrada, mas à medida que a Química Pura evoluiu como ciência, dividindo-se em áreas específicas, houve um distanciamento em relação à Química Industrial. De acordo com Leonardão (2003), a Química Verde teve seu surgimento no ano de 1991 com a criação do programa “Rotas Sintéticas Alternativas para Prevenção de Poluição”, criado pela Agência Ambiental norte americana, EPA (Environmental ProtectionAgency). O programa tem como principal finalidade desenvolver tecnologias de redução de produção de resíduos que possam ser implementadas pelas indústrias nos diferentes setores de produção. A Química Verde busca novamente a interação entre a Química Industrial e a Química Pura, visando à mudança de postura de uma química tradicional preocupada apenas com o produto da reação, para uma química sistemática com objetivo duplo que além do produto, preocupa também com os resíduos provenientes do processo de produção. (MACHADO, 2011). Diante desse panorama, a educação possui papel importante uma vez que possibilita ao profissional uma formação que transmita os conteúdos básicos necessários, associando-os à sua vivência e com isso desenvolvendo uma visão crítica-construtiva e também atuantes na busca de mudanças para uma sociedade melhor.
Material e métodos
Para identificar o perfil dos professores de química do ensino médio da rede pública de Uruaçu-GO, conhecer a formação acadêmica, como os eles vêem a contribuição do ensino de química para a formação para a cidadania e identificar suas necessidades formativas foi realizada uma pesquisa de abordagem descritiva qualitativa através da aplicação de um questionário a todos os professores. A segunda etapa culminou com a confecção do material teórico metodológico baseado nos Princípios da Química Verde, onde foi apresentado em forma de mini-curso aos professores e estendido também aos licenciados de química do IFG-Campus Uruaçu. O material teórico metodológico se divide em três capítulos: • CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO A QUÍMICA VERDE. • CAPÍTULO II: OS 12 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA QUÍMICA VERDE. • CAPÍTULO III: ESTEQUIOMETRIA E QUÍMICA VERDE • CAPÍTULO IV: EXPERIMENTOS QUÍMICOS BASEADOS NOS PRINCÍPIOS DA QUÍMICA VERDE. • CAPÍTULOS V: COLETÂNEA DE METODOLOGIAS QUE ABORDAM OS PRINCÍPIOS.
Resultado e discussão
Os resultados obtidos com base no perfil dos professores de química ao serem questionados sobre sua formação acadêmica, mostra que dentre os 7 (sete) professores que ministram a matéria de química no ensino médio da rede pública de Uruaçu-GO, 5 (cinco) são licenciados em química, 1 (um) licenciado em biologia e 1 (um) cursando o curso de Licenciatura em Química.
Diante do quadro apresentada, a divulgação da Química Verde no ensino médio da rede pública de Uruaçu-GO tende a ser facilitada pelo grande contingente de professores licenciados em química. Ao investigar sobre a Química Verde, todos os professores apresentaram conhecimento prévio sobre o assunto.
O municurso intitulado INSERÇÃO DA QUÍMICA VERDE NO ENSINO MÉDIO foi aplicado na 3º Semana de Educação, Ciência e Tecnologia do IFG, SECITEC do campus Uruaçu no dia 22/10/2013, tendo como objetivo apresentar o material teórico metodológico baseado nos Princípios da Química Verde. A final da apresentação foi aplicado um questionário com objetivo de avaliar o conhecimento prévio em Química Verde e suas opiniões sobre a importância da Química Verde no contexto social e avaliar a apostila desenvolvida, se a mesma contribuiu para a aprendizagem e sugestões para melhora-la. Dentre as ferramentas que chamaram mais atenção dos participantes estão em evidência às apresentadas na Figura 1. Dos futuros professores questionados, todos concordaram na utilidade da apostila em sala de aula. Indagados sobre a maneira de como inserir a química verde em sala de aula suas opiniões foram registradas na figura 2
Ferramentas que mais chamaram atenção dos participantes do minicurso.
Opiniões de como inserir a Química Verde no ensino médio.
Conclusões
Os resultados obtidos no minicurso, foram satisfatórios. Algo a ser notado foi que o tema surpreendeu muitos participantes, pois até o momento não tiveram contato e através do minicurso puderam conhecer e compreender a importância de mudar as estratégias de ensino utilizando essa temática. A inclusão dos princípios de Química Verde nos conteúdos do ensino médio, através de uma abordagem problematizadora e desafiadora, podem contribuir para que o aluno compreenda, através dos conceitos científicos o o mundo em que vive e assim atuar criticamente nas tomadas de decisões que a sociedade exige.
Agradecimentos
A minha esposa Aline Daniela e a professora Me.Fabiana Gomes, pela dedicação em suas orientações prestadas na elaboração deste trabalho.
Referências
LEONARDÃO, E. J. Et.al. “Green Chemistry”- Os 12 Princípios da Química Verde e sua inserção nas atividades de ensino e pesquisa. 2003. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/qn/v26n1/14310.pdf> Acesso em: 03 de ago.2013.
MACHADO, A. A. S. C. Da Génese ao Ensino de Química Verde. Quím. Nova, 2011.