Autores
Arruda, C.A. (IFPE- CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO) ; Silva, G.O. (IFPE- CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO) ; Silva, M.M. (IFPE- CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO) ; Santos, M.T.S. (IFPE- CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO) ; Freire, M.S. (IFPE- CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO) ; Viana, K.S.L. (IFPE- CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO)
Resumo
O presente estudo tem como objetivo relacionar diferenciação entre fenômenos físicos e químicos a partir de situações do cotidiano. O trabalho foi desenvolvido como minicurso oferecido na Semana de Educação, Ciência e Tecnologia do IFPE- Campus Vitória. Participaram como sujeitos da pesquisa 25 alunos do referido Campus. Foi apresentado aos alunos algumas substâncias (giz, feijão, soro caseiro, refrigerante, água o estado liquido, solido e gasoso, papel queimando, ferro oxidado e queijo), e solicitado que eles informassem o tipo de fenômeno que ocorria com aquela matéria físico ou químico. À medida que as dúvidas iam surgindo os monitores iam respondendo e assim construindo um conhecimento baseado em situações do cotidiano.
Palavras chaves
Química; Cotidiano; Ensino-aprendizagem
Introdução
Ensinar não é apenas expor ou dar informações, mas principalmente incentivar o estudante a pensar, interpretar o que for adquirido e com base no que for aprendendo, deduzir formas de resolver problemas e tomar decisões. Porém, não é bem essa metodologia que a maioria dos professores especificamente os de química “adotam” enquanto lecionam, muitos resumem o ensino de química ao estudo de fórmulas, de memorização e nomes de compostos o que resulta na dificuldade do processo de ensino aprendizagem (LIMA, 2013). Sabe-se que quase “tudo” que estamos em volta tem a presença da química, mas muitas vezes isso não é identificado pelas pessoas, pois na maioria das vezes, só é ensinado a teoria esquecendo-se da relação entre com a prática. A maior parte dos alunos têm uma concepção errônea sobre fenômenos químicos, e esse problema pode estar relacionado com a forma com que os professores ensinam, e como os livros didáticos tratam esse conceito tão importante para o entendimento da química. Os livros didáticos classificam os fenômenos em físicos e químicos. Segundo Lopes (1995), a explicação está centrada na reversibilidade para a distinção desses dois processos. Esse tipo de abordagem tem alguns problemas, pois algumas reações são reversíveis, podendo ser classificados como fenômeno químico ou físico, porém a utilização de um espaço não-formal pode facilitar o processo de aprendizagem, podendo-se interagir o assunto a ser trabalhado com a vivencia diária dos discentes. O presente estudo tem como objetivo relacionar a diferenciação entre fenômenos físicos e químicos a partir de situações do cotidiano, possibilitando que se pense sobre o assunto, dando visibilidade aos materiais, suas transformações e sua constituição.
Material e métodos
A pesquisa desenvolvida apresenta uma abordagem qualitativa, uma vez que, segundo Chizzotti (2005), parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um vínculo indissolúvel entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito. Participaram como sujeitos da pesquisa 25 alunos do Ensino Médio e Superior do Instituto Federal de Pernambuco - Campus Vitória de Santo Antão. O trabalho foi desenvolvido como minicurso oferecido na Semana de Educação, Ciência e Tecnologia do IFPE- Campus Vitória, em outubro de 2013.O estudo surgiu a partir de uma proposta da disciplina de Pratica no ensino de Química II, que visava trabalhar a Química no espaço não-formal. Ou seja, a intenção era fazer com que os alunos compreendessem a diferença entre os fenômenos a partir da contextualização. Foi apresentado aos alunos algumas substâncias (giz, feijão, soro caseiro, refrigerante, água o estado liquido, solido e gasoso, papel queimando, ferro oxidado e queijo), e solicitado que eles informassem o tipo de fenômeno que ocorria com aquela matéria físico ou químico.
Resultado e discussão
Ao questionados sobre o tipo de fenômeno que ocorria em cada substancia os
alunos souberam responder, no entanto ao perguntados como os fenômenos ocorriam,
as dúvidas começaram a surgir. A partir do desenvolvimento da pesquisa foi
identificado que oensino da Química encontra-se distante da vida cotidiana, como
se ela fosse uma disciplina vivenciada apenas nos laboratórios. Por isso há uma
grande desmotivação de estudar a disciplina Química por parte dos alunos, pois
não são apresentados a eles a presença da Química em atividades do cotidiano. O
ensino da Química deve possibilitar “a compreensão tanto dos processos químicos
propriamente ditos, como também da construção do conhecimento científico e suas
relações com as tecnologias, implicações ambientais, sociais e políticas”
(BRASIL, 2000). À medida que as dúvidas iam surgindo os monitores iam
respondendo e assim construindo um conhecimento baseado em situações do
cotidiano.Ao término da apresentação foi perguntado aos alunos se a oficina
teria esclarecido as dúvidas a respeito dos fenômenos químico e físico e foi
obtido as seguinte porcentagem:80% afirmaram que sim, 15% mais ou menos e 5%
afirmaram que não.
Conclusões
Percebe-se através do estudo realizado que há a necessidade da relação entre teoria e cotidiano ser mais explorada em sala de aula, pois pode ser um caminho para superação de dificuldades no processo de ensino, a teoria deve esta associado a prática, permitindo ampliação do assunto estudado, assim como demonstrações concretas atreladas a experimentos que obviamente facilitará a assimilação de conteúdos. Diante disso, com a presença de objetos e alimentos conhecidos por os alunos foi muito proveitoso, pois alguns não sabiam que neles possuíam a presença da Química e a partir de então ampliaram seus conhecimentos.
Agradecimentos
Os estudantes agradecem ao Instituto Federal pelo fomento a pesquisa.
Referências
LIMA, K. S. O Conhecimento Químico. 2013.
LOPES, A. R. C. Reações Químicas: Fenômeno, transformação e representação. Química Nova na Escola. Nº 2. Novembro/ 1995;
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 7° d. São Paulo: Cortez, 2005.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCNs+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC, SEMTEC, 2002