Autores
Chagas, L.R.B. (IFPI) ; Nascimento, L.M.L. (IFPI) ; Oliveira, M.D.A. (IFPI) ; Nunes, M.F.D. (IFPI) ; Santos, M.C. (IFPI) ; Silva, T.T. (IFPI) ; Carvalho, T.N.F. (IFPI) ; Sousa, Y.B.A. (IFPI) ; Paz, G.M. (IFPI)
Resumo
Com falta de informação e interligação das diversas áreas de profissionais da atualidade, buscou-se mostrar o quanto a área da Química contribui em assuntos do cotidiano, principalmente na saúde. Com isso, propôs uma pesquisa com 30 estudantes do 3º ano do ensino médio de uma comunidade escolar do município de Teresina com o objetivo de diagnosticar e enriquecer o nível de conhecimento, ao contextualizar a química na prevenção da hipertensão reforçando o caráter crescente da química na saúde humana.
Palavras chaves
quimica; contextualização; cotidiano
Introdução
Diante dos desafios que se impõe à Educação Básica, faz-se necessário refletir sobre as ações que podem contribuir com a melhoria do ensino tanto para o alcance dos objetivos educacionais, bem como atender às necessidades e os interesses da comunidade na qual a escola está inserida. Nessa perspectiva, o ensino de Química apresenta-se como conhecimento escolar importante para a formação dos alunos nas mais variadas dimensões. (MACENO et al, 2012) A abordagem do cotidiano relacionado à Química e a sociedade vem sendo utilizada numa tentativa de despertar o interesse dos alunos por essa disciplina. Noticias em jornais e revistas podem levar á uma discussão de temas interessantes no contexto escolar e promover o esclarecimento de conceitos frequentemente distorcidos, sejam conceitos químicos/científicos ou os cotidianos. O conhecimento químico a ser trabalhado como base para o entendimento de situações do cotidiano deve ser oferecido em um nível adequado ao desenvolvimento cognitivo dos alunos. (MARTINS et al, 2005) A contextualização pode ser qualificada como uma estratégia metodológica ou um artifício facilitador para a justaposição e compreensão dos fatos ou situações do cotidiano dos alunos e conhecimentos formais escolares. Contextualizar consiste em realizar ações buscando estabelecer a analogia entre o conteúdo da educação formal ministrado em sala e o cotidiano do aluno ou sua carreira de maneira a facilitar o processo ensino-aprendizagem pelo contato com o tema e o despertar do interesse pelo conhecimento com aproximações entre conceitos químicos e a vida do indivíduo. (SCAFI,2010) Com isso, propôs a contextualização da Química no ensino médio abordando a sua importância no tratamento da hipertensão, com o intuito de enriquecer o processo de ensino aprendizagem.
Material e métodos
A pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2013, junto a 30 estudantes do turno diurno do terceiro ano do ensino médio, com a exposição de informações, por meio de uma aula sobre o tratamento da hipertensão e as contribuições da química para tal tratamento, sendo antecedida por um questionário para diagnosticar o nível prévio dos alunos sobre o tema, e outro posterior a aula para verificar o nível de assimilação dos alunos com o tema em questão. Os questionários que antecederão e sucederam a apresentação foram dispostos da seguinte forma: (Questionário 1) Você já conhecia, ou já ouviu falar sobre a hipertensão? O que é hipertensão de acordo com os seus conhecimentos? Você sabe quais são as causas e prevenção da hipertensão? Você acha que a química tem relação com o tratamento da hipertensão? Onde? (Questionário 2): Com a apresentação foi possível conhecer mais sobre a hipertensão? E agora, qual a relação da química com o tratamento da hipertensão? Onde a química atua no tratamento da hipertensão?
Resultado e discussão
A pesquisa utilizou procedimentos qualitativos e quantitativos para obtenção,
análise e interpretação dos dados. Os primeiros resultados foram organizados e
processados, baseados em interpretações próprias dos alunos sobre a hipertensão
e a relação dela com a química no seu tratamento. Os critérios de avaliação das
respostas dos estudantes para os dois questionários foram de três níveis:
satisfatório, para alunos que responderam as questões propostas de acordo com o
seu entendimento e aprendizado diante da problemática abordada; parcial, para
alunos que responderam o que lhe foi proposto, porém não souberam aprofundar-se
na problemática abordada; e, insatisfatório, para alunos que não entenderam o
que lhes foi proposto ou que não quiseram opinar.
A quantidade de alunos foram 30 no total que corresponde a 100%. Analisando as
respostas obtivemos 17% dos alunos com nível satisfatório, 13% com nível
parcial, onde os alunos responderam, mas não se aprofundaram nas respostas e 70%
como insatisfatório. É importante ressaltar que após o primeiro questionário
houve a apresentação do tema em slides abordando aos alunos a correlação de seus
conhecimentos prévios com o ensino formal e cotidiano aplicando a Química em
suas vidas diárias fazendo com que os mesmos reformulassem seus conceitos no
segundo questionário.
Com a apresentação do tema em sala de aula foi possível observar um pequeno
avanço no desempenho dos alunos sobre a hipertensão e a relação da química com
seu tratamento. Sendo possível observar que de 100% do total de alunos apenas
32,47% responderam satisfatoriamente ao questionário proposto e os restantes se
dividiram em 14,25% em parcial e 63,3% em insatisfatório, obtendo uma taxa de
6,7% de redução nos alunos que não respondiam bem as questões.
Conclusões
Após um grande sequencial de dados analisados e com observações no âmbito pesquisado foi possível aumentar o nível de conhecimento adquiridos por parte dos alunos sobre as influencias da Química no tratamento da hipertensão, além de que é necessário, a abordagem de temas cotidianos nas aulas de química, pois esta tem contribuições benéficas para a saúde humana.
Agradecimentos
Aos professores e coordenadores da escola por cederem os horários para a pesquisa e aos alunos pela colaboração em participar na execução do trabalho.
Referências
MACENO,N.G. GUIMARÃES,O.M. A Inovação na Área de Educação Química. Química nova na escola. Vol. 35, N° 1, p. 48-56, Fevereiro, 2013.Disponível em:<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_1/08-PE-91-11.pdf>. Acesso em:10 jun, 2014.
MARTINS,A.B.M. SANTA MARIA,L.C. AGUIAR,M.R.M.P. As drogas no ensino de química. Química nova na escola. N° 18, Novembro, 2003. Disponível em:<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc18/A04.PDF>. Acesso em:10 jun, 2014.
SCAFI,S.H.F. Contextualização do Ensino de Química em uma Escola Militar. Química nova na escola. Vol. 32, N° 3, Agosto, 2010. Disponível em:<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_3/07-RSA-8709.pdf>. Acesso em:10 jun, 2014.