Autores

Silva, A.M. (UECE/UFC) ; Sousa, C.J. (UECE) ; Magalhães, A.C. (UFC)

Resumo

A presente pesquisa teve como referencia o estudo do caso, afim de questionamento sobre o ensino de química ministrado no ensino público. O presente trabalho foi realizado na Escola de ensino Médio André Cartaxo Mauriti-CE. A Química, geralmente não desperta interesse nos estudantes de Ensino Médio, e devido a isso foi desenvolvido o projeto “EXPERIMENTOS DE QUÍMICA: UM APRENDIZADO DURADOURO”, para alunos do ensino médio. A apresentação e realizada de forma lúdica e dinâmica, utilizando experimentos como: “queimando metal”, “incenso químico”, “teste da verdade”, “escondendo a espada”, “vareta mágica”, “químico milionário”, “a hora do estouro”. A apresentação do projeto é uma maneira informal de trabalhar o conhecimento químico de maneira prazerosa.

Palavras chaves

experimentos de química; ensino de química; aprendizado

Introdução

O ensino de química repercute um considerável desinteresse nos alunos por dificuldades de aprendizado. O pouco dialogo entre a ciência e realidade, entre a linguagem cientifica e a linguagem cotidiana, não possibilita ao aluno relacionar as aulas de química ao seu dia a dia. O pouco dialogo entre a realidade criada pela ciência e a realidade da vida cotidiana, entre a linguagem de cientifica e a linguagem cotidiana, não possibilita ao aluno relacionar o cotidiano as aulas de química. Não há dialogo entre as teorias cientificas e os fenômenos, entre os princípios científicos e os contextos sociais e tecnológicos em que eles se materializam. Tudo isso torna a ciência escolar algo desinteressante e sem sentido para a grande maioria dos estudantes. Uma nova forma, faz-se necessário a utilização de formas alternativas relacionadas ao ensino de química, com o intuito de despertar o interesse nos alunos, expor uma visão critica presentes nos currículos escolares. O projeto “Experimentos em química: um aprendizado duradouro” visando realizar um estudo do caso, e apresentar uma metodologia ao ensino de química na escola publica, foi escolhido devido ao fato da facilidade para transmitir os conceitos, tendo em vista que a linguagem audiovisual consegue dizer alem do que captamos e conscientemente percebemos, proporcionando uma repercussão em imagens básicas, com as quais relacionamos de alguma forma com o teórico. Os experimentos ajudam no enfoque de comportamentos e propriedades de substancias químicas, auxiliando ainda no aumento do conhecimento do interesse do estudante.

Material e métodos

A presente pesquisa teve como referencia o estudo do caso, afim de questionamento sobre o ensino de química ministrado no ensino público. O presente trabalho foi realizado na Escola de Ensino Médio André Cartaxo, Mauriti-CE. A primeira parte da concretização do projeto se deu com a seleção de alguns conteúdos da disciplina, onde foram escolhidos alguns conceitos a serem estudados que estavam inseridos no livro didático e no plano anual do curso referente a disciplina. O mesmo foi ministrado em sala usando o método tradicional de ensino, com o uso do livro didático, explicação no quando e aulas apenas explicativas, buscando sempre envolver a participação dos alunos através de questionamentos, resolução de atividades e no final uma prova escrita. Visando analisar questões sobre o ensino de química, e também sobre o impacto que o ensino diferenciado causa aos alunos, foram aplicados questionários aos alunos das turmas de 1º, 2º e 3º ano, onde foram consultados 40 alunos de cada turma, perfazendo um total de 120 alunos. Os questionários foram aplicados, um antes das aulas praticas ministradas em laboratório de Química e outro depois. A apresentação do projeto ocorreu por ocasião do encerramento do conteúdo ministrado nas salas escolhidas no projeto especial, no laboratório de ciências, que teve como publico os alunos das series do 2°( primeiro) e 3° (terceiro) ano do ensino médio da Escola de Ensino Médio André Cartaxo.

Resultado e discussão

Inicialmente perguntou-se aos alunos se gostavam de estudar Química e 62% afirmaram que sim, enquanto 38% responderam não. Em contrapartida, 31% dos alunos consultados consideram a disciplina desinteressante. Fato esse que deve estar relacionado a forma como a matéria e apresentada e a dificuldade de assimilação por parte do aluno, que causa desestimulo e contribui para a desmotivação. Para 62% dos alunos, os conceitos de calculo foram colocados como um dos quesitos de maior dificuldade para o aprendizado. 26% dos alunos consultados apontaram a metodologia aplicada para o ensino desta disciplina sendo ministrada de maneira muito teórica e desarmonizada com o pratica, e 12% apontam que a não afinidade pela disciplina dificulta sua aprendizagem (gráfico 1). Solicitado aos alunos para marcarem as opções onde considera que a química esta presente, 17% não reconhecem a presença de química nos itens citados e apenas 13% consegue ver a sua importância (gráfico 2). Dos alunos entrevistados, apenas 21% consideram o ensino e a metodologia aplicada pelos professores adequada para a construção do aprendizado. Em contrapartida, 79% consideram como a metodologia não adequada para a construção de um aprendizado duradouro justifica que as aulas são monótonas, pouco atrativas e desmotivadoras. Após as apresentações das aulas praticas observou-se mudança no rendimento dos alunos, e agora 96% consideram a química importante em suas vidas. Afirmam que os conceitos químicos são entendidos com mais facilidade com a associação teoria-prática.

Conclusões

O ensino de química dentro de um contexto teórico-experimental, consegue fugir de praticas pedagógicas “inábeis”, abrindo caminho para uma melhor aprendizagem. As atividades descritas neste trabalho mostram-se extremamente eficientes na divulgação da química entre alunos do ensino médio e fundamental, bem como para ingressantes no curso de Química. A Química experimental é dada de maneira informal e bastante agradável de contato do publico com a ciência, trabalhando o conhecimento da química de maneira prazerosa.

Agradecimentos

Referências

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SILVA, Airton. Marques da. Proposta para Tornar o Ensino de Química mais Atraente. Revista de Química Industrial – RQI, no 731, 7 – 12, 2011.

SUART, Rita de Cássia; MARCONDES, Maria Eunice Ribeiro; LAMAS, Maria Fernanda Penteado. A Estratégia “Laboratório Aberto” para a Construção do Conceito de Temperatura de Ebulição e a Manifestação de Habilidades Cognitivas. Revista Química Nova na Escola. Vol. 32, nº 3, ago/2010.