Autores

Cardoso, T. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Resumo

A finalidade deste trabalho foi analisar as principais dificuldades de aprendizagem dos alunos do curso licenciatura em química, do primeiro e segundo período do CESP. Os currículos ressaltam que o ensino de química não pode se resumir apenas à transmissão de conhecimento, mas sim, que este ensino faça referência com a vida do acadêmico, para que o mesmo possa assimilá-lo com mais facilidade.Esta investigação teve como objetivo geral: analisar as principais dificuldades de aprendizagem dos alunos da licenciatura em química nos anos iniciais do curso. Como objetivos específicos: Identificar a partir dos alunos do curso de licenciatura as disciplinas que são consideradas mais difíceis; Concluiu-se que as disciplinas consideradas mais difíceis foram matemática elementar e química geral I.

Palavras chaves

Ensino-Aprendizagem; Ensino de Química; Dificuldades

Introdução

Este trabalho artigo trata das dificuldades do ensino de química como um componente do processo educativo que tem como finalidades orientar o ensino e facilitar a aprendizagem de química no ensino superior. Entendemos que o ensino tem como objetivo a aquisição de conhecimento pelos acadêmicos. O ensino se realiza quando alunos e professores atingem a coerência acerca dos significados em discussão. O processo requer que o professor avalie se os conteúdos que os alunos estão aprendendo são aqueles planejados para serem compreendido e os alunos devem avaliar se estão captando os conteúdos propostos pelo professor para, então, elaborar sua crítica. Nesta concepção de ensino, professor e acadêmico necessitam avaliar continuamente o conhecimento que circula em aula para estabelecer os patamares de entendimento no ensino superior. Assim, o ato de avaliar é essencial ao ensino de química, uma vez que o curso possui um nível de dificuldade. Após o ensino, pode acontecer a internalizarão dos conteúdos captados, gerando aprendizagem. A assimilação dos conteúdos exige que os acadêmicos relacionem as novas informações trazidas à aula com o conhecimento que possuíam anteriormente ao ensino de química. Cabe aos acadêmicos, além de analisar as dificuldades encontradas no ensino de química, como as possíveis relações entre conhecimento novo e conhecimento prévio, avaliar o potencial dos conteúdos emergentes na sua interação com o ambiente social e natural, para poder decidir sobre sua aprendizagem. Portanto, o ensino de química dever passar por esse diagnóstico, uma vez que seria de esperar que a avaliação no ensino superior fosse uma atividade cotidiana de colaboração entre docente e discente na busca do conhecimento.

Material e métodos

Este trabalho é resultado de uma pesquisa que objetiva analisar a dificuldade enfrentada pelos acadêmicos do curso de química do centro de estudos superiores de Parintins. Para tanto, realizamos pesquisas bibliográficas e de campo, bem como entrevistas com acadêmicos do segundo período do CESP. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, que é uma abordagem de investigação muito usada nas ciências sociais/humanas;pois pretende conhecer, explorar, entender os “porquês” e o “como” de um fenômeno, acontecimento ou mesmo análise de diversos fatores inseridos num contexto real. De acordo com Ponte (2006, p.01) um estudo de caso é caracterizado como incidindo numa entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o seu “como” e os seus “porquês”, fazendo justiça à sua unidade e identidade próprias. Assume-se como uma investigação particularista, procurando descobrir o que nela há de mais essencial e característico. Vale lembrar que esse tipo de pesquisa não permite uma generalização de resultados, porém possibilita a formulação de hipóteses para o direcionamento de futuras pesquisas. Para isso, foram aplicados dez (10) questionários na sala do primeiro e segundo período, contendo perguntas objetivas e subjetivas. Tais questionários foram construídos a partir de um conjunto de indicadores previamente selecionados para a avaliação dos acadêmicos.

Resultado e discussão

Os questionários aplicados aos acadêmicos tiveram como questões, as dificuldades encontradas por ambos em relação ao processo ensino-aprendizagem, a disponibilidade e utilização de recursos didáticos nas aulas, a relação teoria prática, a contextualização e, outros fatores que foram julgados importantes para o ensino aprendizagem do curso.Os acadêmicos, quando questionados, porque escolheram o curso de Química, 60,0% afirmaram que escolheram o curso por ser menos concorrido; 10,0% não tinham opção de escolha, somente 30,0% afirmam que gostam de química. 24,5% dos acadêmicos gostam de Química. Isso demonstra que a maioria escolhe o curso por ser menos concorrido ou por falta de opção. Isso pode ser reflexo de que a maioria não conhece o curso que vai fazer. Esses acadêmicos precisam gostar do curso que vão fazer, para que possam construir um conhecimento significativo. Os acadêmicos foram unânimes ao afirmarem que a disciplina mais edifício no primeiro período é matemática elementar. Os cálculos matemáticos são as maiores dificuldade enfrentada no inicio da graduação. As outras disciplinas como comunicação e expressão, introdução à computação, metodologia do ensino e filosofia da educação também fazem parte do primeiro período, porem não apresentam tais dificuldades.Essa maioria dos academicos não tiveram um nivelamento da disciplina e por esse motivo encontraram muitas dificuldade no primeiro período. Os conteúdos repassados em matemática elementar não foram captados pelos alunos, demonstrando uma grande reprovação nessa disciplina. No segundo período, os acadêmicos sentiram dificuldade na disciplina de Química Geral I. Outro fator relevante é que esse acadêmico não tinha interesse na matéria, e quando ingressaram na universidade se depararam com outra realidade.

Conclusões

Os resultados da pesquisa revelaram que: grande parte dos acadêmicos não gosta de Química, pois prestam o vestibular para o curso devido ser menos concorrido, e suas maiores dificuldades enfrentadas nos primeiros períodos estão na disciplina matemática elementar e em química geral I. Constatou-se, ainda que, o centro superior de Parintins possui biblioteca, embora os acadêmicos não a utilizem com frequência.Partindo dessas constatações e das sugestões apontadas pelos acadêmicos para melhorar o seu aprendizado no ensino de química, faz-se necessário que o docente adote uma nova metodologia.

Agradecimentos

Referências

ABREU, J.K.G.; Aprender química através de pesquisa bibliográfica. Trabalho apresentado a SEED, Programa de Desenvolvimento Educacional. Antonina, 2009.
CASTOLDI, R.; POLINARSKI, C.A. A utilização de recursos didático-pedagógicos na motivação da aprendizagem. I Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia.2009.
DARSIE, M. M. P. (1996). Avaliação e aprendizagem. Cadernos de Pesquisa, n.99, p.47-59.
PREDEBON, F., PINO, J., C., Uma análise evolutiva de modelos didáticos associados às concepções didáticas de futuros professores de química envolvidos em um processo de intervenção formativa. Investigação em ensino de ciências. Vol. 14(2), pp. 237-254, 2009.
LABURÚ, C. E. ; BARROS, M. A. & KANBACH, B. G. A relação com o saber profissional do professor de física e o fracasso da implementação de atividades experimentais no ensino superior. Investigações em Ensino de Ciências, v. 12, n. 3, 2007.
PONTE, JOÃO PEDRO. Estudos de caso em educação matemática. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Boletim de Educação Matemática, v. 19, n. 25, 2006.
TORRICELLI, Enéas. Dificuldades de aprendizagem no Ensino de Química. (Tese de livre docência), Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Educação, 2007.
WARTHA, E. J.; ALARIO, A. F. A contextualização no Ensino de Química através do Livro Didático. Revista Química Nova na Escola, n.22, 2005.