Autores

Moreira, D.A. (IFGOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Souza, J.A.R. (IFGOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Cota, G.S.C. (IFGOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Costa, L.G. (IFGOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Carvalho, W.B. (IFGOIANO - CÂMPUS URUTAÍ) ; Carvalho, C.V.M. (IFGOIANO - CÂMPUS URUTAÍ)

Resumo

Com este trabalho objetivou-se desenvolver aula prática para a disciplina de química ambiental, com o intuito de apresentar aos alunos como se deve avaliar a qualidade da água de um trecho de um rio e relacionar a aula prática com a teoria ministrada em sala de aula. Na disciplina de Química Ambiental do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano – Câmpus Urutaí foram realizadas aulas teóricas e práticas sobre qualidade da água. Os licenciandos em Química coletaram amostras de água em quatro pontos distintos, no período do verão e do inverno, em um trecho do rio Santa Barbara em Orizona – GO, sendo determinado o IQA. Com os resultados, os alunos concluíram que a qualidade da água do Rio Santa Barbará pode ser considerada como ruim e regular no verão e como boa no inverno

Palavras chaves

Meio ambiente; índice de qualidade da ág; poluição

Introdução

O grande desinteresse dos alunos pelo estudo da química se deve, em geral, a falta de atividades experimentais que possam relacionar a teoria e a prática. A disciplina de química ambiental tem como objetivo proporcionar condições para que os alunos da disciplina possam vivenciar os problemas ambientais e propor melhoramentos ou mesmo soluções neste âmbito. Uma das formas de promover a articulação entre os conteúdos escolares estudados na disciplina de química ambiental, o cotidiano dos estudantes e a formação da cidadania é desenvolver temas relacionados ao meio ambiente que são, necessariamente, interdisciplinares e de extrema importância no cenário mundial atual. Temas ambientais locais podem estimular o estudante a compreender assuntos específicos, como, por exemplo, conhecimentos científicos, aplicados à sua realidade, o que possibilita o desenvolvimento de ações concretas de mudanças na comunidade em que vive. Sendo assim, com este trabalho objetivou-se desenvolver aula prática para a disciplina de química ambiental, com o intuito de apresentar aos alunos como se deve avaliar a qualidade da água de um trecho de um rio e relacionar a aula prática com a teoria ministrada em sala de aula.

Material e métodos

Na disciplina de Química Ambiental do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano – Câmpus Urutaí foram realizadas aulas teóricas e práticas sobre qualidade da água. Na aula teórica foram abordados os conteúdos sobre as características da água, determinação dos parâmetros físicos, químicos, bioquímicos e microbiológico e qualidade da água e determinação do índice de qualidade da água (IQA). No segundo momento ocorreu a realização da aula prática. Os licenciados em Química coletaram amostras de água em quatro pontos distintos, no período do verão e do inverno, em um trecho do rio Santa Barbara em Orizona – GO, e realizaram as seguintes análises: pH, turbidez, sólidos, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fosforo total e temperatura (APHA, 1998). Com os resultados destas analises calcularam o IQA, utilizando-se a metodologia empregada pela CETESB (2014). As análises foram realizadas Laboratório de Pesquisa e Análises Químicas do Instituto Federal Goiano – Câmpus Urutaí. O critério para escolha dos pontos foi baseado em averiguar a poluição existe a montante e jusante do município de Orizona – GO, e de que forma a população do mesmo município interfere na qualidade hídrica do rio Santa Barbara.

Resultado e discussão

Por meio do conhecimento teórico já ministrado em sala de aula os alunos calcularam o IQA de um trecho do Rio Santa Barbara e compararam os resultados dos parâmetros físicos, químicos, bioquímicos e microbiológicos com os valores permitidos pela resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA N.º 357/2005 para água nas suas diferentes classes de enquadramento. Nas Tabelas 1 e 2 estão apresentados os valores do IQA para um trecho do rio Santa Bárbara na cidade de Orizona-Go. Os valores do IQA no verão variam de 34,18 a 36,16, sendo considerado como nível ruim nos pontos 1, 2 e 4 e como regular no ponto 3 e no inverno variaram 52,00 a 57,98, sendo enquadrado na categoria boa em todos os pontos de coleta. De acordo com os padrões estabelecidos pela CETESB (2014) para a qualidade da água ser considerada como ruim os valores do IQA deve variar de 19 a 36, como regular de ser entre 36 a 51 e para ser considerada como boa de 51 a 79. Ainda foi possível observar maior participação e interesse dos alunos e um conhecimento mais aprofundado sobre o tema.

Tabela 1

IQA para um trecho do rio Santa Bárbara em Orizona – GO no verão

Tabela 2

IQA para um trecho do rio Santa Bárbara em Orizona – GO no inverno

Conclusões

A aula prática relacionada com a teoria ministrada em sala de aula contribuiu significativamente para a aprendizagem de conceitos científicos que possibilitaram uma educação mais crítica e participativa dos alunos licenciados em Química do IFGoiano – Câmpus Urutaí. Com os resultados, os alunos concluíram que a qualidade da água do Rio Santa Barbará pode ser considerada como ruim e regular no verão e como boa no inverno.

Agradecimentos

Ao IFGoiano - Câmpus Urutaí

Referências

APHA - AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION; AWWA AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION; WEF WATER ENVIRONMENT FEDERATION. Standard methods for the examination of water and wastewater. 20th. ed. Washington. D.C.: APHA/AWWA/WEF, 1998.
CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Índices de qualidade das águas interiores do Estado de São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov. br/Agua/rios/indice.asp>. Acesso em: 20 mar. 2014.
CONAMA - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – (BRASIL). Resolução N°357, de 17 de março de 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em: 02 de Jun. 2014.

QUEIROZ, S. L.; ALMEIDA, M. J. P. M. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de iniciação científica em química. Revista Ciência & Educação, v. 10, n. 1, p. 41-53, 2004.