Autores
Lopes, J.A. (IF SERTÃO PERNAMBUCANO) ; Teixeira, D.V.B. (IF SERTÃO PERNAMBUCANO) ; Figueirôa, J.A. (IF SERTÃO PERNAMBUCANO)
Resumo
O presente trabalho elucida por meio de uma reflexão, relatos de experiência decorrentes do estágio supervisionado I e II do curso de Licenciatura em Química na Rede Estadual de Ensino do Estado de Pernambuco em turmas de 1º e 2º anos do Ensino Médio Integral. Tem como principal objetivo, apresentar e discutir a importância do estágio supervisionado obrigatório no que concerne o fazer pedagógico e as habilidades essenciais ao futuro professor de Química do Ensino Médio. Por meio deste, constata-se que, se faz de suma importância ao licenciando a vivência do estágio obrigatório para a consolidação de sua prática docente, uma vez que, dentre as várias contribuições, salienta-se a possibilidade de uma ação-reflexão para com as facetas inerentes a sala de aula. Sendo este, rico em desafios no que diz respeito à realidade escolar.
Palavras chaves
Licenciatura em Química; Estagio Supervisionado; Prática Docente
Introdução
No processo de formação do profissional da educação faz-se necessário que este passe pelo estágio obrigatório, como estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. De acordo com Garcez et al. (2012), este se configura como importante locus de construção dos saberes docentes tendo em vista sua característica como espaço de interlocução entre a universidade e o contexto da educação básica. Neste sentido, segundo Barros et al. (2011), o estágio supervisionado proporciona a construção de atitudes críticas e reflexivas a respeito do processo de ensino e aprendizagem, proporcionando a construção de atitudes e concepções questionadoras e transformadoras referentes ao ensino. O objetivo do referido trabalho é apresentar e discutir a importância do estágio supervisionado obrigatório do curso de Licenciatura em Química do IF Sertão Pernambucano na concepção de um licenciando que concluiu o estágio I e II na Rede Estadual de Ensino em turmas de 1º e 2º ano em um total de 200 h/a, com cerca de 40 discentes por turma. A escolha pela temática se fez necessária pela relevância do estágio na construção crítica reflexiva do licenciando, e por oferecer o espaço onde o graduando sai da teoria à prática. Este de suma relevância ao desenvolvimento de habilidades indispensáveis ao futuro profissional da educação.
Material e métodos
Para realização do estágio supervisionado I e II, estes realizados no 6º e 7º semestre da licenciatura, foram necessários os seguintes materiais: pincel de quadro branco, quadro branco, data show, computador, impressora, folha A4 e livro didático. Para algumas aulas práticas de laboratório, necessitou-se de: óleo, água, comprimidos efervescentes, suporte universal, funil de decantação e de filtração simples, papel de filtro, béquer, bastão de vidro e areia. A sequência metodológica adotada teve como primeiro momento nos dois estágios, a explanação dos conteúdos estabelecidos na ementa curricular do estado de Pernambucano para as escolas de referência. Após, houve a realização de aulas práticas para fixação dos conteúdos abordados em sala de aula, como por exemplo, a de separação de misturas, esta realizada com discentes do 1º ano. Com os discentes do 2º ano, destaca-se aqui, a de cinética química – fatores que alteram a velocidade de uma reação. Salienta-se aqui que, para realização de ambas as práticas, necessitou-se dividir a turma em equipes de 5 a 6 integrantes. Como momento final das aulas práticas, houve a elaboração de um relatório para cada uma das séries e práticas já citadas. Durante cada semestre, houve a aplicação de provas bimestrais sobre os conteúdos estudados, sendo estas, elaboradas e aplicadas pelo presente estagiário. A escola campo de estágio foi a EREM Cap. Nestor Valgueiro de Carvalho, com regência durante o semestre letivo 2013.2 e 2014.1, sob supervisão da gestora da referida escola. No que diz respeito à realização do presente estudo, foram necessários à utilização de livros, artigos, textos midiáticos e computador. A sequência adotada se deu pela análise e discussão dos conceitos apresentados na literatura, comprando-os a realidade escolar encontrada no estágio.
Resultado e discussão
Por meio do estágio I e II, foi possível colocar em prática muito do
conhecimento adquirindo ao logo de minha formação enquanto graduando em Química.
A prática pedagógica foi sendo aperfeiçoada a cada encontro e a cada aula que
tinha com meus alunos, para com isso, contribuir por meio de uma parceria entre
estagiário-professor e estagiário-aluno no melhoramento das aulas Química.
O início é o momento que a insegurança influi consideravelmente, interferindo em
um maior aproveitamento. Percebeu-se que, as formas para abordagem dos
conteúdos se limitava pela inexperiência. Contudo, quando utilizado da
literatura, das aulas práticas e das adaptações das mesmas para com a realidade
da escola campo de estágio, conseguiu-se propiciar momentos de interação para
com as aulas. Essa realidade oriunda da prática docente veio a contribuiu
positivamente para com o interesse em seguir a carreira do magistério. Todavia,
as políticas públicas que regem a educação, necessitam ser reformuladas, em se
tratando da concepção de que apenas o uso do livro didático e a explanação de
conteúdos são suficientes na construção de uma aprendizagem significativa,
necessitando-se de mais investimentos em recursos didáticos e formação
continuada.
O êxito da regência esteve diretamente relacionado não só na qualificação do
corpo docente, mas também no fornecimento das condições favoráveis ao ensino
aprendizagem de Química. Por meio de tais preceitos que, vale aqui ressaltar a
realidade dos laboratórios de Química das escolas públicas brasileiras, uma vez
que, estes ainda não correspondem às exigências da disciplina em questão.
Conclusões
O estágio supervisionado possibilita momentos de grande valia para o desenvolvimento das habilidades intrínsecas ao professor. Saber lidar com os anseios e com toda a dinâmica do ambiente escolar nem sempre é uma tarefa de fácil concretização. Contudo, por meio desse espaço reservado ao aluno na licenciatura, é possível ao discente “consolidar” seu fazer pedagógico.
Agradecimentos
A EREM Cap. Nestor Valgueiro de Carvalho; ao IF Sertão Pernambucano; ao PIBID – CAPES e professora Ana Maria Leal.
Referências
BARROS, J. D. S. et al. A prática docente mediada pelo estágio supervisionado. Disponível em: < http://gorila.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/view/1661/1697>. Acessado em: 30 de maio de 2014.
BRASIL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acessado em: 02 de maio de 2014.
GARCEZ, E. S. C. et al. O Estágio Supervisionado em Química: possibilidades de vivência e responsabilidade com o exercício da docência. Disponível em: < http://alexandria.ppgect.ufsc.br/files/2012/11/Edna.pdf>. Acessado em: 01 de maio de 2014.