Autores
Dias, A.C.S. (UFPA) ; Rodrigues, F.S. (UFPA) ; Siqueira, J.E.S. (UFPA) ; Marinho, A.A.P. (UFPA)
Resumo
A experimentação é uma forma alternativa relacionada ao ensino de química com o intuito de despertar o interesse e a importância dos conceitos químicos presentes nos currículos escolares. Esta pesquisa consistiu na aplicação de um questionário com 34 alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual em Belém/PA, com o objetivo de verificar se a experimentação esteve presente nas séries anteriores, partindo do fato de que a escola possui um laboratório de química. Obteve-se que 44,12% dos alunos afirmaram que raramente os professores relacionavam os assuntos com a experimentação, 41,17% dos alunos afirmou que os professores relacionavam a teoria com a prática. Os alunos demostraram expectativas quanto à colaboração dessas atividades experimentais na construção do conhecimento.
Palavras chaves
Experimentação; Ensino de Química; Didática
Introdução
A escola, por intermédio dos professores, necessita apresentar o conteúdo de forma dinâmica, que venha possibilitar aos alunos compreender a ciência e relacionar a mesma com o cotidiano. Um viés para isso é a experimentação no ensino de química, que possibilita trabalhar os temas da disciplina em sala de aula e ressaltar sua importância. A experimentação é um recurso pedagógico importante que pode auxiliar na construção de conceitos, onde o aluno pode ser levado a formular hipóteses, desenvolver formas de testá-las e modificá-las de acordo com os resultados (MALDANER E ZANON, 2007; FERREIRA et al, 2010). A questão da experimentação na escola é salientada por Silva (2013) como metodologia essencial no processo de ensino aprendizagem, sendo assim, associar teoria a prática implica tornar o conhecimento mais relevante, uma vez que os alunos têm a oportunidade de imprimir um significado àquilo que lhes é ensinado. Daí, a necessidade da utilização da experimentação como uma forma alternativa relacionada ao Ensino de Química com o intuito de despertar o interesse e a importância dos conceitos químicos presentes nos currículos escolares. Por isso, o presente trabalho objetiva verificar o grau de aceitabilidade da disciplina de química por alunos do 3º ano do ensino médio, bem como saber se a experimentação poderia auxiliar na construção do conhecimento dos mesmos e se a experimentação esteve presente nas séries anteriores, partindo do fato de que a escola possui um laboratório de química.
Material e métodos
O encaminhamento metodológico desenvolvido nesta pesquisa consistiu, inicialmente, na elaboração de um questionário e, em seguida, na aplicação do mesmo com uma amostra de 34 alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio Governador Alexandre Zacharias de Assumpção, localizada em Belém no estado do Pará, Brasil.
Resultado e discussão
A partir dos dados do questionário aplicado aos alunos da 3ª série do ensino médio, pôde-se realizar estimativa percentual das respostas dos alunos, para as 6 perguntas: 1. A química é uma disciplina de seu interesse? 64,7% responderam que sim, pois é a química está presente no cotidiano e a minoria deles (35,3%) afirmou que não, pois não há razão para tal interesse. 2. A didática dos professores, ao longo da 1ª e 2ª séries do ensino médio, contribuiu para que você tenha interesse na disciplina de química? 55,8% disseram que sim e os que acreditam que não contribuiu foram 3,4% e 14,70%, afirmaram que nem todos os professores almejaram tal objetivo. 3. Durante a 1ª e 2ª séries do Ensino Médio os professores relacionaram a teoria com a prática em laboratório? 44,12%, afirmou que raramente os professores relacionavam os assuntos com a experimentação, 41,17% dos alunos afirmou que os professores relacionavam a teoria com a prática, mas não em laboratório e 14,71% dos alunos afirma que nunca houve tal relação. 4. Você encontrou dificuldades na disciplina? 79,41% afirmam que apresentaram dificuldades em cálculo estequiométrico, ligações químicas e periodicidade química e 20,58% dos alunos disseram que sentem dificuldades, mas as mesmas são supridas por outros meios. 5. As aulas experimentais ajudariam na aprendizagem? A maioria, 91%, afirmou que sim e que seria um meio muito aproveitador, esclarecedor e interessante, no entanto 5,88% não souberam dizer. 6. Qual sugestão você daria para a melhoria do ensino e aprendizagem de química em sua escola? “Estruturação da escola, para que haja aulas em laboratório, aulas com vídeos, dinâmicas em sala e mais interação entre professor e aluno”.
Conclusões
A partir da análise dos resultados verificou-se que a química é uma disciplina de interesse da maioria dos alunos, e que maior parte deste interesse foi despertada a partir da didática dos professores, mostrando a potencialidade do professor em instigar o interesse dos alunos pela disciplina. Por outro lado, obteve-se que raramente foi estabelecida, pelo professor, uma relação entre teoria e prática, mas que se tal relação fosse desenvolvida, haveria por parte dos alunos, expectativas quanto à colaboração dessas atividades experimentais na construção do conhecimento.
Agradecimentos
Referências
FERREIRA, LUIZ H., HARTWIG, DÁCIO R.; OLIVEIRA, RICARDO C. DE. Ensino experimental de química: uma abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola, v.32, nº 2, p. 101- 106, maio 2010.
MALDANER, OTAVIO A.; ZANON, LENIR B.; Fundamentos e Propostas de Ensino de Química para a Educação Básica no Brasil. 1 ed. Ijuí: UNIJUÍ, 2007.
SILVA, A. D. L.; Et al. A experimentação como transposição didática no ensino de química. Disponível em: http://www.abq.org.br/simpequi/2013/trabalhos/2124-9939.html. Acesso em: 27/05/2014.