Autores
Silva, A.V.S.F. (IFPE) ; Perdigão, C.H.A. (IFPE)
Resumo
O Presente trabalho relata a aplicabilidade do projeto de extensão: "Pesquisa e Desenvolvimento Experimental para o Ensino de Química e Divulgação Científica", financiado pelo Instituto Federal de Pernambuco, Campus Vitória de Santo Antão. Na Escola de Referência em Ensino Médio José Joaquim da Silva Filho. Tratando sobre quais os indicadores que caracterizam a não aplicabilidade de práticas experimentais no ensino público regular, e apontando soluções de baixo custo. Através de kits experimentais e Experimentos Demonstrativos no Ensino de Química, bem como promoção da discussão em torno da problemática da não contemplação de Práticas Experimentais no Ensino Médio das Escolas Estaduais e da importância desta utilização na consolidação de um processo de ensino- aprendizagem significativo.
Palavras chaves
Ensino que Química; Experimentos; aprendizagem
Introdução
De acordo com Fausthon (2007) a prática de demonstrações químicas em sala de aula, quando bem executadas, exibe muitas contribuições à prática docente. Elas permitem o melhor aprendizado e retenção de conteúdos por parte dos alunos e é inegável a sua contribuição para estimular e despertar o interesse dos mesmos na aprendizagem e prática de ciências. Esta prática também permite ser um instrumento pelo qual, os professores podem demonstrar seus interesses e entusiasmos em relação à Química e a sua prática pedagógica, sendo assim um meio de troca de experiências importante entre os professores enquanto executadores da demonstração e os alunos enquanto espectadores. Para tanto, faz-se necessária à proposição de práticas experimentais, afim de que haja promoção do aprendizado no ensino de Química, e melhoramento da prática docente na busca pelo atendimento ao caráter fundamentalmente, experimental, da Química. A experimentação desperta no espectador um caráter significativo do conhecer, do praticar o que significa dizer que o uso de tais práticas como agente auxiliar na oferta do conhecimento químico é gerador da construção de um aprendizado sólido, ou ainda,com significado para o discente. Em estudos atuais, Perdigão (2012) enfatiza ganhos significativos no uso de Experimentos Demonstrativos em sala de aula, uma vez que a prática ocorre em meio à discussão teórica. Por conseguinte, é cabível o entendimento favorável ao uso da prática experimental como instrumento representante da própria prática em consonância com a teoria compreendida nos conteúdos programáticos de Química. Sendo, pois, o uso de Experimentos Demonstrativos em sala de aula uma eficaz proposição no surgimento de dinamicidade às aulas de Química, alimentando o interesse do alunado.
Material e métodos
O presente trabalho trata-se de uma abordagem qualitativa, sendo do tipo de Campo descritiva, com finalidade de elaborar uma análise diagnóstica no tratante à aplicabilidade e incidência da Prática Experimental em Química no ambiente escolar da Escola de Referência em Ensino Médio José Joaquim da Silva Filho, Vitória de Santo Antão –PE, objetivando contribuir na promoção da Química nas Escolas atendendo ao seu natural caráter experimental, bem como a consciência, através da informação, da importância da Experimentação no Ensino de Química. Os sujeitos são os docentes da disciplina de Química na Escola campo de pesquisa. Sendo estes, garantidos de anonimato e categorizados pelas letras A-B- C-D. No tocante à visão dos docentes e a realidade escolar no tratante a experimentação, fez-se aplicação de um questionário utilizado como instrumento de coleta de dados onde apresentou os seguintes questionamentos: assiduidade na proposição de Práticas; diferenças no processo de ensino-aprendizagem quando há utilização de Práticas Experimentais e coexistência teoria e prática no ensino de Química.
Resultado e discussão
O questionário estruturado aplicado aos docentes, que por sua vez, contemplou
questionamentos quanto à assiduidade da adoção, por parte do docente, das
atividades experimentais –1ª Pergunta -; diferenciação no processo de ensino-
aprendizagem quando há incidência de tais atividades –2ª Pergunta-; proporção
acertada entre teoria e prática –3ª Pergunta; sendo o método utilizado para
coleta de dados.
Foi aplicado o questionário ao quantitativo docente, atuantes na área de
Química, da Escola de Referencia em Ensino Médio José Joaquim da Silva Filho, de
posse das respostas têm-se:
Docente
1º Questionamento 2º Questionamento 3º Questionamento
1 SIM SIM SIM
2 NÃO SIM NÃO
3 NÃO NÃO NÃO
4 SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA SEM RESPOSTA
1º questionamento: 50% NÃO; 25% SIM; 25% SEM RESPOSTA; 2º questionamento: 50%
SIM; 25% NÃO; 25 % SEM RESPOSTA; 3º questionamento: 50% NÃO; 25% SIM; 25% SEM
RESPOSTA
Após o tratamento dos dados, percebe-se que há limitação da formação dos
docentes em aspectos relacionados ao manuseio de equipamentos e materiais
disponíveis, ou ainda falta de informação com relação às possibilidades da
realização destas práticas.
A irrisória frequência das aulas experimentais tem sido conseqüência de uma
problemática ainda maior, a qual corresponde à formação dos professores, aos
cursos de graduação em ciências, de modo geral e, em química, em modo
específico.
A ligação entre conteúdos e o cotidiano, bem como o uso de materiais acessíveis
- os de baixo-custo - são aspectos dos quais tornam possíveis as práticas
experimentais, e o uso delas de maneira a ordená-las de acordo com coexistência
teoria e prática, são fundamentais no processo de ensino aprendizagem.
Conclusões
Em consonância com os resultados obtidos e os cumprimentos dos objetivos propostos neste trabalho, à luz de doutrinas importantes no campo da experimentação, nesta produção verificou-se a confirmação da incidência de algumas problemáticas assíduas no cotidiano do ensinar Química, como a existência de uma resistência do docente em utilizar as práticas experimentais. Apesar da falta de estrutura, muitas vezes evidente, a não proposição de atividades experimentais caracteriza uma limitação curricular.
Agradecimentos
Agradeço ao IFPE- Campus VITÓRIA; Aos colaboradores dessa pesquisa; Ao meu orientador
Referências
FAUSTHON, F, DA S.; Experimentos demonstrativos no Ensino de Química: um olhar geral.Departamento de Química Fundamental, UFPE, Recife, 2006;
PERDIGÃO, C. H. A, LIMA, K, S. A prática docente experimental de Química no Ensino Médio. Anais do IV Educon. Aracaju – SE. Setembro de 2010;
CHASSOT, A . Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.