Autores

Santos, A.M. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; da Silva, A.L. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Arruda, C.A. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Silva, G.O. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Santos, M.T.S. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Resumo

O presente estudo tem como objetivo investigar as dificuldades encontradas pelos licenciandos em química do IFPE, Campus Vitória durante o estágio curricular obrigatório. Foi aplicado um questionário, nesse questionário aplicado, uma das perguntas iniciais foi: qual a maior dificuldade de conseguir uma vaga de estágio? Muitos relataram que as escolas não oferecem oportunidades, pelo motivo de que já existe um professor que atua na área de química, mas não tem uma formação em química, como por exemplo, o professor formado em ciências biológicas que leciona química. Através dessa e de outras perguntas iremos tentar compreender as causas que interferem os estudantes de realizar na rede pública de ensino na cidade de Vitória de Santo Antão – PE.

Palavras chaves

Formação inicial; Licenciatura em química; Estágio

Introdução

O objetivo do estágio é propiciar ao estudante uma aproximação com o cotidiano no qual irá atuar. Ao participar das atividades de uma escola, o estagiário deve ter consciência de que a finalidade é sua formação inicial como professor (CARVALHO, 1985). Segundo (ZANCUL, 2011) o estágio revela o momento do licenciando tentar compreender o sistema de ensino, as políticas educacionais, a escola e os sujeitos com os quais irá desenvolver/construir processos de aprendizagem. Tendo como base a importância da realização de um estágio é essencial que compreende a necessidade da atuação de um licenciando em química em formação ter seu espaço nas escolas. Levando em conta que muitos alunos do ensino médio não gostão de química e isso dificulta bastante a vida do professor de química em formação. Segundo Miranda e Costa (2007), a maioria das escolas tem dado ênfase à transmissão de conteúdos e à memorização de fatos, símbolos, nomes e fórmulas, deixando de lado a construção do conhecimento científico dos discentes e a desvinculação entre o conhecimento químico e o cotidiano. Essa prática tem influenciado negativamente na aprendizagem dos alunos, uma vez que não conseguem visualizar a relação existente entre o que estuda em sala de aula, a natureza e a sua própria vida cotidiana. Por esse e outros motivos que fazem com que os alunos tenham uma barreira de compreender a química e passar a gostar da mesma. Dessa forma, consequentemente influencia no mau comportamento em sala de aula, falta de desinteresse com a disciplina e a partir disso cai como ponto negativo para o professor de química, se ele não estiver pronto para enfrentar esse desafio não terá um bom desempenho em sala de aula.

Material e métodos

O curso de licenciatura em química do IFPE – Campus Vitória possui 4 turmas nesse ano de 2014 nos respectivos períodos 1º 3º 5º e 7º . O método adotado para a realização deste estudo, por meio de um questionário com 5 questões abertas e fechadas, foi aplicado somente nos alunos 5º e 7º período com o intuito de compreender os motivos que levam os licenciandos de realizarem estágios. O questionário só foi destinado aos alunos do 5º e 7º, No 5º porque no momento está pagando a cadeira pedagógica de estágio que por consequência é obrigatório à realização de um estágio supervisionado, já no 7º período eles já estão em fase “final” do curso e já tiveram a experiência da busca de um estágio e as dificuldades que eles passaram e ainda estão passando.

Resultado e discussão

Analisando dados por meio do questionário a primeira questão foi: Qual a maior dificuldade para realizar o estágio. Nesta questão de grande peso na nossa pesquisa, relatam que: muitos professores não gostam que um formando observe suas didáticas em sala de aula, isso gera uma insegurança por parte do professor, outros afirmam que a maior dificuldade é pouco contato com as escolas, outro tipo de resposta é que não surgem vagas para o professor de química, devido a atuação de professor de outra área atuar na área de química, com isso dificulta muito a vida do profissional de química que queira ensinar no município de Vitória. Segunda pergunta: Como você avalia o seu curso em relação à preparação para o mercado de trabalho? Nessa questão muitos relatam que o curso é bom, e que tem ótimos profissionais. Outros afirmam que é regular, pois o campus não tem uma estrutura de qualidade e reflete na qualidade do curso. Terceira questão: O curso atende às suas necessidades para o mercado de trabalho? Grande maioria disse que sim, porém exige a busca de conhecimentos além do curso. Quarta questão: Como você avalia o seu desenvolvimento profissional, No início do estágio até o presente momento? 100% levam em estima que o estágio permite uma visão geral do que eles encontrarão no dia a dia. Contudo, como nas escolas do município de Vitória – PE, não têm professores formados em química, fica difícil tomarem como referência algumas didáticas para a formação das suas identidades como profissionais, uma das finalidades do estágio. Quinta questão: Quanto tempo você levou para conseguir o estágio curricular obrigatório? Maioria afirma que no estágio supervisionado obrigatório não tiveram problemas, pois o prazo para conseguir esse estágio é de uma semana. Onde na realidade o tocante da problemática reside no desenvolvimento do estágio.

Conclusões

Com os resultados dos dados alcançados, verificamos que a grande problemática de conseguir um estágio em química na cidade de Vitória – PE é a ausência de profissionais e consequentemente colocam professores de outra área lecionar a mesma, sem levar e consideração que isso prejudica os alunos a quem esses professores ensinam e dificulta o futuro professor de química ensinar na sua própria cidade, impedindo também a assimilação dos alunos. Onde o que seria realmente correto é o professor de química ensinar a disciplina. Na qual o professor que tem a sua formação em química está hábito para lecionar, pois ele estudou para isso.

Agradecimentos

Os autores agradecem primeiramente a Deus, em segundo a todos que participaram de forma direta ou indiretamente, desta pesquisa.

Referências

CARVALHO, A.M.P. Prática de Ensino: os estágios na formação do professor. São Paulo, Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais, 1985.

ZANCUL, M.S. O estágio supervisionado em ensino segundo a percepção de licenciandos em ciências biológicas. Rev. Simbio-Logias, v.4, n.6, Dez/2011

PIMENTA, Selma Garrido, ANASTASIOU, Lea das Graças Camargos. Docência no Ensino Superior. S. ed. São Paulo: Cortez, 2002.