Autores
Marques, V.S.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-UERN) ; Falconieri, A.G.F. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-UERN)
Resumo
O trabalho relata a experiência vivida durante o período do estágio supervisionado realizado em uma escola pública da cidade de Mossoró-RN. Durante esse período, foi possível executar atividades pertinentes e de grande importância na formação docente. Esse momento possibilitou um contato direto com a realidade da educação pública, Como isso a vivência de forma ativa, participativa durante o estágio contribuir para a formação de um perfil profissional. Durante esse momento vivido na escola, foi possível realizar diversas ações pedagógicas e a maior relevância desta experiência vivida está na contribuição efetiva para a formação do futuro professor, consideramos que somente a formação acadêmica não é suficiente para formar um professor de qualidade.
Palavras chaves
Estágio Supervisionado; Formação Docencte; Vivência
Introdução
O Estágio Supervisionado como componente curricular, é uma atividade complementar e fundamental durante a formação docente, constituindo-se como uma ponte entre a vida acadêmica e a realidade do Ensino Fundamental e Médio (SICCA, 1993). Neste parâmetro, colocar o aluno em contato com essa realidade possibilita um aprendizado mais eficaz e contínuo, pois fortalece a relação entre a teoria estudada na Universidade e a prática docente. O estágio, também, possibilita o aluno da Licenciatura, vivência uma situação real, no que se diz respeito à prática de ensino, além de possibilita o mesmo a conhecer as condições do seu exercício profissional (XV ENEQ, Julho 2010). Segundo GAUCHE e colaboradores (2008) a proximidade do futuro professor com a realidade cotidiana vivenciada na atividade docente dos que já atuam no ensino de Química, problematizando-a e fundamentando ações e estratégias de intervenção pedagógica, permite-nos esperar sempre uma melhor formação do professor de Química. O desafio para os estudantes de licenciatura em química é mudar a forma de pensar e de ensinar química. E o estágio possibilita um repensar da educação química. O período de atuação durante o estágio supervisionado está dividido em três etapas: Observação, Planejamento e Regência. E é com bases nessas etapas que o presente trabalho irá descrever a experiência vivida pelo estagiário durante esse momento, realizado na Escola Estadual José de Freitas Nobre, em uma turma de 9º ano do ensino fundamental, relatando todas as etapas que segue um estágio e discutindo sobre cada uma delas, com o intuito de mostra a importância das mesmas e suas contribuições na formação docente.
Material e métodos
O desenvolvimento das atividades do Estágio Supervisionado foi dividido em três etapas: Observação, Planejamento e Regência. A etapa de observação foi realizando em sala de aula, observando as aulas de ciência ministrada pelo professor responsável pela disciplina quanto fora do ambiente de sala de aula e neste momento foi possível conhecer um pouco da infraestrutura da escola assim como a sua administração. A elaboração do planejamento das aulas foi realizada a partir de um estudo detalhado do livro didático de ciências, que engloba as disciplinas de física, química e biologia e com isso reuniram-se todos os conteúdos da área de química, organizando-os de modo que todos os assuntos pudessem ser repassados em sala de aula. Pesquisas foram realizadas na internet, para encontrar formas didáticas de relacionar os conteúdos ministrados com o cotidiano do aluno e maneiras diferenciadas de avaliação. O período de regência foi constituído por 50 horas/aulas e um dos recursos didáticos de máxima importância utilizados, foram os planejamentos elaborados, pois eles serviram como um direcionado durante o período de regência.
Resultado e discussão
O momento de observação foi de grande importância, pois possibilitou que o
estagiário pudesse analisar como é o dia-a-dia do professor, analisando quais as
dificuldades que existe e como solucionar situações inesperadas. Essa etapa
atribui aptidões importantes, no que diz respeito ao comportamento de um
professor em sala de aula.
Um ponto negativo observado durante essa etapa foi à falta de interesse dos
alunos pela disciplina de química, porém esse comportamento é consequência da
falta de aulas mais motivadoras que estimule a capacidade da relação entre
teoria e prática, relacionando o ensino de química com o cotidiano dos alunos.
Com o objetivo de tornar os conteúdos de Química mais interessante, as aulas
foram planejadas de modo a acontecer em duas etapas. Na primeira havia uma aula
discursiva com, vídeos, utilizando sempre projetor de multimídia, com bastantes
imagens, para facilitar a compreensão dos temas abordados e na segunda etapa
eram realizadas oficinas pedagógicas, relacionada ao tema discutindo
anteriormente.
Assim, na etapa de regência, notou-se que ao final de cada conteúdo trabalhado
houve um rendimento melhor da turma em relação à assimilação dos temas
discutidos em sala de aula e isso se deu devido à aplicação de oficinas
pedagógicas que contribuíram significativamente, na melhor compreensão dos
conteúdos e, também, no relacionamento da turma, uma vez que, as oficinas eram
realizadas em grupos.
Conclusões
As etapas que regem o estágio são de suma importância para o aprendizado do aluno de licenciatura, pois possibilita a vivência no ambiente escolar de forma direta. E com base nisso, é possível extrair das suas etapas experiências importantes para a formação docente. A observação, por exemplo, possibilita a reflexão sobre a realidade da educação e do sistema escolar da escola e contribui para os outros momentos do estágio. O planejamento direciona o professor em sala de aula e a regência é o contato direto entre professor e aluno e tudo isso torna o estágio uma estratégia de ensino eficaz.
Agradecimentos
Referências
SICCA, N. A. L. Prática de Ensino de Química: um programa em construção. Química Nova, São Paulo, v. 16, n. 6. p. 586 – 588, mar. 1993 - [Citado em 20 jan 2014];
XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) – Contribuição do Estágio Supervisionado para formação do futuro professor no Curso de Licenciatura em Química do IFPB. Geórgia Batista Vieira de Lima1(IC)*, Márcia de Lourdes Bezerra dos Santos1(PG) – Brasília, DF, Brasil – 21 a 24 de julho de 2010 - [Citado em 20 jan 2014]. Disponível em: http://www.xveneq2010.unb.br/resumos/R0948-1.pdf