ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Alimentos
Autores
Barbosa, V.S. (UTFPR) ; Gohara, A.K. (UEM) ; Souza, A.H.P. (UEM) ; Stroher, G.R. (UTFPR) ; Rodrigues, A.C. (UTFPR) ; Matsushita, M. (UEM) ; Neves, G.Y.S. (FAFIMAN) ; Souza, N.E. (UEM) ; Stroher, G.L. (UTFPR)
Resumo
O trabalho comparou metodologias de extração do licopeno de RODRIGUEZ-AMAYA (2001), LEÃO et al. (2006) e RÊGO et al. (1999) em principais marcas de extrato de tomate comercializadas no Brasil (A, B e C). A quantificação foi feita em espectrofotômetro, duplo feixe, PerkinElmer, Lambda 750, em 472 nm. Dentre as metodologias comparadas a de LEÃO et al. (2006), apresentou os maiores valores quantitativos de licopeno, seguida pela de RODRIGUEZ-AMAYA (2001) e RÊGO et al. (1999). As marcas A, B e C apresentam diferenças significativas (Anova, teste Tukey, p<0,005) quando quantificadas em uma mesma metodologia e também seus valores foram diferentes conforme a metodologia proposta. O licopeno agrega valor ao produto, e o estudo comparativo de metodologias são necessários para o setor industrial.
Palavras chaves
metodologia de extração; licopeno; espectroscopia
Introdução
Os antioxidantes são compostos que podem atuar como inibidores de radicais livres, prevenindo enfermidades (CERQUEIRA et al., 2007). O licopeno é uma substância natural de pigmento avermelhado alaranjado presente em frutos como o tomate (MATIOLI & RODRIGUEZ-AMAYA, 2003). O processamento deste, em extrato de tomate aumenta significantemente a biodisponibilidade de licopeno agregando valor ao produto (KOBORI et al., 2010). Neste sentido, a avaliação comparativa de metodologias para melhor o extrair são necessárias para auxiliar o setor industrial.
Material e métodos
As amostras de extrato de tomate foram adquiridas na cidade de Apucarana, Estado do Paraná, Brasil. Foram analisadas três marcas diferentes de cada extrato de tomate (A, B e C) em triplicatas em três metodologias diferentes de extração para quantificação por espectrofotômetro de duplo feixe, Perkin Elmer, Lambda 750, em 472 nm. Foram comparadas as metodologias de RODRIGUEZ-AMAYA (2001), LEÃO et al. (2006) e RÊGO et al. (1999). Os resultados foram submetidos à Anova, teste de Tukey, p<0,05, ASSISTAT, versão 7.7.
Resultado e discussão
As quantificações de licopeno em g.g-1 de três marcas diferentes de extrato de
tomate são mostradas na Tabela 1. Entre as marcas analisadas a metodologia
proposta por LEÃO et al. (2006), apresentou os maiores valores quantitativos de
licopeno, isto pode ser devido a pequenas variações desta em comparação com a de
RODRIGUEZ-AMAYA (2001), no que destacamos a utilização da metade da massa de
amostra, 2/3 do tempo de agitação e menor número de lavagem para a separação do
extrato. A metodologia de RÊGO et al. (1999), apresentou os menores valores para
este antioxidante. Na Anova, teste de Tukey, p< 0,05, temos que as marcas A, B e
C apresentam diferenças significativas quando quantificadas em uma mesma
metodologia e também que seus valores foram diferentes conforme a metodologia
proposta. Os diferentes estágios de maturação dos tomates que constituem o
produto final interferem nos resultados obtidos neste trabalho, quanto mais
maduro maior a quantidade de licopeno. Vale salientar que o licopeno é um valor
agregado ao produto a ser explorado e para o qual não há legislação Brasileira e
que tanto o estudo comparativo de metodologias quanto o desenvolvimento destas
são necessários para o setor industrial.
Quantificação de licopeno de extrato de tomate (g.g-1) segundo as metodologias de RODRIGUEZ-AMAYA (2001), LEÃO et al. (2006) e RÊGO et al. (1999).
Conclusões
Dentre as metodologias comparadas a de LEÃO et al. (2006), apresentou os maiores valores quantitativos de licopeno, seguida por RODRIGUEZ-AMAYA (2001) e RÊGO et al. (1999). Vale salientar que o licopeno é um valor agregado ao produto a ser explorado e para o qual não há legislação Brasileira e que tanto o estudo comparativo de metodologias quanto o desenvolvimento destas são necessários para o setor industrial.
Agradecimentos
CNPq, UTFPR, Fundação Araucária, UEM e grupos de pesquisa Processos Químicos e Cromalimentos.
Referências
CERQUEIRA, F. M.; GENNARI, M. H.; AUGUSTO, A. Antioxidantes Dietéticos: Controvérsias e Perspectivas. Química Nova, v. 30, n 2, 441-449, 2007.
KOBORI, C. N.; HUBER, L. S.; KIMURA, M.; AMAYA, D. B. Teores de Carotenoides em Produtos de Tomate. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 69, n.1, 78-83, 2010.
LEÃO, D. S.; PEIXOTO, J. R.; VIEIRA, J. V. Teor de licopeno e de sólidos solúveis totais em oito cultivares de melancia. Bioscience Journal, v. 22, n. 3, 7-15, 2006.
MATIOLI, G.; RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. Microencapsulação do licopeno com ciclodextrinas. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 23, 102-105, 2003.
RÊGO, E. R.; FINGER, F. L.; CASALI, V. W. D. Qualidade de frutos de tomate da cv. Santa Clara, mutante de fruto amarelo e seus híbridos F1. Horticultura Brasileira, v. 17, n. 2, 106-109, 1999.
RODRIGUEZ-AMAYA, D. A Guide to Carotenoids Analysis in Food. International Life Sciences Institute Press, p. 64, Washington , 2001.