ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Alimentos
Autores
Gonçalves, M.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA) ; Santana, R.O. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA) ; Santos, I.A. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA) ; Porfirio, M.C.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA) ; Santana, G.A. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA) ; Capela, A.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA) ; Oliveira, J.B. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA) ; Silva, M.V. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA)
Resumo
O Jenipapo (Genipa americana L.) é uma espécie nativa bastante comum em grande parte do Brasil encontrada principalmente no cerrado. Este fruto possui compostos fenólicos e tem sido muito estudados devido a sua influência na qualidade dos alimentos. Englobam uma gama enorme de substâncias, entre elas os fenólicos, os quais, por sua constituição química, possuem propriedades antioxidantes. Além disso, possuem diversos benefícios à saúde e reduzem o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Palavras chaves
fitoquímicos bioativos; DPPH; ABTS
Introdução
O jenipapo (Genipa americana L) é o fruto do jenipapeiro, uma árvore da família das Rubiáceas bastante comum em grande parte do Brasil, em várias formações florestais, encontrado principalmente no cerrado. Os frutos do jenipapeiro são comestíveis e muito apreciados. São caracterizados por sabor ácido e aromas frutais e, para serem aproveitados devem ser colhidos no ponto certo de maturação. Apresentam um ótimo valor nutritivo e contém compostos fenólicos em sua composição, os quais apresentam propriedades funcionais devido a sua atividade antioxidante (PORTO et al., 2011). Os frutos são do tipo baga sub- globosa, de 8 a 10cm de comprimento e 6 a 7cm de diâmetro, casca mole, parda ou pardacento-amarelada, membranosa, fina e enrugada (CORREA, 1969). Seu "flavor" é característico e pronunciado (POPENOE, 1974). A presença dos compostos fenólicos em plantas tem sido muito estudado por apresentarem atividades farmacológica e antinutricional e também por inibirem a oxidação lipídica e a proliferação de fungos (Nagem et al., 1992), além de participarem deprocessos responsáveis pela cor, adstringência e aroma em vários alimentos (PELEG et al., 1998). Entre as diversas classes de antioxidantes de ocorrência natural, os compostos fenólicos têm recebido grande atenção por suas propriedades redutoras. Estas substâncias têm capacidade de sequestrar radicais livres, agindo tanto na etapa de iniciação como na propagação do processo oxidativo (YAMAGUCHI, 1998). Pelo exposto, objetivou-se com o presente estudo determinar a concentração de fenólicos totais e analisar a atividade antioxidante utilizando os ensaios do DDPH e ABTS+ do extrato polpa de jenipapo.
Material e métodos
Os frutos de jenipapo foram adquiridos no município de Ibicaraí-Bahia, sendo utilizada apenas a polpa para o experimento. Os extratos etanóicos foram obtidos por processo de extração sólido-líquido conforme procedimento recomendado por Zhao & Hall (2008), com adaptações. As analises foram realizadas em triplicata. Os fenólicos totais foram determinados de acordo com o procedimento proposto por WETTASINGHE & SHAHIDI (1999), utilizando o reagente de Folin-Ciocauteau (RFC). Para determinação da capacidade antioxidante dos extratos adotou-se o método de Brand-Wiliams (1995). Os valores de EC50 foram calculados por regressão linear através da Equação: EC50(mg extrato.L-1)= a x ADPPH 60µM/2 + b. Em que: EC50= representa a concentração que sequestra 50% do radical DPPH; a= coeficiente angular da reta; ADPPH 60μM= Metade da absorbância da solução de DPPH 60μM; b= coeficiente linear da reta. A capacidade antioxidante frente ao radical livre ABTS+• foi realizada segundo RE et al. (1999). O método consiste na conversão do radical ABTS no cátion ABTS•+em presença de persulfato de potássio. O decaimento da coloração do meio reacional é medida a 734 nm pela redução do ABTS•+ no radical ABTS. A Vitamina C foi utilizada como padrão.
Resultado e discussão
Os resultados dos teores de fenólicos totais e a atividade antioxidante pelos
ensaios do DPPH e ABTS encontram-se apresentados na Tabela 1. O valor médio
encontrado para o teor de fenólicos totais (141,28 mg acido gálico.100 g-1) foi
menor que o verificado por Porto et al. (2011) quando analisaram os compostos
bioativos e a atividade antioxidante do jenipapo (410 mg ácido gálico.100g-1).
O valor médio da atividade antioxidante do extrato de jenipapo pelo método do
ABTS foi de 669,67±3,22 mg.g-1. O valor expresso em EC50 corresponde à
quantidade de antioxidante necessária para reduzir a 50% a concentração inicial
de DPPH. O extrato da polpa de jenipapo apresentou valor de EC50 738,43±4,43 μg
de ácido gálico.mL-1. Esse resultado foi menor do que o encontrado por Porto
et.al. (2011) para a atividade antioxidante do extrato de jenipapo, via método
DPPH (1092,5μg.mL-1).
Teores de fenóis totais e atividade antioxidante pelos ensaios do DDPH e ABTS do extrato de jenipapo.
Conclusões
Os resultados observados indicam que os frutos do jenipapo podem ser considerados como boas fontes de antioxidantes naturais, tendo em vista o potencial antioxidante apresentado e o seu consumo deve ser estimulado.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq através da UESB pela concessão da bolsa.
Referências
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