Autores

Cavalcante, K.L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JATAÍ - UFJ) ; Lima, G.L.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JATAÍ - UFJ) ; Faustino, G.A.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Costa, F.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Alves, C.F. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Vargas, R.N. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Camargo, M.J.R. (INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS (IFG) - CÂMPUS URUAÇU) ; Benite, A.M.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG)

Resumo

Esta investigação objetivou analisar e discutir o apagamento de mulheres negras nas ciências, inserindo seus objetos de estudo nos currículos STEM - Science, Tecnology, Engieering and Matematics, em período da pandemia da Covid-19 frente às fake news, no projeto Investiga Menina!. Por sua vez, os currículos STEM propõe uma abordagem integrativa. Com características de uma pesquisa participante, foi desenvolvida uma IP com estudantes da escola pública de um bairro periférico de Goiânia. Nossos resultados demostraram que foi possível dar visibilidade à contribuição de pesquisadoras negras contemporâneas na construção do conhecimento cientifico. Ainda foi possível ensinar conceitos de propriedades específicas da matéria utilizando como contexto o protagonismo de cientistas negras.

Palavras chaves

Produção Científica; Mulheres na Ciência; Currículos STEM

Introdução

A produção científica é um indicador de desenvolvimento e progresso de um país, demonstrando o avanço da ciência e tecnologia em uma sociedade. Nas últimas décadas, o Brasil tem apresentado um aumento significativo na produção científica. Segundo a UNESCO (2019), o Brasil é o 13º país do mundo em produção científica, e o número de artigos científicos publicados cresceu cerca de 11 vezes entre 1980 e 2016. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) constatou um aumento de 21,6% no número de teses e dissertações defendidas no Brasil entre 2010 e 2019 (CAPES, 2019). Apesar do investimento expressivo em pesquisa e desenvolvimento, ainda há desafios a serem enfrentados, como a invisibilidade e discriminação que as mulheres, sobretudo as negras, enfrentam na carreira científica. Os programas e as agências de fomento à pesquisa desempenham um papel fundamental, mas é necessário garantir o reconhecimento e oportunidades justas para as mulheres na ciência (CAPES, 2010; CNPq, 2023; FAPESP, 2023). Esses desafios incluem o sexismo, a falta de representação e diversidade, o assédio e a discriminação de gênero, a dificuldade de conciliar vida profissional e pessoal, a falta de oportunidades de promoção e reconhecimento, além das dificuldades de escolha, permanência e ascensão na carreira científica, especialmente nas áreas de ciência e tecnologia (OLIVEIRA-SILVA e PARREIRA, 2022). Um fator que contribui para essa sub-representação é o chamado "efeito tesoura", que está relacionado com a diminuição da presença de mulheres na carreira científica à medida que avançam em cargos mais altos, influenciadas por estereótipos de gênero e expectativas sociais e culturais, especialmente, relacionadas à maternidade e ao casamento (NAIDEK et al., 2020). A pandemia da COVID-19 acentuou as desigualdades existentes na sociedade brasileira, especialmente para as mulheres negras, que enfrentaram múltiplas opressões e viram seus direitos violados de forma sistemática (QUINTANS et al., 2021). As mulheres negras foram as mais prejudicadas em termos de produtividade acadêmica durante a pandemia, enfrentando uma carga de trabalho maior devido ao cuidado dos filhos e sendo mais expostas à produção acadêmica (STANISCUASKI et al., 2021). Porém a baixa representatividade de mulheres negras na pesquisa e na ciência, é um interdito do próprio racismo estrutural, que assim atua antes mesmo do período pandêmico. Nessa perspectiva, o racismo científico é uma abordagem que reflete uma visão ocidentalizada e centrada predominantemente em pessoas brancas e europeias. A falta de representatividade negra nos espaços acadêmicos de produção científica é uma evidência desse viés. Basta observar a composição das páginas de prêmios nobeis, onde há uma representação significativa de indivíduos de ascendência europeia sendo homenageados, enquanto a diversidade racial é sub-representada. Além disso, a ciência contemporânea também levanta preocupações quando sugere a realização de testes de vacinas em populações do continente africano. Durante a pandemia da COVID-19, também houve um aumento da disseminação de desinformação e notícias falsas que afetaram a vida e a carreira das pesquisadoras negras. O aumento da disseminação de informações enganosas e falsas gerou um ambiente de desconfiança e confusão, dificultando o acesso a informações precisas (FALCÃO e SOUZA, 2021). Apesar dos avanços na luta pela igualdade e diversidade, ainda há uma grande desigualdade de gênero e raça nos campos STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics), traduzida como Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática. Estudos revelaram disparidades na representação e participação de mulheres e indivíduos de grupos raciais minoritários nestas áreas. No Brasil, as mulheres negras estão sub-representadas em cursos e carreiras relacionadas a STEM, enfrentando barreiras bloqueadas, estereótipos de gênero e obstáculos sociais que impactam suas oportunidades de ingresso e ascensão nessas áreas. A falta de diversidade de gênero e raça em STEM não apenas limita o potencial criativo e desses setores inovadores, mas também perpetua a exclusão e a desigualdade social (OLIVEIRA-SILVA e PARREIRA, 2022). No contexto brasileiro, na literatura, as investigações são incipientes, no entanto, destacam-se contribuições como as de Lombardi (2018), que diz sobre os desafios para a inserção, permanência e ascensão de mulheres nas áreas de engenharia. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, 2018), em nível global, as mulheres representam 35% dos estudantes de STEM, sendo apenas 27% nas engenharias e 28% nas tecnologias. Assumindo tais premissas, esta investigação objetivou analisar e discutir o apagamento de mulheres negras inserindo seus objetos de estudo nos currículos STEM em período da pandemia da Covid-19 frente às fake news, no projeto “Investiga Menina”.

Material e métodos

Este trabalho caracteriza-se como pesquisa participante (PP), na qual os sujeitos da pesquisa são convidados a tomar o destino em suas próprias mãos e analisar sua própria história (DEMO, 1982). A PP é descrita como uma atividade integrada que combina investigação social, trabalho educacional e ação. Assim, a combinação destes elementos num processo inter-relacionado, proporciona tanto o estímulo, quanto a dificuldade para quem se comprometeu na investigação e vivenciou entendê-la (DEMO, 1982). A presente investigação com base na PP se refere-se a uma atividade educativa que tem como objetivo formar cidadãos e promover ações sociais com as discussões sobre mulheres negras nos currículos STEM e as produções em ciência e tecnologia com a pandemia da covid-19. A investigação foi realizada no Colégio Estadual Solon Amaral (CESA), que é um dos parceiros dessa iniciativa, que visa promover a participação de alunas negras matriculadas do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. Localizado na periferia de Goiânia, Goiás. Assim, a presente pesquisa foi desenvolvida por meio da parceria de membros das comunidades escolar, da Universidade e integrantes da ONG feminista negra, o Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado. Para registrar o desenvolvimento da IP, foram gravados áudios e vídeos para posterior transcrição. No total, foram produzidos 412 turnos de discurso e realizados a análise da dinâmica discursiva. Para essa análise, utilizamos a análise de conversação AC, desenvolver as competências e procedimentos envolvidos na produção de qualquer tipo de interação social. De acordo com Marcuschi (2010), a oralidade é um tópico relevante a ser desenvolvido na sala de aula, pois essa técnica não se limita apenas aos aspectos formais da linguagem, mas também considera as relações orais que são preservadas pelo meio da linguagem e comunicação durante a interação entre os sujeitos da pesquisa (MARCUSCHI, 2010). Nesses encontros, como forma de homenagear as/os cientistas optamos por nomear mulheres e homens negras/negros brasileiros que fizeram e fazem parte da historiografia e resguardar a identidade dos sujeitos. Os sujeitos da investigação foram 10 alunos de uma turma de 1ª série do ensino médio, sendo 04 meninas e 06 meninos, onde foram nomeados (Enedina Alves, Luiza Barros, Maria Beatriz do Nascimento, Simone Maria Evaristo) e (Rafael Sanzio Araújo dos Santos, Anderson Fernandes de Brito, Douglas Verrangia Correa da Silva, Osvaldo Luiz Alves, Manuel Querino, Ecivaldo Matos), um professor em formação continuada (mestrando) e duas de formação continuada (alunas de mestrado) membros do grupo de pesquisa, nomeadas como (Carolina Maria de Jesus e Conceição do Evaristo). Para facilitar a fruição da leitura, utilizamos apenas o primeiro nome dos sujeitos da pesquisa, na seção a seguir.

Resultado e discussão

O extrato 01, apresentado a seguir, traz a análise produzida nesta investigação. Neste ponto, abordamos a linguagem de se reconhecer um referencial feminino na ciência, principalmente nas áreas STEM, bem como a importância da compreensão da natureza da ciência, discutindo questões de gênero que são carregadas por uma ciência historicamente dominada por uma perspectiva branca e europeia. . Extrato 01 - Discutindo a representação do cientista e a desigualdade de gênero. . A seguir são apresentadas as respostas levantas a partir da questão levantada pela professora Carolina Maria no turno 1, como: Eu sei de uma, ela não foi exatamente uma cientista, o nome dela é Gabriela alguma coisa, ela é francesa, ela já morreu, ela traduziu vários livros de Isaac Newton e ela também resolveu um problema que Isaac Newton não estava conseguindo resolver. Só isso que eu sei dela disse Luiza no turno 3. E em seguida Rafael Sanzio no turno 5 refutou tem uma mulher que eu acho que ela não foi cientista, mas eu até não lembro o nome, mas ela foi astronauta. Ela era uma mulher negra, mas eu não lembro o nome dela. Pode-se inferir através dessas respostas dos turnos 3 e 5 à ausência de menções de cientistas negras o que evidencia a problemática da falta de visibilidade e representatividade dessas mulheres no âmbito da ciência e tecnologia. Nesse viés, é fundamental destacar a presença de mulheres negras na ciência para construir um ambiente mais inclusivo e diverso, que reconheça e utilize suas contribuições para o benefício da sociedade como um todo (SANTOS, 2019). Portanto, essa discussão foi planejada com o intuito de construir estratégias para desestabilizar o padrão de ciência que prevaleceu historicamente. Nessa ótica, sob o prisma da ausência de cientistas negras na ciência, constata- se que o estudante no turno 9 diz que para ser uma cientista tem que ter PHD em Ciências. Os alunos expressam diferentes visões sobre a figura do cientista, destacando a influência da mídia e as reflexões no ambiente escolar. As percepções variadas revelam a importância de desconstruir estereótipos e promover uma compreensão mais abrangente e inclusiva do que significa ser um cientista (MESQUITA e SOARES, 2008). Nesse mesmo viés, no turno 14, Rafael reportou que para ser cientista basta "querer". Essa visão simplista e descontextualizada da complexidade da formação e do exercício da prática científica não reconhece a importância do acesso a recursos, oportunidades e apoio para o desenvolvimento do potencial científico. Ademais, também deve ser destacado que a meritocracia é uma ilusão que desconsidera as desigualdades iniciais e as barreiras bloqueadas que dificultam o acesso e a permanência de mulheres e pessoas negras na ciência. A meritocracia foi concebida para promover a manutenção das desigualdades sociais e reforçar a falácia que tudo é resultado do esforço individual (CARNEIRO, 2011). Nos turnos 36, 38 e 42, estão as respostas surgem a partir da questão levantada pela professora Carolina no turno 35, que instigou os participantes a nomear cientistas que vêm à mente, com a necessidade de discutir a presença de mulheres negras na ciência e tecnologia. No entanto os alunos continuaram a nomear homens brancos e Carolina, no turno 45, afirmou a importância de reconhecer mulheres cientistas, enfim Ecivaldo citou Marie Curie no turno 49, porém com hesitação. Nossos resultados indicam a falta de reconhecimento e representatividade de cientistas negras nas áreas STEM. Mesmo quando instigados a nomear cientistas, os alunos continuaram a mencionar predominantemente homens brancos, indicando uma falha em reconhecer e confrontar o papel das mulheres cientistas, especialmente as mulheres negras, como modelos inspiradores. A ausência de modelos e referências que se reúnem às suas identidades étnicas e de gênero dificultam o acesso e os engajamentos dessas mulheres nesse campo. Compreendemos que, a definição das identidades é um processo histórico e social para todos nós como seres sociais. E a história nos ensina que a ciência tem sido machista, e isso é especialmente preocupante quando olhamos para as contribuições das mulheres negras nas áreas STEM. Embora saibamos que a exclusão histórica afetou principalmente mulheres brancas, isso não significa que mulheres negras não estejam vivenciando exclusão. Sob essa perspectiva, iremos analisar o extrato 2, que aborda reflexões sobre pesquisadoras negras nas áreas STEM, que tivemos o privilégio de conhecer nas vivências interculturais. É de extrema importância ressaltar a esfera de investigação em que atuam, a fim de que os discentes possam compreender a magnitude do trabalho desses profissionais para a sociedade. Nessa vertente, foram discutidos temas cruciais, tais como o racismo, os impactos a pandemia e as disparidades étnico-raciais. . Extrato 02 - Pandemia e as questões das desigualdades étnico-raciais. . Com o intuito de trazer um referencial de cientistas negras e suas respectivas linhas de pesquisa, destacaremos o trabalho dessas pesquisadoras nas áreas STEM. Além de contribuírem para o avanço científico em suas respectivas disciplinas, essas cientistas têm dedicado esforços para discutir e enfrentar questões de desigualdade racial e de gênero na ciência, especialmente no contexto da pandemia. Suas pesquisas abordam temas relevantes, como a representatividade, as barreiras enfrentadas pelas mulheres negras no meio científico e as consequências da falta de diversidade nessas áreas. Ao destacar seus esforços e resultados, buscamos ampliar a visibilidade dessas cientistas e fortalecer a discussão sobre a importância da equidade e inclusão nas áreas STEM. Nos turnos 53, 55 e 76 conforme dito pela professora Carolina as alunas Enedina e Maria Beatriz nos turnos 77 e 79, trazem para o discurso que a desigualdade social aumentou devido ao fator desemprego. Nossos resultados apontam a percepção de aumento da desigualdade social e racial durante a pandemia. As consequências econômicas da pandemia, como o desemprego, têm um impacto desproporcional sobre as populações mais vulneráveis, como os negros e pobres, aprofundando ainda mais a desigualdade social (SANTOS, 2020). As discentes Maria Beatriz, Rafael e Simone no turno 87, 88 e 91, respectivamente, ampliam a discussão acerca da disparidade no atendimento em saúde, destacando que há uma desigualdade na qualidade dos serviços prestados aos indivíduos brancos em comparação aos negros e pobres. Urge, portanto, denunciar a situação e demandar ações efetivas dos governos no sentido de viabilizar um sistema de saúde público, universal, equânime e de excelência, independente de raça, gênero, orientação sexual ou classe social (WERNECK, 2016). Nesse mesmo contexto, no turno 107, Enedina evoca a trágica morte de João Pedro, um jovem de apenas 14 anos que foi morto em uma operação policial em São Gonçalo, município do Rio de Janeiro. Em seguida, Rafael, no turno 111, menciona o caso de Miguel, uma criança que faleceu enquanto sua mãe prestava serviço durante a pandemia. A fatalidade ocorreu quando a mãe saiu para passear com os cachorros de sua empregadora e o menino acabou caindo do 9º andar de um edifício de luxo. Tais casos são exemplos de como o racismo estrutural permeia a sociedade brasileira, afetando indiscriminadamente todas as camadas da população. Existem evidências de elevadas taxas de infecção por COVID-19 tanto em populações negras como brancas no Brasil, além de altos índices de feminicídio durante a pandemia e um número desproporcional de detentos negros no país, entre outros aspectos. O risco de morte é evidente para aqueles que continuam trabalhando durante a pandemia, mas fica claro que, no Brasil, a covid-19 está longe de ser tão letal quanto o que significa ser negro e pobre neste país. A pandemia do COVID-19 escancarou ainda mais as desigualdades sociais e raciais existentes no Brasil.

Extrato 01 - Discutindo a representação do cientista e a desigualdade

Extrato 01 - Discutindo a representação do cientista \r\ne a desigualdade de gênero.

Extrato 02 - Pandemia e as questões das desigualdades étnico-raciais.

Extrato 02 - Pandemia e as questões das \r\ndesigualdades étnico-raciais.

Conclusões

Nossos resultados revelaram que através da análise e combate ao apagamento de mulheres negras no ensino de Química, durante um período desafiador como a pandemia da Covid-19, fica evidente a necessidade de promover a inclusão e a diversidade nos currículos STEM. Através do projeto "Investiga Menina!", foi possível introduzir objetos de estudo relacionados às contribuições científicas de mulheres negras, utilizando o conceito químico de propriedade da matéria como uma abordagem pedagógica. Ao destacar as conquistas e o legado de cientistas negras, que muitas vezes são negligenciadas nos materiais educacionais tradicionais, o projeto "Investiga Menina!" permite que estudantes, especialmente meninas, se identifiquem com modelos representativos e inspirem-se na ciência. Essa abordagem não apenas combate o apagamento histórico, mas também desafia estereótipos e promove uma perspectiva mais inclusiva e equitativa no ensino de Química. Durante a pandemia, enfrentamos o desafio das fake news, que disseminam informações incorretas e deturpadas sobre ciência. Portanto, ao fortalecer o ensino de Química com a inclusão de mulheres negras e seus objetos de estudo, também fornecemos uma base sólida para que os estudantes desenvolvam habilidades de pensamento crítico, discernimento e capacidade de análise. Dessa forma, eles se tornam mais capazes de identificar e combater a propagação de desinformação científica. Diante dessas considerações, é crucial promover a diversidade e inclusão nos currículos STEM e o projeto "Investiga Menina!" é um exemplo valioso de como a Química pode se tornar uma ferramenta poderosa para impulsionar a representatividade, empoderamento e resgate histórico. Somente por meio dessas ações colaborativas e conscientes poderemos construir um futuro mais justo, igualitário e cientificamente informado.

Agradecimentos

PPGQ/UFJ, PPGECM/UFG, CNPq e CAPES.

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