Autores

Silva, A.M. (UECE) ; Leite, C.S. (UECE)

Resumo

A perspectiva desta pesquisa é avaliar os desafios dos professores do ensino infantil das escolas do município de Beberibe-CE na adaptação do ensino remoto. Foi utilizado como estudo um questionário com os professores através do google forms, já que essa pesquisa não poderia ser presencial devido a pandemia da Covid-19. Esse questionário foi repassado aos professores por meio do whatsapp e a coleta dos dados através dos e-mails, contudo diante das respostas obtidas e expostas nos gráficos, percebeu-se que os professores se adaptaram bem ao ensino remoto, entretanto tiveram que voltar a estudar para continuar ministrando suas aulas por meio das mídias digitais. A Secretaria de Educação de Beberibe disponibilizou formação para os professores para auxiliá-los nessa nova fase.

Palavras chaves

Educação Infantil; Ensino Remoto; Ciências

Introdução

A Educação Infantil é a fase mais importante da vida escolar de uma criança, pois é nesse período em que a criança desenvolverá conceitos e habilidades para toda uma vida. Pouco a pouco, o cérebro se desenvolve por meio da nutrição e de cuidados adequados, mas também pela continuidade dessa interação da criança com outras pessoas e com o ambiente (BRENTANI et al., 2014). Devido a situação momentânea que o município de Beberibe e todo o mundo está vivendo mediante essa pandemia da COVID-19, foi adotado de imediato a modalidade remota através dos meios de comunicação e redes sociais. Dentro deste cenário há mudanças de paradigma na forma em que acontece a educação das crianças. Este trabalho orientou-se no sentido de medir os desafios trazidos pelo ensino remoto aos professores da educação infantil do município de Beberibe-CE. A relevância desta pesquisa contribui, diretamente, para os estudiosos entenderem os desafios enfrentados pelos professores durante a pandemia e como se saíram com suas metodologias voltadas para crianças sendo mediadas pelas famílias. Cada geração marca a identidade histórica da infância e está em processo permanente de esvaziamento e preenchimento, face a mobilidade do grupo etário que a compõem, logo, a geração é o que permanece, imbricada por ‘determinantes’ sociais, culturais, econômicos, políticos, científicos e históricos (CEARÁ, 2020). É inegável que a manutenção das atividades de ensino durante o período em que se está em casa é crucial para minimizar os prejuízos da ausência das aulas presenciais. Entretanto, ao mesmo tempo em que a proposta de ensino digital e a tecnologia apresentam-se como propulsoras de novos fazeres pedagógicos (SAMPAIO, 2020).

Material e métodos

Desenvolveu-se pesquisa bibliográfica com caráter retrospectivo e descritivo, e com abordagem qualitativa. Para atender ao objetivo deste estudo, foi realizado uma análise das tendências e perspectivas do desafio dos docentes em ministrar aulas no ensino de ciências para a educação infantil nas atividades do ensino remoto no município de Beberibe-CE. Realizou-se levantamento das produções bibliográficas na educação infantil, na modalidade EaD e na modalidade do ensino remoto. Na educação infantil e na modalidade EaD foram encontrados muitos materiais, em contrapartida na modalidade remota, como é um sistema criado a pouco tempo, só foram encontradas algumas publicações recentes em revistas e jornais. Após o levantamento das matérias foram efetivados estudos para elencar a pesquisa, cujo questionamento foi realizado no Google Forms e enviadas aos professores do município através do WhatsApp. O instrumento usado para coleta de dados foi um questionário virtual contendo 11 questões, elaborado com o intuito de avaliar o contexto histórico vivido pelos professores da Educação Infantil do município de Beberibe-CE. O questionário foi enviado através de um link de acesso ao Google Formulário para os professores da rede pública infantil, sendo 3 creches que funcionam com crianças de 1 a 5 anos de idade e para 4 pré-escolas que funcionam com crianças de 2 a 5 anos de idade. O link do questionário foi visitado por 13 professores da educação infantil, variando entre as localidades do município. As respostas foram coletadas em tempo real e calculadas pelo sistema, facilitando assim o levantamento dos dados, auxiliando os participantes que puderam de alguma forma contribuir e refletir sobre o momento vivenciado pelos mesmos diante da pandemia da covid-19.

Resultado e discussão

Como pode ser observado no gráfico 1, a adaptação do professor ao Ensino remoto foi rápida sem muitos problemas (69,2%), podendo concluir que os professores do Município de Beberibe-CE estavam bem atualizados quanto aos meios de tecnologia ou teve apoio da instituição onde trabalha. Na gráfico 2, o professor teve dificuldades na forma do Ensino remoto, em sua maioria sim com 69,2% e para 30,8% não, pois lidar com o convívio de sua família para poder assim ministrar suas aulas de longe, as vezes com casa barulhenta para gravar vídeos, chega a ser até estressante e ainda não ter memória suficiente no celular móvel para guardar seu material produzido/pesquisado para suas aulas, ou até o fato da internet não ser muito boa, pode ter sido algumas dessas causas. Na gráfico 3, o ensino de ciências melhorou com o Ensino remoto com 61,5%, contra 38,5% de acordo com as respostas. A orientação para creche e pré-escola é que os gestores busquem uma aproximação virtual dos professores com as famílias, de modo a estreitar vínculos e fazer sugestões de atividades às crianças, aos pais e responsáveis. No gráfico 4, fica bem evidente que a comunicação entre família e escola melhorou com o ensino remoto em 84,6%, contra 15,4%. Com o fechamento das escolas, dinâmicas tradicionais do ambiente escolar mudaram radicalmente: se antes bastava o aluno erguer o braço para tirar dúvidas depois uma explicação, ou se os principais informes escolares eram divulgados aos pais e responsáveis por meio de reuniões presenciais, agora essas dinâmicas se dão mediadas por telas, com o uso de ferramentas e aplicativos diariamente pois são as famílias que mediam o ensino das crianças (SANTOS, 2020).













Conclusões

Os professores enfrentaram o desafio e buscaram com seus familiares, amigos e colegas de profissão condições de se reinventar, além do apoio da Secretaria de Educação, formas de continuar atendendo as famílias e as crianças de maneira remota, com os meios que tinham em casa ou seja seus próprios equipamentos atendendo ao direito das crianças a educação. Fácil não foi devido aos relatos dos mesmos nos questionamentos, pois se entende a partir dos documentos que referenciam o trabalho na educação infantil que o desenvolvimento integral da criança se dá a partir do uso e domínio do próprio corpo.

Agradecimentos

a) UAB/UECE; b) SATE/UECE; c) CAPES; d) Licenciatura em Química em EaD da UECE; e) Professores da Educação Infantil do município de Beberibe-CE; f) Polo de Beberibe-CE.

Referências

BRENTANI, Alexandra Valéria Maria et al. Estudo Nº 1: O impacto do Desenvolvimento na Primeira Infância sobre a Aprendizagem. Comitê Científico: Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI). 2014. Disponível em: http://www.ncpi.org.br. Acesso em 16 mar. 2021.

CEARÁ. Material de apoio à formação dos professores da educação infantil. Fortaleza: SEDUC/ Secretaria da Educação do Estado do Ceará, 2020.

SAMPAIO, Renata Maurício. Práticas de ensino e letramentos em tempos de pandemia da COVID-19. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, p. e519974430-e519974430, 2020.

SANTOS, Victor. Comunicação escolar: as melhores ferramentas e estratégias para se comunicar bem com alunos e famílias. Revista Nova Escola. Publicado em 06 de julho de 2020. Disponível: https://novaescola.org.br/conteudo/19464/comunicacao-escolar-as-melhores-ferramentas-e-estrategias-para-se-comunicar-bem-com-alunos-e-familias#:~:text=Com%20o%20fechamento%20das%20escolas,agora%20essas%20din%C3%A2micas%20se%20d%C3%A3o. Acesso em: 20 mar. 2021.