Autores
Acris, D. (UFAM) ; de Souza Barros, A. (UFAM) ; Oliveira dos Santos, B. (UFAM) ; Ramires da Silva, D. (UFAM) ; Vargas Wadick, E. (UFAM) ; da Silva Procópio Junior, P. (UFAM) ; Guimarães Brandão, E. (UFAM) ; Gonçalves de Lemos, R. (UFAM)
Resumo
A universidade é um ambiente que sempre desafia seus graduandos a propostas e diversificação do que comodismo ou moda imposta pela sociedade. Ser aluno de Curso de Ciências: Biologia e Química pela UFAM, sempre nos desafia a propor alternativas diversificadas do que o livro didático e a internet nos traz, pois geralmente são conteúdos com experimentos e modelos diferentes da realidade do norte do brasil, especificamente no Amazonas. Sua grande extensão e dos dados do socioeconômicos não mostram um realidade de muitas possibilidades se comparados as grandes cidades do pais. Porém o trabalho surge exatamente por essas limitações de materiais de ensino, especificamente para alunos portadores de necessidades especiais – PNE
Palavras chaves
ensino de química; deficiência visual; inclusão
Introdução
Nas últimas décadas cidadãos que apresentavam algum tipo de deficiência passaram a ser vistos e encarados como qualquer outro ser humano capaz de estar e permanecer em uma instituição de ensino. Embora a inclusão seja um tema delicado, “problema” a ser solucionado dentro da sociedade e órgão competentes como afirma Nunes et al (2010), muitas vezes é trabalhado ou tratado de forma que, exprime somete a existência/permanecia desse aluno ou cidadão neste devido ambiente, para preencher o quadro de regras que determinadas instituições abrem devido a cota para as pessoas com deficiência – PCD. Nascimento (2011) pontua os principais acontecimentos históricos que deram início as leis e direitos das pessoas com deficiência como por exemplo no Brasil, nos anos 60, parentes de pessoas lutavam pela causa dos deficientes se organizarem e em normatização para permitir que estes sejam integrados à sociedade. Então, aparece pela 1a vez na LDB no 4024, de 1961, a educação especial no Brasil. Ainda sobre as leis e direitos Nascimento, (2011) refere-se a Declaração de Salamanca como um dos mais importantes documentos já assinados que ressalta os direitos educacionais para pessoas com deficiência. A inserção dos alunos com deficiência, independente do seu tipo ou grau de deficiência na escola regular, é importante para o combate ou a redução das discriminação com esses cidadãos comuns em nosso meio. Educação para o deficiente visual “É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação” (BRASIL, 2015). No entanto raramente vemos tal situação de inclusão acontecendo e sim, é notório casos de integração e tal fato não é diferente na região Amazônica. Mas o que é a inclusão e integração? Nascimento (2011) define que, a inclusão é o ato pleno de moldar nossas práticas, conteúdo e materiais de ensino para servir a criança com deficiência e potencializar suas limitações no âmbito escolar. Ainda de acordo com a autora a Integração acontece quando vemos uma criança frequentar um escola que não disponibiliza meio de adaptação e desenvolvimentos de suas habilidades na escola regular. Dados mais recentes apontam o crescimento da população com deficiência visual aumentou no ano de 2010 (NASCIMENTO, 2011) porém, a quantidade de alunos dentro das escolas é pequeno mesmo com a população crescendo exponencialmente. Ensino de química para o deficiente visual Dados do IBGE apontam que pelo menos 3,6 % da população brasileira tem algum tipo de deficiência visual. Pensar, discutir, refletir e fazer aulas para pessoas ditas “normais” para o ensino de química é para muitos educadores difícil, principalmente com os vários descasos com escola pública. Pesquisas revelam autos números de trabalhos realizados para esses alunos e muitos aparecem como propostas. Ao investigar por trabalhos para o ensino de química para os deficientes visuais, as buscas nos levam a títulos que apontam logo o público a ser trabalhado: cegos. Lembrado que deficientes visuais são pessoas portadoras de uma acuidade na sua visão, estas ainda são divididas em dois tipos: cegos totais e baixa visão (visão subnormal). O número de pesquisas realizadas com D.V despencam comparadas aos trabalhos com cegos. Cada professor tem sua maneira de ensinar com diferentes formas didáticas para os mais variados públicos, porém, em muitas situações, as aulas não atendem aos portadores de necessidades especiais no contesto de inclusão e dentro das limitações de ser morador no interior do estado do Amazonas. Dessa forma, surge à necessidade de trabalhar esse tema, pois os cursos de graduação voltados para licenciatura em química minimizam a prática e as aulas que instruirão os alunos nos assuntos voltados para a inclusão, ou seja, há precariedade da capacitação desses futuros profissionais. Com base nesse contexto, buscamos propor alternativas de práticas experimentais para o ensino de quimica com materiais regionais, de baixo custo de forma a ser inclusiva.
Material e métodos
Esse trabalho foi fruto dos esforços de um grupo de alunos da disciplina de Instrumentação para o ensino de Química do curso de Licenciatura em Ciências: Biologia e Química com o intuito de propor experimentos que pudessem se adequar ao contexto amazônico e de inserção do aluno nas práticas experimentais da disciplina de química no ensino médio. A execução da proposta se deu no laboratório de química com público voluntario da Universidade Federal do Amazonas – UFAM , Campus em Benjamin Constant. Os materiais utilizados foram No primeiro momento foi feito a apresentação das frutas regionais: abacate, araçá, caju, coco, mapati, maracujá, acerola, milho, biribá e carambola. Foram feitos picolés com algumas dessas frutas com aceitação de mercado local como, coco, abacate, araçá e maracujá. Dos mesmos foram feitos sucos. Para a análise dos dados os alunos voluntários puderam usar dos outros sentidos para melhor interagir com o conteúdo e a proposta. Segundo Brasil (2006), a interdisciplinariedade e a contextualização são de suma importância para que o aluno possa compreende os conteúdos de química abordados em sala de aula. Tal conjunto de ações permite a inserção de trabalhos experimentais fora e dentro da sala de aula visto que a experimentação em si, é atrativa e pode desencadear a construção coletiva de conhecimento de deixando de lado as teorias isoladas da vida do aluno que a Química produz. Foram utilizadas para preparação do picolé e o suco natural da fruta, como o abacate, o araçá, o caju, o cocô e o maracujá. Mas adiante, abordou-se o que são fenômenos físicos e químicos para alunos cegos, através do olfato, audição, paladar e tato para os alunos tentarem identificar as frutas utilizadas. No segundo momento abordou-se o que era concentração de substâncias, diluição e dissolução, foi suposto que os alunos surdos-mudos, já sabem fazer leitura labial e fazer leitura das palavras no quadro. Neste caso, trabalhou-se para identificar as frutas utilizadas na preparação do picolé e do suco natural, através do olfato, paladar, tato e a visão que é a uma vantagem para poder identificar.
Resultado e discussão
Devido o curto prazo e a universidade não apresentar alunos com deficiência
a execução da pesquisa se deu com alunas que fecharam os olhos para simular
a cegueira ilustrado na figura 1.
Parte da atividade as alunas interagiram para identificar qual fruto
estariam tocando apontado na imagem 2. Lembrando que todos eram regionais.
Após uma breve introdução do conteúdo de Concentração, Diluição,
Propriedades Físicas e Químicas, foram entregues a elas alguns copos com
picolé de diferentes sabores, para identificarem o conteúdo e tentar
explicar seu entendimento do conteúdo abordado com o auxílio da
experimentação. Elas puderam trabalhar nessa pratica o olfato, audição,
paladar e tato.
Durante todo o momento ouvi risos devido o nervosismo das meninas pelo fato
de que poderiam abrir os olhos involuntariamente por não serem cegas.
Infelizmente não pudemos simular um deficiente de baixa visão. Porem
obtivemos resultados satisfatório pois visivelmente para os licenciandos a
interação entre os alunos tentando saber qual seria o fruto e os comentário
sobre o assunto abordado. As imagem 1 e 2 mostram também as voluntarias
buscando identificar o fruto e conteúdo de várias formas. Devido a os
materiais serem orgânicos e comestíveis as cobaias puderam usar dos outros
sentidos para identificar os objetos sem perigo.
A interação e as respostas das voluntarias foram positivas a proposta. Para
o conteúdo de concentração buscou-se contextualizar a teoria aplicada com as
diferentes soluções dos sucos das frutas. As propriedades físicas e químicas
foram trabalhadas com as frutas, picolés e sucos. E a diluição foi
trabalhada com os somente com os sucos.
Visto que nessa pratica os matérias pospostos puderam trazer várias temas de
química p mesmo pode se valer para a questão dos conteúdos interdisciplinar.
Segundo Brasil (2006) fica claro que, a experimentação diária porem
necessita de conhecimento científico para melhor entendimento e que a mesma
acontece diariamente porem de forma contextualizada deve ajudar o discentes
a compreender os conteúdos.
As várias possibilidades de conhecer o objeto como experimentação diária
Santana e Silva(2014) esclarecem que esse tipo de estudo, possibilita a
interação dos alunos além de familiarizar e aproximar o os conteúdos do
cotidiano dos alunos. Na ótica praticas laboratoriais para alunos com
deficiência visual, Hunssein, Fernandes e Domingues (2017), propõe
atividades multe sensoriais, o que corrobora para que essa pratica possa
incluir os alunos videntes e tal fato demostra ser positivo aos resultados
obtidos.
Voluntarias interagindo durante a aplicação da proposta
Voluntarias buscando identificar as frutas através dos sentidos como por exemplo o tato
Conclusões
A proposta se mostrou muito enteressante visto que poder aposdar outros conteudos de Quimica em uma mesma pratica superando nossas expectativas. No entanto acretitamos que a inclusao parte tambem do respeito e dialogo entre a turma. a proposta é apens um passo para miminuir essa distância entre os mundos dos deficientes e não-deficientes. o professor como mediador em sala poderá familiariar os alunos deficientes ou não com essa dura visçao de ciência abordada nos livros. A os materiais trazidos se mostraram efetivos frete a atividade proposta pois, as alunas conseguiram destinguir através das proriedades organolépticas oriundas dessas especies, algumas endemicas que facilitam a imaginação do individuo pois alem de serem regionais sao de cheiro e formatos especificos que enta integrada a vida do morador dessa regiao.
Agradecimentos
A Deus pela criatividade e paciencia durante o periodo. Ao professor da disciplina pelos incentivos a carreica academica e a nao menos importante as alunas voluntarias.
Referências
BRASIL, Lei. no. 13.146, de 6 de Julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponivel em: <www.planalto.gov.br/ccivil/_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.html> Acesso em: 19 jun. 2018
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, 2006. 135 p. v 2
HUSSEIN, T. C; FERNANDES, F. R. G; DOMINGUES, R. C. P. R. Ensino de química para deficientes visuais: a importância da experimentação num enfoque multissensorial. Química Nova na Escola, n° 2, p. 195-203, MAI. 2017.
NASCIMENTO, Marcia M do. Inclusao social: primeiros passos. 2 ed. São Paulo, Redeel, 2011.
NUNES, B, C et al. Propostas de atividades experimentais elaboradas por futuros professores de Química para alunos com deficiência visual. In: Anais – XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) – Brasília: 2010.
SANTANA, E. M; SILVA, E. L. (org). Tópicos em ensino de Químicas. São Carlos: Pedro & João Editores, 2014