Autores
Silva, A.M. (UFC) ; Pereira, L.C. (UFC)
Resumo
Na E.E.M. Almir Pinto, na cidade de Aracoiaba - CE, foi realizada oficinas para os estudantes com o conteúdo de metais de terras raras, visando aprofundar esse assunto de forma proveitosa para a formação desses alunos. Observa-se que o conteúdo de terras raras é pouco explorado no ensino médio. Com base nessa carência, como meio de complemento foram realizada oficinas como um veículo de apoio ao professor do ensino de Química. Ao aplicar as oficinas aos alunos do 1º ano, constatou-se a falta de conhecimento sobre o tema, e a necessidade de uma mudança do método de ensino do conteúdo em sala de aula.
Palavras chaves
Terras Raras; Ensino de Química; Oficinas Pedagógicas
Introdução
As oficinas foram preparadas para os alunos do 1º ano do Ensino Médio, visando aprofundar o assunto dos Metais de Terras Raras, conteúdo presente nos vestibulares do Brasil, entre eles o mais importante, o ENEM. Terras raras são metais usados na indústria para a produção de diversos materiais. Embora sejam abundantes, as terras raras recebem esse nome por serem de difícil extração, devido, em parte, às suas semelhanças químicas. Macios, maleáveis, dúcteis e de coloração que varia de cinza escuro a prateado, o grupo das terras raras é composto por 17 elementos químicos, sendo 15 lantanídeos, mais o escândio (Sc) e o ítrio (Y), mas que diferem no número de elétrons em uma das camadas da eletrosfera do átomo (O QUE SÃO AS TERRAS RARAS, 2018). O termo "terras" deve-se ao fato de que, ao longo dos séculos XVIII e XIX, tais elementos foram isolados, a partir de seus minerais, na forma de óxidos, já que a palavra "terra" era, à época, uma designação geral para óxidos metálicos. O termo "raras" decorre do fato de que tais elementos foram inicialmente encontrados apenas em alguns minerais de regiões próximas a Ytterby, na Suécia, sendo que sua separação era consideravelmente complexa. Assim, a expressão "terras raras" emite uma ideia errônea acerca desse grupo, já que designa elementos de natureza metálica (e não propriamente seus óxidos ou terras), cuja abundância na crosta terrestre é, ao contrário do que se pode pensar, consideravelmente alta (SOUSA FILHO e SERRA, 2014). Apresentam propriedades físicas e químicas semelhantes, exigindo um trabalho imenso para separá-los, este grupo de elementos foi pouco explorado durante anos e somente em 1907 é que praticamente todas as terras raras naturais foram conhecidas (MARTINS e ISOLANI, Jan./Fev., 2005).
Material e métodos
A pesquisa foi realizada no intuito de auxiliar o professor de química e seus alunos do 1º ano do ensino médio da E.E.M. Almir Pinto, da cidade de Aracoiaba- CE, visando melhorar o processo de ensino-aprendizagem do conteúdo de Tabela Periódica, que inclui os metais de terras raras, pouco desenvolvidos em sala de aula. Foi aplicado um questionário diagnóstico contendo 8 questões sobre os metais de terras raras, para saber até onde os alunos compreendem esse conteúdo.Visando essas necessidades foram aplicadas em duas turmas de 1º Ano do ensino médio, no dia 14 de setembro de 2018, uma no período da manhã e outra no período da tarde, com 56 alunos que no total participaram do questionário diagnostico, no qual pode-se constatar que a maioria deles não tem conhecimento do que se trata, confundem o conteúdo com metais, como ouro e cobre, entre outros. Depois da aplicação do questionário diagnostico, foi dada uma pequena aula explanação , explicando do que se tratava realmente o assunto de Terras raras, falando rapidamente sobre a história da tabela periódica, durante a aula foram realizadas algumas perguntas, que ficaram para serem discutidas em outro momento, que foi realizada logo após a semana de provas, onde foram passados alguns slides e realizada a oficina, como já havia sido apresentados os conteúdos necessários para uma melhor compreensão, e com a concordância da professora da turma, valendo pontos das apresentações das oficinas. Ao final das aulas, de toda explicação sobre o conteúdo de metais de terras raras, e a apresentação das oficinas, os alunos responderam um questionário pós-conteúdo, contendo 4 questões, sendo duas fechadas e duas abertas.
Resultado e discussão
No questionário diagnóstico aplicado aos alunos antes das oficinas pedagógicas
questionado sobre as dificuldades na aprendizagem dos conteúdos da tabela
periódica, 55% têm dificuldades em entender os conteúdos, 40% têm dificuldades
com os conteúdos extensos, e apenas 5% dizem não sentir dificuldades em nenhuma
das duas coisas (gráfico 1). Pode-se constatar pelos resultados das respostas
que a maioria tem dificuldades em entender. Com relação a pergunta: Aprender
mais sobre os metais de terras raras em uma oficina pedagógica, observou-se que
a maioria, 70% desses alunos, acha uma boa ideia, 12% acham excelente, 10%
definiu-se como tanto faz, e apenas 8% não souberam opinar (gráfico 2). Desta
forma pode-se afirmar que a oficinas pedagógicas foram aceitas. No questionário
aplicado aos alunos após as realizações das Oficinas Pedagógicas, 75% dos alunos
responderam que entenderam sobre o assunto de Terras raras após a explicação
dadas por textos, já 24% entenderam apenas parcialmente através dos textos, e
apenas 1% relata que não conseguiu entender o conteúdo (gráfico 3). Conforme as
respostas dos alunos, 78% afirmaram que as oficinas foram ótimas e não mudariam
nada, aprovaram as oficinas e gostariam de mais outras, já 22% não souberam
dizer se mudariam alguma coisa (gráfico 4). Com esse estudo pode se constatar o
quanto foi importante essa experiência para esses alunos, que saíram com mais
conhecimento e mais preparados sobre esse conteúdo de metais de terras raras,
sendo ele tão importante e presente nas vidas dos seres humanos, juntando assim
a educação com o cotidiano, que sempre andam em conjunto, acrescentando
conhecimentos necessários para seu bom desempenho tanto pessoal quanto
educacional.
Conclusões
Com esse estudo pode se constatar o quanto foi importante essa experiência para esses alunos, que saíram com mais conhecimento e mais preparados sobre o conteúdo de metais de terras raras. Tendo esses fatores como precedentes, o professor precisa se atualizar cada vez mais e procurar um meio didático e dinâmico para suprir essa necessidade, conscientizando que o conteúdo de metais de terras raras se fazem cada vez mais presente em todos setores da vida, e para a educação, está nas avaliações de ingresso ao ensino superior entre outros.
Agradecimentos
1) Coordenação do Curso de Licenciatura em Química em EaD da UFC. 2) E.E.M. Almir Pinto, na cidade de Aracoiaba - CE. 3) Polo de Aracoiaba-CE.
Referências
MARTINS, Tereza S.; ISOLANI, Paulo Celso. Terras raras: aplicações industriais e biológicas. Quím. Nova, vol. 28 no.1 São Paulo Jan./Fev., 2005. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422005000100020. Acesso em: 27 ago. 2018.
O QUE SÃO AS TERRAS RARAS? eCycle – Matérias. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/component/content/article/63-meio-ambiente/1912-o-que-sao-as-terras-raras-e-o-porque-do-interesse-do-brasil-nelas.html. Acesso em: 27 ago. 2018.
SOUSA FILHO, Paulo C. de; SERRA, Osvaldo A. Terras raras no Brasil: histórico, produção e perspectivas. Química Nova, publicado na web em 21/03/2014. Disponível em: http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=89. Acesso em: 27 ago. 2018.