Autores
Silva, J.C. (UFMS) ; Pires, D.X. (UFMS)
Resumo
O ensino de ciências deve possibilitar a compreensão dos aspectos científicos, sociais, econômicos e políticos. Uma possibilidade de garantir isso é aplicar o ensino Freire-CTS para subsidiar discussões sobre problemas enfrentados pelo aluno. Assim, buscou-se responder como um ensino Freire-CTS poderia modificar a perspectiva dos alunos sobre o rio Anhanduí localizado em Campo Grande / MS. Utilizando a Análise Textual Discursiva, percebeu-se que os alunos da escola A compreenderam que a população e o governo são responsáveis pela contaminação do rio. Além disso, os alunos da escola B ampliaram a sua visão sobre os agentes responsáveis percebendo o papel das indústrias, agricultores e associação de moradores e a necessidade de aplicar medidas como incentivo fiscal e multa.
Palavras chaves
Freire; Contaminação; População
Introdução
O ensino de ciências é essencial para compreender o mundo e as mudanças tecnológicas e sociais. Contudo, as disciplinas dessa área ficaram, por muito tempo, restritas a conceitos e fórmulas. Ainda hoje, com a ênfase à uma educação para a cidadania, muitos educadores têm “dificuldade em modelar esse conhecimento, situá-lo no mundo de vida dos estudantes e voltá-lo para a solução de situações problemáticas concretas” (QUADROS; et. al., 2011, pág. 161). Algo que contribui para isso é a falta de uma formação que contemple teóricos importantes da área da educação ou de um preparo para aplicar esses conceitos em sala de aula. Assim, nota-se a relevância de buscar novas práticas pautadas em referenciais que contribuam para um ensino vinculado ao mundo do aluno. Nesse viés, o educador Paulo Freire traz uma proposta de educação que proporciona ao aluno um distanciamento crítico de sua realidade (FREIRE, 1981). Para o autor, é preciso que o educando tenha uma atitude ativa diante dos problemas enfrentados por ele, sendo um sujeito capaz de transformá-lo. Essa visão de si, enquanto sujeito, é alcançada quando o educando se percebe como responsável pela mudança e é capaz de buscar novas formas de resolver ou minimizar o problema (FREIRE, 2015). Logo, ensinar ciências com base nos pressupostos freireanos permite que os conteúdos sejam trabalhados de forma contextualizada, uma vez que partem da realidade do aluno, e o auxiliem no desenvolvimento da sua autonomia. Freire enfatiza a necessidade de criar situações em que o aluno possa tomar decisões de forma consciente para exercer de fato sua autonomia. A tomada de decisão também está presente em um ensino pautado na perspectiva Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). Essa perspectiva busca auxiliar o aluno a perceber as relações entre os avanços científicos e a sociedade e/ou meio ambiente e a superarem alguns mitos em relação à ciência, como: determinismo tecnológico, neutralidade, visão salvacionista e modelo de decisões tecnocráticas. Os momentos pedagógicos propostos por Delizoicov, Angotti e Pernambuo (2011) constituem uma organização metodológica para aplicar os pressupostos freireanos na educação formal. Esses autores elaboraram três momentos, denominados: problematização, organização do conhecimento e aplicação do conhecimento. No primeiro momento, uma situação presente no cotidiano do aluno é problematizada por meio de questionamentos. O educador busca estimular os educandos a exporem o que sabem sobre o tema e a perceberem a necessidade de obter novos conhecimentos. A organização do conhecimento (segundo momento) ocorre pela introdução do conteúdo científico e dos conhecimentos necessários para compreensão da problemática. Por fim, ocorre a aplicação do conhecimento na qual os alunos são desafiados a aplicar o que aprenderam. Várias pesquisas sinalizam a possibilidade de articular os pressupostos freireanos com os CTS, a exemplo de: Roso et. al. (2015); Souza e Marques (2017); Muenchen e Auler (2007); Giacomini e Muenchen (2015); Gotardi (2012); Buffolo e Rodrigues (2015) e Oliveira et al. (2016). Nessas pesquisas, nota-se que o ensino de Freire traz uma abordagem mais política para o ensino CTS e auxilia na escolha de temas mais próximos do contexto do aluno, enquanto a perspectiva CTS promove uma tomada de decisão sobre aspectos científicos que estão presentes no ensino de ciências (NASCIMENTO; LINSINGEN, 2006). Pensando nisso, essa pesquisa articulou tais referenciais para problematizar a contaminação do rio Anhanduí presente na cidade de Campo Grande / MS na qual foi aplicada. Dessa forma, buscou-se responder a seguinte questão: De que forma uma intervenção baseada no ensino Freire-CTSA pode modificar a perspectiva dos alunos sobre o rio Anhanduí? Além disso, buscou analisar se os alunos conseguiram superar as situações limites encontradas. 1.1- Rio Anhanduí O Anhanduí percorre trinta bairros e é o único rio urbano da cidade de Campo Grande / MS (CAMPO GRANDE, 2010). Ele é contaminado na área rural por fertilizantes e agrotóxicos e, na área urbana, recebe lixo doméstico, entulhos, esgoto tratado das estações de tratamento, esgotos clandestinos e efluentes industriais (CAMPO GRANDE, 2017). De acordo com o Plano Diretor de Drenagem Urbana de Campo Grande MS (2008), a micro bacia do Anhanduí, na área urbana, possui 40,72 Km2 com 11% de cobertura vegetal. As estações elevatórias de esgoto comprometem a qualidade do rio, principalmente a Estação de Tratamento de Esgoto do bairro Los Angeles (ETE Los Angeles), que provoca um aumento da concentração da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).
Material e métodos
A pesquisa foi aplicada em Campo Grande, em duas escolas da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul para alunos do segundo ano do ensino médio. A Escola A fica localizada a poucos metros das margens do rio Anhanduí, enquanto a escola B fica em um bairro distante do rio. 2.1- Descrições da sequência de aulas A sequência foi idêntica para ambas as turmas, alternando apenas os espaços e materiais disponíveis. As atividades realizadas nos oito encontros foram: redação sobre o Anhanduí (1° encontro); problematização: contaminantes, efeitos, fontes, responsabilidades (2° e 3° encontro); Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Oxigênio Dissolvido (OD), Fósforo Total (Ptotal), Concentração Comum (organização do conhecimento) (4° - 7° encontros); proposta de intervenção (8° encontro). Na redação inicial solicitaram-se aos alunos que expressassem os seus conhecimentos sobre o Anhanduí, e as ações que adotariam para melhorar a qualidade da água do rio. Já na problematização, os alunos responderam a quatro questões: Tipos de contaminantes presentes no rio; efeitos no meio ambiente; fontes de contaminação; responsabilidades. Suas respostas foram compartilhadas e discutidas com a turma. Seguiram-se a conceptualização e a aplicação em questões ambientais dos conceitos sobre oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), fósforo total (Ptotal) e concentração comum. Esquematizou-se também o aumento do fósforo no rio proveniente de fertilizantes utilizados nas lavouras e hortas vizinhas. No último encontro, os alunos redigitam propostas de intervenção que consideravam relevantes. 2.1- Análises dos dados A análise das percepções dos alunos foi realizada a partir da redação inicial e da proposta de intervenção utilizando a Análise Textual Discursiva (ATD) (MORAES, 2013). Por meio dela, buscou-se analisar se foram superadas as situações limites e se houve alguma mudança na percepção sobre o rio. A ATD possui três etapas, sendo elas: unitarização, categorização e produção do metatexto. Assim, ao se analisarem os vários textos, desenvolvidos pelos alunos, foram determinadas as unidades de sentido que expressassem os conceitos, as opiniões e as suas percepções. Essas unidades foram agrupadas em subcategorias e, posteriormente, em categorias. Por fim, a partir das categorias obtidas, elaboram-se os metatextos, trazendo novas compreensões.
Resultado e discussão
3.1. Redações Iniciais
3.1.1. Escola A
A análise das redações iniciais demonstrou que os alunos possuem
pouca informação sobre o rio. Somado a isso, os alunos, em sua maioria,
culpam o rio por seu estado de contaminação e o encaram como água de esgoto
(A5) que pode trazer muitas doenças para a população (A4), polui o meio
ambiente, (causa) alagamentos e doenças (A5). Eles citam como pontos
negativos o esgoto, lixo / poluição e as enchentes. Além disso, o risco de
acidentes por veículos automotores foi uma questão levantada por quatro
alunos.
Os moradores são descritos como agentes que podem minimizar o problema e
parar de jogar lixo (A12). Porém, quando se referem às medidas
governamentais, dez alunos se atêm apenas às questões de infraestrutura como
melhorar a sinalização (A12) e colocar grades de proteção (A1). A única
solução percebida por eles é a redução do lixo jogado nas ruas ou nas redes
de proteção. Isso indica uma consciência ingênua que “se caracteriza, entre
outros aspectos, pela simplicidade na interpretação dos problemas” (FREIRE,
1967, pág. 59).
Logo, as situações limites percebidas são: o rio é o problema (I), os únicos
responsáveis pela contaminação são os moradores (II), a solução envolve
medidas de infraestrutura e não jogar lixo (III).
3.1.2- Escola B
Destaca-se o fato de que os alunos, em nenhum momento, confundiram o rio com
um córrego em suas redações. Eles demonstraram um incomodo em relação à
localização do Anhanduí: Ter um rio no meio da cidade, perto de lojas e
casas pode trazer muitas contaminações e também acho desnecessário, pois ali
ele não serve para nada (A12).
A fala do aluno A12 demonstra que para ele, e provavelmente para o restante
dos alunos, o rio não traz nenhum benefício para a população. Algo similar
foi percebido em uma pesquisa de mestrado da área de Educação Ambiental.
Segundo os autores, a comunidade “não reconhece a relevância dos aspectos
social, cultural e histórico” da microbacia do Ribeirão dos Peixes,
principal corpo d’água do município de Dois Córregos / SP (LUCATTO;
TALAMONI, 2007, pág. 290).
Nessas redações, o rio é colocado como algo exposto à poluição, algo que
sofre, e não como responsável pela situação este rio por estar dentro da
cidade sofre muito (A10). Torna-se claro, pois, que estes alunos consideram
os moradores e as pessoas que passam por aquele espaço, como os principais
responsáveis pela situação do rio porque tem muitas pessoas com desrespeito
com a natureza (A4) vão e jogam lixo (A6)
Perto das margens do rio é possível perceber a presença de lixo, resto de
comida, plástico, sacolas e esgoto (A6), o que gera enchentes [...], mal
cheiro [...], doenças (A9). Dessa forma, os alunos propõem a
conscientização, o tratamento adequado dos resíduos e a fiscalização por
parte da prefeitura como medidas para minimizar a contaminação.
Nota-se que os alunos não citaram muitos atores sociais ao falarem sobre a
contaminação do Anhanduí, o que caracteriza uma situação limite que precisa
ser superada.
3.2- Propostas de Intervenção
3.2.1- Escola A
Analisando as propostas dos doze alunos que participaram da primeira etapa
da pesquisa, notou-se que, em contraste com a redação inicial, todos os
alunos identificaram corretamente o Anhanduí como um rio. Ao indicarem os
responsáveis pelas medidas que precisam ser adotadas, citaram:
Prefeitura, responsável por tirar a rede de esgoto e melhorar o tratamento
de água... multar (A5), canalizar (A9), sinalizar o rio (A9), criar leis
(A3).
População, que não deveria jogar lixo (A4), deveria cobrar a prefeitura
(A6), criar uma drenagem natural em suas casas (A7) e ajudar a limpar o rio
(A9).
Condizente com isso, Ribeiro e Affonso (2012) obtém repostas similares, às
obtidas nessa pesquisa, em um questionário sobre os responsáveis pelas
mudanças no córrego São Pedro (Juiz de Fora/ MG). Os alunos participantes
também citaram o governo e a população como agentes que poderiam colaborar
para a melhoria desse rio, também citando ações como, por exemplo, não jogar
lixo.
Nota-se uma mudança de postura dos alunos ao reconhecerem que a população
que contamina o Anhanduí, é também, a responsável pela redução da poluição.
Isso indica uma possível superação de uma das situações limites: o rio é o
problema. Os alunos se incluíram, enquanto moradores, na solução do
problema. Isso está de acordo com o objetivo do ensino CTS: “favorecer um
ensino de ciência e tecnologia que vise a formação de indivíduos com a
perspectiva de se tornarem cônscios de seus papéis como participantes ativos
da transformação da sociedade em que vivem” (LINSINGEN, 2007, pág. 14). No
que diz respeito à situação limite II (os únicos responsáveis pela
contaminação são os moradores), além da população, eles incluíram o governo,
também, como um dos responsáveis pela preservação do rio. A situação limite
III (a solução do rio envolve modificar a infraestrutura e não jogar lixo)
pode ter sido superada, uma vez que os alunos mencionam novas medidas, como
tratar a água, ter uma drenagem natural, aplicar multa, garantir que o
esgoto não seja jogado ali. Falar a respeito do esgoto e da drenagem natural
é importante porque estão relacionados aos avanços científicos, pois a
necessidade de saneamento e tratamento de resíduos surgiu com a
industrialização, com o processo de urbanização e impermeabilização do solo
que gerou novas demandas para a sociedade. Não foram mencionados muitos
agentes, nem indústrias ou empresários nas propostas analisadas; assim
percebe-se a necessidade de continuar com a metodologia Freire-CTS para que
os alunos consigam “assumir uma postura questionadora e crítica” (PINHEIRO;
SILVEIRA; BAZZO, 2007, pág. 77) percebendo as relações entre a tecnologia e
o quadro de contaminação do Anhanduí.
3.2.1- Escola B
Nessa escola, percebe-se, pelos relatos dos seus alunos, que ampliarem a
visão sobre os agentes sociais envolvidos no processo. Após a intervenção,
com a problematização e organização do conhecimento, incluíram as indústrias
e fazendas. Durante esses momentos, buscou-se levantar vários atores sociais
que de uma maneira ou de outra contaminam o Anhanduí.
Os diferentes agentes são percebidos nas seguintes falas: grupo pelo qual
conscientizassem as pessoas que ali passam (A4) Se o governo também
espalhasse lixeiras na beira do rio (A7) As lojas que usassem substâncias
químicas deveriam utilizar menos (A3) os donos de indústrias arrumassem uma
solução (A11) O rio pode ser salvo se as indústrias, fazendas e comércios
começarem a se importar com o rio (A8)
Algumas medidas são expressas nas falas: Leis mais rígidas e fiscalização no
rio...deve ser multado...negociação com empresas poluentes ... para reduzir
impostos (A2) .se tivesse uma lixeira também perto do rio acho que ajudaria
bastante (A1). Ao mencionarem a importância de fiscalizar empresas e
indústrias, demonstram ter ciência da necessidade de a população exercer
controle sobre o uso da tecnologia, com o intuito de evitar danos à saúde e
ao meio ambiente. Essa percepção está de acordo com o que é defendido por
Freire: “Quanto maior vem sendo a importância da tecnologia hoje tanto mais
se afirma a necessidade de rigorosa vigilância ética sobre ela” (FREIRE,
2000, pág. 46).
Já no que dizem respeito à população, os alunos enfatizaram o diálogo como
uma forma de reduzir a poluição provocada pelos moradores. Para eles, a
conscientização por meio de um grupo de moradores pode ajudar as pessoas a
valorizarem o rio e perceberem os impactos de suas ações. O fato de
mencionarem a conscientização, é um aspecto importante, já que “a tomada de
consciência não se dá nos homens isolados, mas enquanto travam entre si e o
mundo relações de transformação, assim também somente aí pode a
conscientização instaurar-se” (FREIRE, 1983, pág. 52).
Conclusões
Articular os referenciais Paulo Freire e CTS contribuiu para uma melhor compreensão do problema da contaminação do Anhanduí. Nas duas escolas, observou-se uma evolução na análise das fontes de contaminação e dos atores envolvidas na mudança. Após essa intervenção, os alunos da escola A identificarem corretamente o Anhanduí como um rio, e perceberam que ele não é o culpado pela poluição. Além disso, identificaram as principais fontes de contaminação e as possíveis formas para reduzirem os contaminantes. Os alunos da escola B, que já conheciam o Anhanduí como um rio e compreendiam a responsabilidade da população na adoção de medidas preventivas, ampliaram essa visão sobre os atores da mudança e citaram o governo, a indústria, os agricultores, comerciantes. Além disso, na escola B, os textos finais enfatizaram o papel do diálogo a da formação de um grupo de moradores (Associação de moradores) para conscientizar e propor projetos. Assim, a partir dessa articulação, foi possível trabalhar a realidade do aluno (FREIRE, 1981) e as interações existentes entre a tecnologia e a situação atual do Anhanduí (AULER; DELIZOICOV, 2006). A problematização sobre um rio urbano permite trabalhar diversos conceitos dentro do ensino de ciências como: a influência da canalização na vazão; a concentração comum; Demanda Bioquímica de oxigênio; processos de separação de misturas e muitos outros. Destaca-se também o fato de que as disciplinas de outras áreas podem incluir essa discussão e até mesmo trabalharem em conjunto para auxiliar os alunos na tomada de decisão.
Agradecimentos
Referências
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