Autores

Almeida, L.C.S. (CEEQUIM/UFRJ) ; Martinhon, P.T. (UFRJ) ; Lencastre, K.G.S.S. (CEDERJ) ; Rocha, A.S. (UERJ) ; Filho, A.M.M. (UFRJ) ; Sousa, C. (UFRJ)

Resumo

Como a química é uma ciência essencialmente fenomenológica, o uso de experimentos como atividade didática é uma estratégia escolhida por vários professores. O desafio encontrado, em geral, está na falta de estrutura adequada nas escolas para realização das práticas e o pouco tempo para apresentar o conteúdo. No entanto, quando se trata de alunos cegos, a proposição e realização de experimentos torna-se um desafio à parte. Neste trabalho apresenta-se o relato de experiência docente realizado em uma turma de alunos videntes vendados, que objetivava utilizar os outros sentidos - que não a visão - para identificar os fenômenos que aconteciam. A dinâmica foi bastante positiva, por melhorar a aprendizagem dos alunos, além de desenvolver sua empatia em relação aos alunos com deficiência visual.

Palavras chaves

atividade didática; experimento; sensibilização

Introdução

A sensibilização das pessoas geralmente antecede o processo de inclusão de sujeitos deficientes - ou com alguma especificidade funcional - e é tão antiga quanto a própria socialização (SCHWAMBACH et al., 2018). Nessa perspectiva, as políticas de ação afirmativa (PAA) ratificam o conceito de igualdade perante a lei, além de endossarem os alicerces que edificaram mudanças pautadas nas ações inclusivas que começaram a surgir no século XIX e XX (BARRETO, 2018). A partir do Congresso Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais - organizado pelo Governo da Espanha em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) - a perspectiva de uma educação para todos começou a ganhar maior visibilidade (ALMEIDA et al., 2015; ORLANDO, 2013; UNESCO, 1994). Nesse contexto, um slogan amplamente adotado por movimentos de inclusão é “Nada de nós, sem nós” (SASSAKI, 2007). No decorrer do século XX, a educação de alunos em condição de necessidades educativas especiais sofreu profundas alterações, desde a acepção correta sobre o termo deficiência, até ao que concerne às abordagens terapêuticas adequadas e às especificidades de cada situação. O processo de inclusão das pessoas com deficiência não se trata de caridade, mas de um direito respaldado tanto em documentos internacionais quanto na Constituição Brasileira. No entanto, há um abismo entre a lei e a sua efetivação nos diversos setores, que incluem as escolas e os ambientes de trabalho (ALMEIDA, 2016). Atualmente o conceito de escola inclusiva implica em uma visão de escola que incorpore no seu projeto pedagógico - currículo, metodologia, avaliação e atendimento educacional especializado, entre outros - ações que favoreçam a interação social. Isso geralmente se dá por meio de práticas que contemplem a diversidade discente e docente, o que perpassa por uma sensibilização dos mesmos para a inclusão. Aliás, a sensibilização é um importante aliado quando se deseja uma inclusão efetiva, principalmente quando se trata de ensino de química (ALMEIDA et al., 2016). Nesse contexto, a atitude de acolhimento à diversidade é desenvolvida a partir do contato com diferentes experiências. De fato, a vivência prática com diferentes realidades sensibiliza cada sujeito para melhor compreender a diversidade humana (SCHWAMBACH et al., 2018; PAES, 2017). Dentre as disciplinas presentes no programa para o ensino básico, a química se destaca como sendo uma ciência com uma presença empírica muito forte, logo seu ensino não consiste simplesmente em passar conteúdos teóricos. Além disso, pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, espera-se que ela possa contribuir na formação do aluno como cidadão proativo, capaz de observar, compreender, analisar e, finalmente, questionar os fenômenos que ocorrem à sua volta. Nesse contexto, o processo de ensino-aprendizagem deveria ser ativo e dinâmico, continuamente aperfeiçoado e retroalimentado por discentes autônomos (NÚÑEZ; LEÓN, 2016). Nessa perspectiva, uma possibilidade seria utilizar metodologias diferenciadas e ferramentas didáticas passíveis de facilitar o processo de ensino-aprendizagem entre os sujeitos envolvidos. Os conteúdos trabalhados nas salas de aula que possuem deficientes visuais em seu alunado devem ser equivalentes, logo, devem proporcionar a estes a mesma qualidade de ensino, bem como solicitar o mesmo grau de exigência que é demandado aos alunos cuja visão é normal. Assim, se o planejamento docente contempla aulas experimentais, as mesmas devem ser adaptadas de forma que todo corpo discente possa participar, incluindo aqueles com qualquer tipo de deficiência e limitação. Portanto, as atividades experimentais de química devem estimular os sentidos remanescentes dos alunos deficientes visuais, incluindo e facilitando a compreensão do conteúdo específico e as ressignificações individuais construídas a partir do coletivo em que está inserido (DA SILVA et al., 2017). Dessa forma, em consonância com uma perspectiva inclusiva que valorize a diversidade humana e as especificidades funcionais de seu alunado, o principal desafio e objetivo desse trabalho é o envolvimento proativo e inclusivo de todos os alunos, quer sejam estes videntes ou não, nas aulas de química. Assim, a partir de uma experienciação discente, o presente artigo apresenta o trabalho de sensibilização desenvolvido em aulas de químicas, com vistas não só aos aspectos técnicos desta disciplina, mas, principalmente, no respeito à diversidade humana, de modo a fomentar a inclusão social, sensibilizando os sujeitos participantes da dinâmica proposta para alunos cegos. Finalizando, é importante destacar a importância da educação voltada para a cidadania, trabalhando com os alunos a diversidade e a empatia.

Material e métodos

Propôs-se um experimento sobre soluções adaptado para alunos cegos, que foi aplicado com alunos videntes vendados. Os alunos já haviam estudado o conteúdo, de modo que a atividade seria complementar, esperando-se que facilite a compreensão do assunto. O experimento sobre soluções e diluições foi realizado por onze alunos de uma turma de segundo ano do nível médio, da Escola Cooperativa Educacional César Almeida, localizada na cidade de Angra dos Reis. Os materiais e reagentes utilizados para essa dinâmica foram: (i) xarope de guaraná; (ii) copos plásticos descartáveis; (iii) água filtrada; (iv) colher; (v) vendas para os olhos. Antes de executar os procedimentos dessa experienciação, todos os alunos tiveram seus olhos vendados. As questões direcionadoras dessa atividade aplicadas durante a atividade foram: (a) Qual o conceito de diluição? Diluir é o mesmo que dissolver? (b) Em seu dia-a-dia, a diluição está presente em várias atividades. Você consegue se lembrar de alguma? Quais? Na atividade foram trabalhados os conceitos de soluções e diluições a partir de uma vivência sensorial por parte dos discentes. Para cada aluno foram entregues dois copos descartáveis vazios. Eles deveriam preparar nos copos soluções de xarope de guaraná. A sequência direcionadora foi: (I) Pedir que os alunos mantivessem as mãos nos copos, segurando-os sobre a mesa. (II) O professor adicionava em um copo a água filtrada e no outro um pouco de xarope de guaraná. (III) O professor pedia que os alunos despejassem o conteúdo do copo mais cheio sobre o conteúdo do como mais vazio (Eles ainda não sabiam o conteúdo dos copos, mas alguns já eram capazes de identificar o xarope pelo olfato). (IV) Com um copo contendo a mistura e outro vazio, pediu-se que os alunos, devagar, passassem o conteúdo de um copo para o outro a fim de misturar melhor as duas partes. (V) Solicitou-se que os alunos provassem o conteúdo do copo que continha o líquido após a mistura e pediu-se que fizessem comentários a respeito do sabor. (VI) Solicitou-se que os alunos apoiassem os copos sobre a mesa, novamente e acrescentar mais xarope de guaraná, que era adicionado ao copo vazio pelo professor. Em seguida, pediu-se que provassem novamente o conteúdo do copo. (VII) Solicitou-se que apoiassem os copos sobre a mesa e acrescentassem bastante água, que seria disponibilizada novamente pelo professor no copo vazio e, após misturar a água à solução, pediu-se que eles provassem novamente. Retirar as vendas, e, se for interessante para a turma, refazer a atividade. Os alunos responderam um questionário antes da atividade experimental e outro depois. As perguntas e respostas serão apresentadas no tópico de Resultados.

Resultado e discussão

Com o uso desta atividade didática experimental esperava-se que os alunos identificassem que, quando se adicionava uma pequena quantidade de xarope ou uma grande quantidade de água, o suco ficava fraco, o que é compatível com uma solução diluída e eles identificariam que a solução estava diluída ou concentrada por meio do sentido do paladar, provando a mistura. Em outros momentos eles identificariam que o suco estava forte, pelo seu gosto, o que significa que a solução estava concentrada. A realização de uma atividade coletiva e individual, na qual cada aluno experimenta uma vivência singular, mas que pode compartilhá-la com os outros alunos, é um momento muito enriquecedor para todos. O professor deve aproveitar esta oportunidade para trabalhar os conceitos de solução e diluição, explicando também o significado do processo de dissolução. É importante o professor ficar atento para identificar se os alunos compreendem a diferença entre os processos de diluição e dissolução. A Figura 1 mostra a imagem dos alunos sentados em torno de uma mesa, vendados e com os copos nas mãos, realizando as atividades propostas e intermediadas pelo professor. Eles ficaram animados e interessados na dinâmica, de modo que o caráter motivacional foi grande. Também se buscou estimular a empatia, por meio do uso da venda, de forma que eles puderam vivenciar a dificuldade enfrentada pelos cegos nas realizações de tarefas aplicadas e também explorar seu próprio potencial, a partir dos outros sentidos. O questionário aplicado antes da atividade constava das seguintes questões, que foram entregues ao professor por escrito: Questão 1: Você considera a Química uma ciência visual, ou seja, que dependa da visão para ser compreendida? Questão 2: Você considera ser possível para um cego a aprendizagem dos conteúdos de química, tanto teóricos quanto práticos? Questão 3: Para você, dentre todos os sentidos, qual o mais importante, ou melhor, mais necessário para os estudos, de forma geral? Questão 4: Você já considerou a possibilidade de aprender tendo como foco os demais sentidos e não a visão? Questão 5: Mesmo sem ter passado pela experiência de focar em outros sentidos durante seus momentos de estudo, em casa ou na escola, você acredita ser possível compreender fenômenos químicos através de práticas sensoriais? Questão 6: A educação é um direito de todos e é dever do Estado. Sabendo disso, você acha que a escola regular tem condições de receber alunos com deficiência (de forma geral) e fornecer a eles as mesmas experiências de aprendizagem que são disponibilizadas aos alunos videntes? Ou seja, é possível garantir o ensino para alunos ditos normais e para aqueles que possuem alguma deficiência, com a mesma qualidade? Apenas dez alunos responderam a esta pesquisa. Em relação à primeira questão, 8 alunos afirmaram que a química não depende tanto da visão e dois disseram que depende parcialmente, eles acham que a fala do professor é muito importante no aprendizado da matéria. Sobre a segunda pergunta, cinco alunos disseram que os cegos podem aprender química e cinco disseram que só seria possível eles aprenderem a teoria, pois seria impossível realizarem experimentos. Na questão 3, sobre qual sentido é mais importante para eles nos estudos, visão e audição foram os mais citados, principalmente os dois juntos, mas alguns alunos reconheceram tato e olfato como importantes também. Sobre considerar os demais sentidos na aprendizagem, pergunta 4, apenas 3 disseram não considerar os outros sentidos, indicando que a maioria pensa que poderiam explorar mais os outros sentidos. Em termos de ser possível compreender fenômenos químicos através de práticas sensoriais, todos os alunos disseram que seria possível sim, e alguns citaram olfato, tato e paladar como podendo ser utilizados. A última pergunta foi a mais emblemática. Apenas um aluno disse que era possível sim que as escolas recebessem alunos com deficiência, mas que os professores deveriam dar atenção especial a eles. Todos os outros alunos afirmaram categoricamente que ou os professores não estão preparados para lidar com estes alunos ou que as escolas não têm estrutura adequada para recebe-los, o que mostra que eles identificam esta carência no sistema de ensino em que estão. O outro questionário aplicado após a atividade experimental constou das seguintes perguntas: Questão A: No primeiro questionário você falou sobre a possibilidade de um cego aprender química na teoria e na prática. Sua opinião mudou com relação a isso? Questão B: Os experimentos e aulas expositivas foram úteis e suficientes para que você aprendesse sobre diluição? Questão C: Na aula prática, tendo seus olhos vendados, foi possível compreender o que foi trabalhado? Questão D: Essa experiência te fez reconsiderar sobre a importância dada a visão e a forma como os outros sentidos são deixados de lado nos momentos de aprendizagem? Questão E: Ao participar de uma atividade prática com os olhos vendados, aumentou em você a empatia para com aqueles que possuem deficiência visual e frequentam a escola regular? Questão F: Seria satisfatório, estando com os olhos vendados, apenas ouvir a aula e a descrição dos fatos, ao invés de participar ativamente deles? Os mesmos 10 alunos responderam a este questionário. Para a primeira pergunta, 9 alunos mantiveram suas opiniões e apenas um passou a achar que é possível que um cego aprenda determinados conteúdos teóricos ou práticos, dependendo do assunto. Na segunda pergunta todos os alunos responderam que sim, com exceção de um que afirmou ter tido muita dificuldade. Na terceira pergunta todos responderam que sim, por sentirem gostos diferentes quando as soluções de xarope tinham concentrações diferentes. Seria possível usar o paladar para identificar soluções com diferentes concentrações. Na quarta pergunta as opiniões foram divididas. Seis alunos responderam que sim, mas quatro alunos disseram ser mais eficiente aprender usando todos os sentidos. A quinta pergunta levantou um aspecto muito interessante. Apenas um aluno disse que sua empatia não aumentou com a atividade porque ele sempre percebia as dificuldades dos cegos. Todos os outros disseram que realizar os experimentos com os olhos vendados realmente fez com que percebessem a dificuldade enfrentada pelos cegos, aumentando sua empatia. E em relação à última pergunta, apenas um aluno respondeu que sim, que seria satisfatório apenas ouvir as aulas. Contudo, os demais alunos afirmaram que o aprendizado não seria tão eficiente, a não ser para os alunos que tivessem nascido com a deficiência.

Figura 1. Alunos vendados realizando o experimento de diluição.

Imagem dos alunos sentados em torno de uma mesa, vendados e com os copos nas mãos, realizando as atividades propostas e intermediadas pelo professor.

Conclusões

A química é uma área do conhecimento essencialmente fenomenológica, de modo que por meio do uso de atividades experimentais pode-se promover o aprendizado dos alunos de uma maneira bastante relevante. No entanto, o ensino de química é bastante pautado na visão. Neste trabalho aplicou-se experimentos sobre o conteúdo de diluição para alunos videntes vendados, de modo a fazê-los vivenciar as dificuldades vividas por alunos cegos no estudo de química. Os alunos gostaram dos experimentos e puderam explorar seus outros sentidos além da visão, para o aprendizado do conteúdo de química. É importante que os indivíduos tenham consciência de todo potencial sensorial que eles têm para experimentar e aprender os fenômenos que ocorrem na natureza. O uso de experimentos como ferramenta didática é uma estratégia que facilita o aprendizado de química por parte de todos os alunos sejam eles deficientes ou não. A atividade também teve um caráter social e integrador elevado, tendo em vista que desenvolveu a empatia dos alunos por aqueles que apresentam algum tipo de deficiência, sobretudo os cegos.

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio e financiamento do Grupo Interdisciplinar de Educação, Eletroquímica, Saúde, Ambiente e Arte (GIEESAA).

Referências

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ALMEIDA, L. C. S.; ORLANDO, M. S.; TAMIASSO-MARTINHON, P.; SOUSA, C. Educação inclusiva. In: CONGRESSO DE HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS DA TÉCNICAS E EPISTEMOLOGIA, VIII., 2015, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2015.

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