Autores

Silva, A.M. (UFC) ; Silva, J.P.G. (UFC)

Resumo

Este trabalho demonstra como a experimentação pode melhorar o aprendizado dos alunos no conteúdo de Físico-Química aplicado no 2° ano do ensino médio. A experimentação é uma excelente metodologia de ensino, visto que os alunos têm maior interesse ao utilizar a prática como forma de aprendizado. Foram feitas algumas perguntas antes e depois para poder se criar uma comparação através de gráficos e a pesquisa foi muito satisfatória, pois sem a experimentação cerca de 73% não estava entendendo de forma clara, e após as práticas experimentais esse percentual diminuiu para 32%. Então pode-se concluir que o uso da experimentação como ferramenta de ensino ajuda a melhorar consideravelmente o rendimento do aluno de 2° ano.

Palavras chaves

Experimentaçãp; Fisico-Química; Aprendizagem

Introdução

Segundo Giordan (1999), muitas propostas de ensino de ciências ainda esquecem a contribuição dos empiristas para a elaboração do conhecimento, ignorando a experimentação ainda como uma espécie de observação natural, como um dos eixos estruturadores das práticas escolares. Tomar a experimentação como parte de um processo pleno de investigação é uma necessidade, reconhecida por aqueles que pensam e fazem o ensino de ciências, pois a formação do pensamento e das atitudes do sujeito ocorre preferencialmente nos entremeios de atividades investigativas. A experimentação enquanto atividade fundamental no ensino de Ciências, tem atraído as atenções de estudiosos e pesquisadores da área (VILLANI e NASCIMENTO, 2001). A utilização da experimentação contextualizada em sala de aula é “uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação” (GUIMARÃES, 2009, apud DELGADO et al., 2013). O uso da experimentação no ensino pode assumir diferentes sentidos e se prestar a objetivos diversos no que diz respeito à aprendizagem. Tradicionalmente, a experimentação como ferramenta didática tende a reproduzir os passos do método científico, partindo da observação de fenômenos e culminando com uma suposta revelação da verdade sobre os fatos. No entanto, essa metodologia não deve ser pautada nas aulas experimentais do tipo “receita de bolo”, em que os aprendizes recebem um roteiro para seguir e devem obter os resultados que o professor espera, tampouco apetecer que o conhecimento seja construído pela mera observação.

Material e métodos

Através de um questionário foi possível perceber as dificuldades de aprendizado nos conteúdos relacionados à Físico-Química, pois foram feitas diversas perguntas que levam a entender que os alunos do 2° ano do ensino médio da Escola Zélia de Matos Brito, Guaramiranga-CE, estão com necessidade de melhorar o conhecimento prático, aumentando seu entendimento sobre os conteúdos. O questionário foi aplicado a 60 alunos da turma do 2° ano. Com essa relação as respostas dessas perguntas foi possível descobrir métodos que podem aperfeiçoar as aulas experimentais. Então essas aulas serão feitas depois de idealizar materiais alternativos, que ficaram na instituição de ensino desses alunos, para que todas as séries possam utilizá-los. Depois das aulas teóricas os alunos juntamente com o professor irão utilizar para realização de experimentos, posteriormente serão cobrados relatórios dos alunos, como forma de avaliação. Nessas aulas foram realizados experimentos de físico-química, como por exemplo: O relógio de iodeto que é uma experiência que trata de Cinética Química: Fatores que influenciam a velocidade das reações. Análise quantitativa da influência da temperatura e concentração na velocidade de reação. O motivo de estudar esse conteúdo através dessa experiência é a melhor percepção do conteúdo.

Resultado e discussão

O gráfico 1 demonstra que 72% dos alunos responderam que sentem dificuldades em aprender Físico-Química, 17% informaram que não e 11% responderam que as vezes. Por isso da necessidade de aulas experimentais. Questionado se eles já tinham participado de um experimento de Físico-Química, 95% responderam que não, e somente 5% afirmaram que sim (gráfico 2). O gráfico 3 relata que quando eles presenciaram o experimento e em seguida comentaram sobre o conteúdo teórico e como é na prática, basicamente a grade maioria, 77% pode entender de forma mais clara o conteúdo, 18% responderam talvez e 5% responderam que não. Como você se avalia como aluno na disciplina de Físico-Química? Essa foi uma pergunta que propôs uma grande discussão na sala. Ficaram refletindo por bastante tempo o que pode ou não ser melhorado. 7% responderam que merecem nota 5, 18% acham que merecem nota 6. Que merecem nota 7 foram 25%, enquanto os que responderam que merecem nota 8 foram 12%. Os que responderam que merecem nota 9 foram 25%, e finalmente 13% responderam que merecem nota 10 (gráfico 4). Foram realizadas algumas perguntas antes e depois dos experimentos para poder se ter comparação relacionado sobre um maior entendimento por parte dos estudantes, e a pesquisa foi muito satisfatória pois sem a experimentação cerca de 73% não estava entendendo de forma clara o conteúdo, logo após às práticas experimentais esse percentual diminuiu para 32%, uma melhora significativa de 41%.

Gráfico 1

Dificuldades dos alunos em aprenderem Fisico- Química.

Gráfico 2

Informação dos alunos se já presenciaram um experimento de físico-química.

Gráfico 3

Ao ver um experimento Físico ou Químico o conceito apresentado ficou mais compreensível?

Gráfico 4

Como você se avalia como aluno na disciplina de físico-química?

Conclusões

Este trabalho visou incentivar e mostrar como as aulas experimentais podem melhorar o aprendizado dos alunos no conteúdo de físico-química aplicado no 2° ano do ensino médio. A experimentação usada como ferramenta de aprendizado é uma excelente metodologia de ensino, visto que os alunos criam maior interesse ao utilizar a prática nas aulas de química.

Agradecimentos

1) Coordenação do Curso de Licenciatura em Química EaD da UFC. 2) Escola Zélia de Matos Brito, Guaramiranga-CE, 3) Polo de Aracoiaba-CE.

Referências

DELGADO, J.; PEREIRA, C.; TRINDADE, M.; SILVA, E.; DANTAS, K. Aulas experimentais como auxílio para o Ensino de Química: projeto PIBID. 53º Congresso Brasileiro de Quimica. Rio de janeiro-RJ, 14 a 18 de outubro de 2013. Disponível em:
http://www.abq.org.br/cbq/2013/trabalhos/6/3667-17356.html. Acesso em: 12 nov. 2017.

GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola, n. 10, p. 43-49, 1999.

VILLANI, Carlos Eduardo Porto; NASCIMENTO, Silvania Sousa do; Argumentação e o ensino de ciências: uma atividade experimental no laboratório didático de Física do ensino médio, IENCI, v.6, n.1, p. 97-106, 2001.