Autores

Silva, A.M. (UFC) ; Souza, F.A.S. (UFC)

Resumo

O Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, foi criado pelo MEC para testar o nível de aprendizado dos alunos que concluíram o ensino médio no Brasil. Este trabalho tem como objeto de estudo analisar, quantificar e detectar as causas e fatores que contribuem para a aprendizagem da disciplina de Química Orgânica para os alunos do 3º ano do Ensino Médio. E necessário que o aluno perceba que a Química Orgânica é cada vez mais solicitada em novas áreas, tais como a biotecnologia, química fina, oferta de medicamentos e alimentos (SEE-PR, 2000 apud TONIDANDEL 2007).

Palavras chaves

Ensino de Química; ENEM; Química Orgânica

Introdução

O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma forma de avaliar o desempenho dos participantes ao final da educação básica. Com essa avaliação existe a possibilidade de verificar as competências e habilidades de cada indivíduo, bem como uma auto-avaliação do processo de escolarização, além de coletar informações importantes sobre a criação de métodos para a melhoria da qualidade do ensino a partir de políticas públicas específicas para a esfera educacional (BRASIL, 2002). Um estudo realizado por Silva e Del Pino (2003) demonstrou que os alunos do ensino médio têm dificuldades de compreensão dos fenômenos que constituem a ciência química. As suas dificuldades repousam nas limitações do ensino-aprendizagem em estimular a curiosidade do educando para compreender a dimensão da disciplina na prática e vivência de sua realidade no cotidiano. No âmbito da escola básica, os educadores utilizam poucas metodologias aplicadas na prática que dimensionem experiências ou que correlacionem tais conhecimentos com a bagagem cultural do aluno. Este trabalho surge da necessidade de pesquisar o aprendizado de química orgânica, com relação ao ENEM, na prática do educando. O objetivo deste estudo é apontar uma proposta, com o uso de seminários para o ensino de química orgânica que desperte maior interesse dos alunos.

Material e métodos

A pesquisa foi desenvolvida na Escola Estadual Dr. Brunilo Jacó, Redenção-CE, onde foram realizados seminários e questionários para sessenta e cinco alunos do 3º ano, do turno da tarde por serem as turmas que estão em preparação para o ENEM e questionários para dez professores que trabalham no Ensino médio, dessa instituição de ensino médio e Fundamental. Além da pesquisa bibliográfica, como procedimento metodológico, foi feita uma pesquisa de campo para melhor se fundamentar nessa investigação que foi realizada através de visitas a escola para realização de seminários com questões de Química Orgânica do ENEM. Por meio dessas pesquisas procurou-se compreender a temática, desse estudo, para um maior conhecimento acerca do ensino e aprendizagem no ensino médio, e analisar as dificuldades que afetam os alunos na prova do ENEM.

Resultado e discussão

Inicia-se a pesquisa com a resposta da primeira pergunta representada no gráfico 1, para os professores. Constatou-se no gráfico 1, que 60% responderam que os alunos apresentam dificuldades na interpretação das questões de química orgânica aplicada no ENEM. Já 30% comprovam as dificuldades, mas conseguem um bom resultado, e 10% caracterizam não terem nenhuma dificuldade. Questionado se a escola dispõe de bons recursos para o ensino de química orgânica, 60% responderam não principalmente na área de química orgânica que exige um laboratório para melhor trabalhar essa disciplina. 20% responderam sim e 20% afirmaram mais ou menos (gráfico 2) pois apesar de não terem tantos recursos procuram matérias que substituem os de laboratório para melhor repassar para os alunos. No questionário aplicado aos alunos, perguntado se gostam da química orgânica aplicada no ENEM, 46% gostam um pouco, a Química orgânica ocupa o posto de disciplina mais difícil e odiada, o que torna difícil sua assimilação pelos estudantes. 31% que gostam da disciplina no ENEM, mesmo diante do grau de dificuldades enfrentam o desafio de resolver com vontade de acertar. 23% não gostam, pois é tida como um assunto desinteressante (gráfico 3). No gráfico 4 observa-se o questionamento aos alunos sobre a dificuldade de aprender química orgânica. 60% dos alunos sentem muita dificuldade de aprendizagem principalmente na interpretação de questões e assimilação dos conteúdos. 28% já depende do assunto, pois alguns conteúdos são mais difíceis a contextualização. 12% não sentem dificuldades o que apresenta uma porcentagem mínima no total de alunos.

Gráfico 1

Dificuldades dos alunos na interpretação das questões de química orgânica aplicada no ENEM.

Gráfico 2

Resposta dos professores em relação a escola, se dispõe de bons recursos para o ensino de química orgânica

Gráfico 3

Resultado da seguinte pergunta para os alunos: Você gosta da química orgânica aplicada no ENEM?

Gráfico 4

Questão para os alunos: Você tem dificuldade de aprender química orgânica?

Conclusões

Espera-se que este trabalho possa ajudar aos professores a realizar uma contextualização mais acessível aos alunos mediante aos temas apresentados e que estes consigam ter uma visão do seu mundo rodeado pela Química. Visando ainda com este trabalho facilitar a compreensão de vários assuntos abordados de Química Orgânica no ENEM. Colocando os conteúdos no cotidiano dos alunos de maneira contextualizada, e não simplesmente apresentá-los. Trabalhando na interatividade e buscando métodos e meios para os alunos reduzir as dificuldades de Química Orgânica na prova do ENEM.

Agradecimentos

1) Coordenação do Curso de Licenciatura de Química em EaD da UFC. 2) Escola Estadual Dr. Brunilo Jacó, Redenção-CE. 3) Polo de Aracoiaba-CE.

Referências

BRASIL. MEC. INEP. Exame Nacional do Ensino Médio: Documento Básico. Brasília, 2002.

SILVA, J.; DEL PINO C. Análise do capítulo ligação química nos manuais didáticos de Química Geral. In: XVI Salão de Iniciação Científica da UFRGS. Resumos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.

TONIDANDEL, C. C. A Pratica de Ensino em Química em uma Instituição Publica de Ensino Médio: Inovação x Tradição, 2007. 121p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.