Autores

Rocha, J.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Brasil, T.M. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Silva, R.L. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Soares, D.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Chagas, H.O. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Batista, I.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Novo, K.L.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Vieira, R.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Brito, O.F. (SEDUC/AM) ; Assis Jr, P.C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Resumo

Este trabalho tem como objetivo motivar os alunos na disciplina Química, através da produção de ração animal com polpa de inajá (Maxiliana Maripa) como recurso facilitador para a compreensão dos conteúdos programáticos. O projeto desenvolvido faz parte das atividades do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), aplicado no Centro Estudos de Tempo Integral (CETI) de Parintins-AM. A metodologia do projeto foi dívida em etapas: levantamento de referenciais teóricos; possíveis utilizações dos frutos; coleta do material nas áreas próximas a escola; recolhimento dos frutos maduros para a retirada da polpa; produção da ração feita com os alunos do 2º ano do Ensino Médio e realização de testes com animais.

Palavras chaves

Inajá; Ração; Ensino de Química

Introdução

O inajá ou inajazeiro é uma palmeira da família Arecaceae encontrada em toda a Amazônia tanto brasileira como dos demais países vizinhos, tendo sua maior incidência no Estado do Pará e no estuário do Rio Amazonas, chegando até o Maranhão (CAVALCANTE, 1991). Esta palmeira pode ser totalmente utilizada; sendo o palmito para alimentação, principalmente de animais (SHANLEY et al., 2005); a amêndoa como a polpa do fruto podem servir como matéria-prima para indústria de cosméticos, saboarias (“sabão vegetal”) e alimentícias, sendo seu potencial industrial encontrado no óleo comestível obtido da amêndoa do fruto, podendo alcançar até 60% (MIRANDA et al., 2001). Com base nos estudos realizados é possível a produção de ração animal, a partir do fruto do inajá, por ser uma planta abundante e na região amazônica, e ainda pouco conhecida cientificamente que podemos realizar trabalhos com bases nos conhecimentos adquiridos, em forma de aplicação de aulas práticas contribuindo para o conhecimento dos alunos do 2º ano do Ensino Médio, que é se suma importância para que as aulas de Química por sua vez seja mais prazerosa e interessante para os educandos.

Material e métodos

Para a produção de ração, os materiais utilizados foram: frutos da palmeira de Inajá, estufa, facas, bandejas, luvas. Também foi preciso a coleta de frutos maduros do inajá. Esta coleta foi realizada com os alunos do 2º ano do ensino médio em local que possui grande quantidade de plantação de inajá. Em seguida os alunos foram divididos em pequenos grupos onde fizeram a despolpagem dos frutos recolhidos, com quantidades suficientes para a produção da ração animal, separação das cascas, polpa e as sementes. Após a despolpagem colocamos na estufa para a secagem da polpa e da casca até que estivessem totalmente secas para a trituração e produzir a ração animal. Estes foram triturados em um liquidificador, para obter pequenos grãos de o material utilizado. A ração por fim, foi testada em um terreno que possui criação de galinhas, porcos, etc.. Sempre sendo monitorados pelos bolsistas e professor de sala. Para que os tenha conhecimento sobre o processo que está ocorrendo, e o que eles estão elaborando. Aplicando os conteúdos químicos durante a prática experimental, conhecendo também a composição química que existe no fruto, assim como, faze-los conhecer uma alternativa de se obter um alimento rico em energia, para a criação de maneira sustentável, atribuindo conhecimentos que são relacionados com seu cotidiano.

Resultado e discussão

Uma das principais vantagens de trabalhar com o fruto do inajá é que além de ser uma planta muito comum na região amazônica, porém, pouco conhecida pelos populares, possui varias maneiras de utilização. Como também a produção de ração animal, por ser um fruto rico em energia e gorduras boas para o consumo dos animais. Que possibilita os alunos a explorar e conhecer mais o seu cotidiano, é que além de os alunos tem como adquirir a matéria prima para a produção de ração, e conhecer o meio ambiente em que vive, relacionando os conteúdos químicos abordados em sala de aula com a prática realizada. Portanto, com a aplicação deste trabalho observamos que houve maior motivação dos alunos para as aulas de química, com a prática realizada. Contribuindo para que os mesmos possam desenvolver suas competências e habilidades para melhor aprendizagem sobre os conteúdos ministrados em sala de aula.

Conclusões

A produção de ração animal foi significativa, pois os alunos se mostraram motivados para a prática, desde ao recolhimento dos frutos até a produção da ração, tornando o ensino de química mais prazerosa. Contribuindo para que os discentes possam desenvolver suas competências e habilidades para melhor aprendizagem sobre os conteúdos ministrados em sala de aula. Além, de adquirir conhecimentos sobre o fruto, suas propriedades químicas e suas aplicações.

Agradecimentos

Primeiramente a Deus, ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, ao Centro de Estudos de Tempo Integral – CETI. E aos colaboradores do projeto.

Referências

CAVALCANTE, P.B, Frutas comestíveis da Amazônia - 5° Edição. Museu Paraense Emilio Goeldi. Edições Cejup. Belém – PA, 1991.
MIRANDA, I.P.de A.; RABELO, A.; BUENO, C.R.; BARBOSA, E.M.; RIBEIRO, M.N.S. 2001. Frutos da palmeiras da Amazônia. MCT INPA. Manaus. 120 pp.
SHANLEY, Patrícia; MEDINA, Gabriel. Frutíferas e Plantas Úteis da Amazônia. Belém: CIFOR, Imazon, 2005.