Autores

Simas, A.N. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Castro, F.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Lima, A.V. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Assis Jr, P.C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Eleutério, C.M.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Resumo

O Estágio Curricular Supervisionado nos cursos de licenciatura visa estabelecer uma relação entre a teoria e a prática, expressa no Art. 10, § 20 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O presente trabalho é resultado de experiências vividas na Escola Estadual Senador João Bosco, onde realizou-se observação dentro de sala, suporte a professora-regente e regência, com a finalidade de proporcionar aos acadêmicos uma experiência como profissional da educação, preparando estes para a futura carreira de professor, e elucidando a importância do estágio através da realização de atividades nas escolas, juntos de professores mais experientes em salas de aula, permitindo ao estagiário uma visão crítica dos desafios que a realidade escolar revela.

Palavras chaves

Estágio Supervisionado ; Ensino de Química; Formação de Professores

Introdução

O Estágio Curricular Supervisionado nos cursos de licenciatura tem como objetivo estabelecer uma relação teoria-prática, expressa no Art. 10, § 20 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), bem como o Art. 30, inciso XI no qual expressa o conceito de prática no parecer CNE/CP nº 9 de 2001. O estágio curricular supervisionado é o momento de buscar a efetivação, sob a supervisão de um professor experiente, de um processo de ensino-aprendizagem que se tornará concreto e autônomo quando há profissionalização do estagiário. A experiência do estágio é essencial para a formação integral do aluno, considerando que cada vez mais são requisitados profissionais habilidosos e preparados. Ao chegar à universidade, o aluno se depara com o conhecimento teórico, sendo difícil relacionar este à prática caso o estudante não vivencie momentos reais em que será preciso analisar o cotidiano (MAFUANI, 2011). O Estágio Supervisionado I, como pré-requisito da matriz curricular da Universidade do Estado do Amazonas-UEA, foi realizado na “Escola Estadual Senador João Bosco” nas séries de 2° ano e 3°ano do ensino médio e teve como cumprimento de 150 horas. Segundo o decreto de N° 11.788, 2008 (Art. 1° § 1°), o estágio deve estar presente em todos os projetos pedagógicos do curso, com a finalidade de desenvolver competências e habilidades necessárias para desempenho crítico e reflexivo do cidadão. O presente relato descreve os processos de mudanças que a política educacional passou, e consequentemente as mudanças no ensino de Química até chegar à LDB/96, ao qual é o alicerce da Formação inicial de professores de química, e a importância do estágio supervisionado como prática de formação profissional.

Material e métodos

No dia 09 de março de 2016 deu-se início ao Estágio Supervisionado I dos acadêmicos: Adriane Viana Lima, Alexander das Neves Simas e Francisco Braga de Castro. O primeiro momento foi de apresentação do corpo docente da escola, esclarecimento dos horários de estágio e apresentação individual dos estagiários. As observações ocorriam durante o turno matutino. As turmas observadas foram 2° ano 1, 2° ano 2, 2º ano 3, e 3° ano 1, 3° ano 2 do ensino médio, sempre havendo uma boa recepção por parte da escola e pela professora regente, a qual esteve sempre mantendo diálogo com os estagiários, oferecendo informações a respeito dos alunos e dos conteúdos trabalhados nas turmas. Foram assistidas vinte e sete aulas de química durante o período de estágio. As principais observações feitas estão voltadas para o comportamento dos alunos e ao mesmo tempo a maneira como a professora regente ministrava suas aulas. A aula de regência sucedeu-se no dia 10 de maio com os acadêmicos, Adriane Viana Lima e Alexander das Neves Simas e teve como conteúdo: Aldeídos – Identificação, Nomenclatura e Utilização. A regência do acadêmico Francisco Braga de Castro ocorreu no dia 11 de maio na turma de 2º ano do ensino médio, teve como assunto ministrado: Diluição de soluções. Na regência foram utilizados recursos tecnológicos como notebook e projetor multimídia, além do pincel e quadro branco. As regências mostraram que ministrar uma aula usando ferramentas do cotidiano do aluno, e ao mesmo tempo questionando estes quanto os fenômenos químicos que acontecem põe em prática o professor e os estudantes como um auxiliador da construção do pensamento. Essa metodologia se apresentou bastante válida durante as aulas, já que estas se tornavam mais participativas e, portanto, menos cansativas.

Resultado e discussão

Em seguida vai ser apresentada apenas a caracterização da turma do 3ºano 1, pois foi à turma, como já foi referido, em que a prática de ensino ocorreu maioritariamente. A turma era constituída por 41 alunos, entre meninos e meninas, e a média de idades dos seus alunos e de 17,5 anos. São excelentes alunos para se trabalhar, apresentavam um bom comportamento diante as aulas ministradas, porém um pouco barulhentos. Os alunos eram bastante participativos e mostravam interesse, pois sempre faziam os exercícios propostos e prestavam atenção nas aulas. Os pontos positivos da professora estavam em sua postura séria e segura, além do domínio de sala e atenção redobrada nas aulas ministradas, pois em momentos necessários ela interrompia a aula para chamar a atenção de alunos distraídos. Outro ponto interessante era sua comunicação, que permitia a participação destes alunos durante as aulas, além de descontrair as turmas com acontecimentos do cotidiano do aluno com a temática trabalhada em sala de aula para não tornar a aula tão estressante e monótona. A professora leciona suas aulas através de aulas expositivas, intercaladas com atividades desenvolvidas em grupos ou individual. Os recursos mais utilizados são pincel, lousa, livro didático e atividades extras. A averiguação da aprendizagem do discente é feita pela observação das atividades feitas e através de testes avaliativos. Uma preocupação da professora está na aprovação dos alunos nos vestibulares. Livro serve como apoio, sendo que no fim de cada capítulo é apresentada uma lista com questões dos vestibulares de universidades conceituadas. Isso mostra a relevância do conteúdo ministrado, e de certa forma serve como incentivo para que os alunos dediquem-se ao aprendizado.

Figura 1

Estagiários em sala de aula durante a regência.

Figura 2

Professora regente em reunião com estagiários do curso de Licenciatura em Química.

Conclusões

As atividades desenvolvidas na Escola Estadual Senador João Bosco durante o estágio foram bastante promissoras para o processo de formação acadêmica e profissional, pois tanto as aulas práticas, quanto as outras atividades curriculares, deram- nos uma visão muito clara do que é a docência, a importância de uma boa formação, e vislumbraram algumas dificuldades que permeia o ambiente de ensino, porém nos dão embasamentos para enfrentá-las.

Agradecimentos

Em primeiro lugar a Deus. A Escola Estadual Senador João Bosco. A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em especial ao departamento de Química.

Referências

MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário. Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011. Disponível em:http://www.iesbpreve.com.br/base.asp? pag=noticiaintegra.asp&IDNoticia=1259. Acesso em: 03 de junho de 2016.
BRASIL. Lei nº 9394, 1996. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 2013. Brasilia: Ed. Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2013.