Autores

Silveira, R. (FAMETRO) ; Lima, F. (FAMETRO) ; Oliveira, J. (FAMETRO) ; Solart, E. (FAMETRO)

Resumo

A pesquisa visou conhecer o Projeto Político Pedagógico da Escola no que diz respeito às disciplinas da área de química. Foram aplicados questionários aos alunos, uma escola da rede pública estadual de ensino, Presidente Castelo Branco, situada no bairro São Jorge, em Manaus, Amazonas. Diante da análise dos questionários e a discussão com os professores pode-se verificar certa ansiedade da parte dos alunos em aprender de forma mais prática as disciplinas. Os resultados da pesquisa indicam que há uma dificuldade no ensino não pelo desinteresse dos professores, mas sim pela falta de prática e qualidade do ensino, e assimilação dos alunos em seu dia-a-dia.

Palavras chaves

Problemas educacionais; Ensino de Química; Ensino e aprendizagem

Introdução

Durante anos, houve várias discussões e desafios para alcançarem um futuro melhor para o ensino básico na sociedade brasileira. Atualmente, diante de tantos avanços tecnológicos na educação, houve grandes dificuldades e problemas das escolas públicas terem acesso a esses recursos para o ensino-aprendizagem de seus alunos. Além disso, é complicado para os professores terem o mínimo de atenção aos alunos em sala de aula utilizando apenas métodos tradicionais, principalmente quando se fala em química, uma das matérias que mais os discentes têm dificuldades na aprendizagem no ensino médio. Há uma falta de inovação, contextualização e adaptação para que os professores tirem as limitações dos alunos no ensino de química, para que esses também possam associar os conteúdos ministrados em sala de aula no seu dia a dia. O projeto visa conhecer a problemática em escolas públicas, tanto na qualidade quanto na quantidade do ensino. Diante da pesquisa de campo tivemos conhecimento de alguns pontos relatados em uma das escolas estaduais de Manaus, quanto à estrutura que gera uma das dificuldades, tanto aos alunos quanto aos professores, como sala de multimídia em desuso, pois a mesma, não está bem preparada a receber alunos, laboratório que muitos alunos não podem usar, não tendo uma prática diária. O trabalho tem como objetivo as problemáticas no ensino de química na escola visitada, tentando apontar uma melhoria do ensino com a utilização de materiais alternativos, pois cada professor escolhe seu melhor método de ensino, na visão do mesmo sendo um professor/educador apaixonado e dedicado por sua profissão. Assim, o ensino de química é útil para o aluno, pois o mesmo adquiri o conhecimento dos métodos científicos para resolver problemas do cotidiano, para sobreviver à sociedade.

Material e métodos

A pesquisa foi desenvolvida por alunos do Curso de Licenciatura em Química da Faculdade metropolitana de Manaus, AM. Inicialmente foi elaborado um questionário com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Escolheu-se a escola da rede pública, E.E Presidente Castelo Branco sendo aplicado o questionário no ensino médio do 1º e 3º ano. Sendo solicitado aos alunos da instituição que respondessem o questionário que continha cinco questões objetivas. As questões buscavam conhecer o Projeto Político Pedagógico da instituição e dos professores com os alunos além de saber dos problemas confrontados no ensino de química pelos educandos. Após a coleta de dados, os mesmos foram registrados e analisados.

Resultado e discussão

Os resultados foram analisados e apresentados em gráficos que mostram as dificuldades dos alunos e professores dentro da sala de aula, e sua porcentagem dos problemas enfrentados mediante suas realidades, problemas que afetam o desempenho do aluno, a falta de interesse, interação aluno/professor, ensino de qualidade e até mesmo a vontade do aluno comparecer na escola, tudo isso acaba afetando o ensino e aprendizagem de cada aluno. Quando se valorizam a construção de conhecimentos químicos pelo aluno e a ampliação do processo ensino -aprendizagem ao cotidiano, aliadas a práticas de pesquisa experimental e ao exercício da cidadania, como veículo contextualizador e humanizador, na verdade está se praticando a Educação Química. Trata-se de formar o cidadão-aluno para sobreviver e atuar de forma responsável e comprometida nesta sociedade científico-tecnológica, na qual a Química aparece como relevante instrumento para investigação, produção de bens e desenvolvimento socioeconômico e interfere diretamente no cotidiano das pessoas. (MARTINS; SANTA MARIA; AGUIAR, 2002, p.18). Os professores afirmam que a culpa do fracasso escolar se deve ao sistema educacional. As instalações desfavorecem o interesse do aluno e também dificultam as atividades de ensino, destacando a presença de um laboratório para aulas práticas (não utilizado em algumas turmas de ensino médio), geralmente ausentes em muitas escolas da rede estadual, e também alguns professores relatam suas dificuldades enquanto ao ensino, pois formar cidadãos para vida inteira, formar um cidadão com caráter e dignidade não é fácil, já outros não se preocupam com os alunos.

Gráficos das Questões de 01 a 04

Resultados obtidos nas questões de 01 a 04 do questionário aplicado na Escola Estadual Presidente Castelo Branco.

Gráfico da Questão 05

Resultados obtidos na questão 05 do questionário aplicado na Escola Estadual Presidente Castelo Branco.

Conclusões

A partir dos PROBLEMAS EDUCACIONAIS CONFRONTADOS POR ALUNOS DA REDE PÚBLICA DA CIDADE DE MANAUS, observou-se que há um déficit e que, segundo a opinião dos professores da escola isso se deve ao sistema educacional. Há maneiras mais eficazes de transmitir o conhecimento que são nas melhorias das escolas, nos métodos didáticos e tecnológicos, ou até mesmo métodos cotidianos, entretanto os alunos não tem acesso aos métodos tecnológicos, técnicas, laboratórios e materiais didáticos necessários para a realização dessas atividades.

Agradecimentos

Agradecemos a todos os envolvidos nesta pesquisa, que teve como foco o estudo da problemática no ensino de química. E também ao SIMPEQUI.

Referências

MARTINS, A. B.; SANTA MARIA, L. C.; AGUIAR, M. R. M. P., As drogas no ensino de química. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 18, p. 18-21, 2003.

RICHETTI, G. P; FILHO, J. P. A. Automedicação: um tema social para o Ensino de Química na perspectiva da Alfabetização Científica e Tecnológica. Alexandria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.2, n.1, p. 85-108, mar. 2009.