Autores
Silva, N.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Santana, G.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Pessoa Junior, E.S.F. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)
Resumo
O conteúdo de estequiometria de soluções químicas é muito temido pela maioria dos alunos do ensino médio. Alguns trabalhos mostram que o uso de softwares educativos podem minimizar esse fato, auxiliando o processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, o presente trabalho utilizou softwares de simulação em consórcio com as aulas teóricas do professor, visando verificar o nível de aprendizagem dos alunos. A simulação dos fenômenos microscópicos com os softwares auxiliou os alunos a fixar os cálculos estequiométricos utilizados na preparação de soluções aquosas, bem como entender os princípios da estequiometria de reação. Portanto, os softwares podem ser uma alternativa para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem de estequiometria de soluções.
Palavras chaves
Ensino de Química; Estequiometria de soluçõe; Softwares PhET
Introdução
Geralmente, as aulas de estequiometria de soluções é uma articulação entre representação simbólica (símbolos, números, fórmulas, equações e estruturas) com a experimentação (representação macroscópica). Entretanto, a experimentação não é uma tarefa fácil de ser desenvolvida nas escolas da rede pública estadual, devido à falta de estrutura e reagentes (MACHADO 2005). Nesse contexto, as ferramentas de busca na Web são uma boa alternativa para aquisição de softwares educativos (GIORDAN, 1998; GIORDAN e MELLO, 2000; GIORNAN, 2005; FERREIRA, 1998; EICHLER e DEL PINO, 1999). A utilização de softwares educativos permite a construção de modelos de moléculas e situações práticas sem o consumo de reagentes. Uma das grandes vantagens da modelização no ensino de Química é que permite ao aluno explicitar suas próprias concepções (VIEIRA, 1997; ESQUEMBRE, 2002; RIBEIRO e GRECA, 2003. O PhET, é um portal bastante conhecido, que disponibiliza uma gama de simuladores de Química de maneira gratuita. Os softwares de simulação, foram utilizados como uma ferramenta auxiliar, no processo de ensino-aprendizagem estequiometria de soluções. Uma das vantagens dessa ferramenta, é que por meio da simulação é possível fazer uma correlação entre o mundo real, modelo macroscópico e linguagem simbólica da Química. Nesse contexto, o referido trabalho, objetivou a utilização dos softwares de simulação, como ferramenta facilitadora do processo de ensino e aprendizagem do conteúdo de estequiometria e soluções químicas.
Material e métodos
Este trabalho foi desenvolvido por meio da Pesquisa de Campo, no período 15 de Abril a 21 de Maio de 2015, em uma Escola Estadual no Município de Tefé. A quantidade de 12 alunos foi escolhida de forma aleatória, em uma turma de 2º ano com o total de 30 alunos. A análise dos dados foi realizada de forma qualitativa, contudo, apropriou-se de dados quantitativos (GIL, 2002). E com o intuito de estimular o interesse dos alunos pela Química, e facilitar a transmissão do conteúdo pelo professor, foi articulado uma estratégia, em que o mesmo ministrasse uma aula teórica de estequiometria de soluções químicas, na sala de aula, com o auxílio dos softwares educativos sugar-and-salt-solutions_pt_BR, e concentration_pt_BR, disponibilizados gratuitamente no portal do PhET. Antes de começar o conteúdo teórico, o professor fez uma demonstração prática da preparação de uma solução de cloreto de sódio, e questionou os alunos no tocante do entendimento microscópico do comportamento dos cátions e ânions e sua dissolução. Em seguida os conceitos teóricos foram introduzidos em consórcio da exposição do simulador. Vale ressaltar que os alunos são do período noturno e que não manipularam os softwares na sala de aula, somente o professor que projetava para a turma com o auxílio de um projetor multimídia. O conteúdo de estequiometria de soluções químicas foi desenvolvido em quatro aulas de 40 min, nesse período também foi realizado resoluções de exercícios de fixação. Após o termino do conteúdo houver aplicação do teste para avaliar o rendimento dos alunos amostrados. O teste foi feito com uma questão objetiva e duas questões abertas para resolução de estequiometria de soluções químicas.
Resultado e discussão
O percentual de acertos do teste para verificação da aprendizagem do conteúdo de estequiometria de soluções, mostrou que de 84% dos alunos, acertaram mais da metade do teste, e somente 8% teve resultado negativo. Resultados semelhantes foram obtidos por Pinheiro, Pessoa Jr e Araújo (2015) e Mendes, Santana e Pessoa Jr (2015), com a utilização de softwares de simulação no ensino de cálculo estequiométrico e estequiometria de soluções. Entretanto, a pesquisa dos referidos autores comparou os rendimentos obtidos por alunos que tiveram aulas com e sem a utilização dos softwares.
Um dos entraveis no ensino de Química, para alunos do ensino médio e até mesmo do nível superior, está no fato do entendimento efetivo da dinâmica da simbologia da química com os fenômenos macroscópicos (fenômenos experimentais visíveis) e microscópico (modelos de representações teóricas). A grande dificuldade do assunto de estequiometria de soluções, permeia nos três níveis de representações do ensino, bem como do entendimento de equações matemáticas, que expressam o fenômeno experimental. Com isso, foi verificado que o modelo de representação microscópica, dos fenômenos de preparação de soluções e cálculo de concentrações, apresentados pelos softwares do PhET, ajudaram os alunos na compreensão e fixação do assunto. Nesse contexto, Vicinguera (2002) complementa que por meio da simulação do software as pessoas constroem modelos mentais das ocorrências e dos objetos com os quais estão se relacionando, e depois conseguem experimentar as diferentes possibilidades dentro destas construções imaginárias.
Conclusões
Os softwares de simulação são uma ferramenta importante, tanto para o professor quando para o aluno, no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que esses recursos simula as aulas práticas de forma dinâmica, facilitando para professor explicar as interlocuções dos aspectos macroscópicos, microscópicos e simbólicos.
Agradecimentos
Referências
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GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
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