Autores

Santos, A.B.A. (FAMETRO) ; Silva, E.C.C. (FAMETRO)

Resumo

Nos dias atuais, o Ensino Médio é de extrema importância na formação de cidadãos conscientes e responsáveis para sociedade. Os professores tem o papel de preparar os alunos, de acordo com o ambiente em que se está inserido. Muitos alunos afirmam que a disciplina é muito teórica e de difícil compreensão, de forma que não conseguem contextualizar o assunto com o seu cotidiano. Dessa forma, esse trabalho busca aproximar a disciplina e o aluno por intermédio de práticas experimentais como ferramenta didática no ensino. Os experimentos contaram com materiais alternativos, tendo como objetivo de motivá-los a aprenderem a Química de forma agradável, visando os experimentos relacionar a teoria do conteúdo abordado com a prática de forma significativa, investigativa para construção do conhecimento.

Palavras chaves

Ensino de Química; Experimentação; Materiais alternativos

Introdução

O processo de ensino e aprendizagem em química é de suma importância e responsabilidade do professor. Nesse sentido, o aluno necessita de uma formação sólida, que lhe dê condições de compreender os fenômenos ao seu redor e tenha como solucionar problemas do seu cotidiano. Por isso, experimentos no laboratório provêm oportunidades para o desenvolvimento de trabalhos em grupo, aprendizado por intermédio do questionamento do mundo ao redor, sendo os primeiros contatos com os equipamentos laboratoriais e tecnológicos (LUCAS, 2013). No ensino de quimica, a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação. A experimentação se explica por diversos motivos interligados à estrutura da ciência, à Psicopedagogia, à Didática específica, à reformulação conceitual entre outros, sendo considerada ferramenta para o ensino e aprendizagem de Química (SCHWAHN & OAIGEN, 2009). No ensino de Química, atividade experimentação deve somar para o entendimento e compreensão dos conceitos químicos, podendo dividir em duas atividades: sendo a teoria e a prática, uma vez que esse conjunto esteja interligado com materiais do cotidiano do aluno e lhe proporcione conhecimento dos conceitos químicos ao seu redor (CASTRO, 2012). Visando contribuir com o ensino de Química, esse trabalho propõe desenvolver uma proposta por meio da experimentação para facilitar o ensino de Química aos alunos do Ensino Médio, propagando de forma abrangente e prazerosa a ação da Química dentro do cotidiano dos alunos, de modo a despertar a curiosidade dos mesmos para a formulação de conceitos e soluções de problemas encontrados no seu dia a dia.

Material e métodos

O projeto foi realizado na Escola Estadual Senador Petrônio Portella, localizada na Cidade de Manaus, com as turmas do primeiro e segundo ano do ensino médio, com cerca de 160 alunos aproximadamente, sendo 80 alunos do primeiro ano (A e B), e 80 alunos do segundo ano (C e D). A proposta do projeto foi analisar os alunos com um questionário sondagem sobre o tipo de metodologia desenvolvida em sala de aula, e propor com base nessa análise uma metodologia que contextualizasse o assunto abordado em sala, utilizando materiais do cotidiano, portanto de fácil acesso para o aluno e para o professor. Assim optou-se pela realização de experiências químicas que explorassem a investigação, curiosidade humana, para incentivar a aprendizagem. Após a escolha do método a ser utilizado, explanou-se uma aula teórica nas turmas do primeiro ano (A e B) com o assunto de Ácidos e Bases e com as turmas do segundo ano (C e D) com Titulação ácida e básica. A aula experimental foi executada apenas nas turmas A (primeiro ano) e C (segundo ano), uma vez que a análise dos resultados estariam baseados em comparações dos mesmos questionários após aula teórica e experimental para todas as turmas, visando observar a aprendizagem significativa dos alunos. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Química da Escola, o primeiro ano com Identificação de substâncias ácidas e básicas por meio de indicador natural do extrato aquoso de Brassica oleracea var capitata (repolho roxo), e para o segundo ano, Titulação ácido-base utilizando fenolftaleína como indicador.

Resultado e discussão

Os resultados que se observou dos questionários sondagem mostrou que tanto os alunos dos primeiros e segundos anos gostam da metodologia utilizada pela professora da disciplina mais, sentem dificuldades em compreender melhor os conteúdos abordados e relacioná-los com seu cotidiano (Figura 1). Um dos recursos mais apontados pelo interesse dos alunos foram as aulas experimentais (Figura 2). Nas aulas teóricas de forma aplicada tradicionalmente em todas as turmas, observou-se muito pouco interesse e motivação. De acordo com Silva (2011), a lousa continua sendo o recurso mais utilizado nas escolas. Porém a utilização apenas desse recurso não consegue chegar alcançar os objetivos recomendados por diferentes disciplinas. Com isto, o professor tem a competência de ser um agente motivador e respeitar as diferenças dos alunos, quer pelas metodologias aplicadas, quer pelos recursos utilizados, quer pelos instrumentos de avaliação. O contrário observou-se durante as aulas experimentais nas turmas A e C onde os alunos foram participativos e interessados, mostrando assim que o aluno deve ser estimulado de alguma forma para sua aprendizagem (Figura 3). As respostas dos questionários pós aula e experimento também refletiram que uma metodologia diferenciada auxilia no ensino aprendizagem, facilitando assim a assimilação do conteúdo (Figura 4).

Imagem 1

Questionário ante e pós experimental

Imagem 2

Questionário pós experimento

Conclusões

A utilização de experimentos estimulou o interesse ao aprendizado, fazendo com que os alunos comecem a explorar a parte emocional e racional, além de contextualizar os diferentes conteúdos, entretanto quando esse recurso é utilizado de forma inadequada não tem aproveitamento nenhum no processo de ensino. Dessa forma, por meio da experimentação, grande parte dos alunos se sentiu motivado a estudar, isso se deve pelo fato que a metodologia proposta oferece aos alunos a chance de observar, aprender e criar seus próprios conceitos.

Agradecimentos

Faculdade Metropolitana de Manaus, Curso de Licenciatura em Química, Escola Estadual Senador Petrônio Portella.

Referências

CASTRO, CAMILA LIMA & ARAÚJO, SANDRA CRISTINA MARQUEZ. UMA PROPOSTA DE EXPERIMENTOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS A PARTIR DA ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO. XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X EDUQUI). Salvador, BA, Brasil – 2012.
LUCAS, M.; CHIARELLO, L. M.; SILVA, A. R.; BARCELLOS, I. O. . INDICADOR NATURAL COMO MATERIAL INSTITUCIONAL PARA O ENSINO DE QUÍMICA. EXPERIÊNCIAS EM ENSINO DE CIÊNCIAS (UFRGS), v. 7, p. 86-96, 2013.
SCHWAHN, M. C. A. E OAIGEN, E. R.; OBJETIVOS PARA O USO DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: A VISÃO DE UM GRUPO DE LICENCIANDOS. Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, 2009.
SILVA, F. S. S; MORAIS, L. J. O.; CUNHA, I. P. R. DIFICULDADES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM MINISTRAR AULAS PRÁTICAS EM ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ. Revista UNI. Imperatriz (MA), 2011