Autores
Freitas Moraes, P. (IFAM/CAMPUS MAUÉS) ; da Silva Souza, A. (IFAM/CAMPUS MAUÉS) ; Cardoso Ferreira, R. (IFAM/CAMPUS MAUÉS) ; de Souza Chaves, W.R. (IFAM/CAMPUS MAUÉS) ; de Oliveira Cruz, F. (MAUÉS)
Resumo
Visando desenvolver uma atividade que integrem as novas Tecnologias de Informação e Comunicação aplicadas ao ensino de Química, o artigo relata o desenvolvimento de um banco de dados, utilizando o software Delphi 7 e Interbase no ensino FUNÇÕES INORGÂNICAS E SUAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS. Pressupondo-se que a utilização desse recurso desenvolve um novo horizonte na educação e cria formas de aprendizagem, elaboramos uma atividade interativa entre as disciplinas Química e Lógica de Programação I, no Curso Técnico Integrado em Informática-IFAM/CMA. Essa interação demonstra que uma abordagem construcionista pode aprimorar a condição de aprendizagem em uma disciplina, fazendo com que o estudo de funções inorgânicas possa ser trabalhado de uma forma diferente e interacional com o educando.
Palavras chaves
SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS; SOFTWARE EDUCACIONAL; FERRAMENTAS DE ENSINO
Introdução
A tecnologia chegou à escola, mas de forma geral, a prática pedagógica continua sendo a mesma. As novas tecnologias são utilizadas simplesmente para apresentar o conteúdo, sem criar novas formas de aprendizagem, que desafiem o educando. Para desenvolver esses materiais, o educador precisa levar em conta que a sua atividade não se restringe à sua atuação no âmbito da sala de aula, mas inclui aspectos de organização e de manejo de relações humanas no contexto escolar, tendo em vista o caráter socializador da educação (COLL, 1996). O uso do computador na escola deve permitir ao educando a disseminação e aplicação dos conhecimentos. Buscando desenvolver no aluno do Curso Técnico em Informática uma aprendizagem das propriedades físico-químicas de substâncias inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos) apresentamos uma prática o qual instigasse o aluno a buscar, materializar e armazenar com concernência o conteúdo proposto. Utilizamos o Interbase para armazenar as informações das substâncias inorgânicas e o Delphi 7 para desenvolver layout do sistema educacional, de forma simples, interativa e gratuita.
Material e métodos
Para facilitar o aprendizado de Funções Inorgânicas e suas propriedades físico-químicas, os alunos do Curso de Informática–IFAM/CMA desenvolveram um software em Delphi 7, plataforma para programas ou aplicativos interativos, o qual foi instalado nos computadores do Laboratório de Informática do campus, podendo ser copiados em máquinas particulares. O sistema utilizou o SQL (BANCO DE DADOS) no Interbase para armazenar informações e o Delphi 7 para desenvolver o layout do sistema. Foi necessária a instalação completa ou uma máquina que possua esse software para executar e utilizar a plataforma, inserir label, edit, panel, groupbox, combobox, main menu e finalmente criar um layout do sistema de substâncias inorgânicas. O software desenvolvido pelo aluno permite cadastrar, salvar, alterar e excluir substâncias, apresentando no MENU PRINCIPAL a nomenclatura, fórmula, função inorgânica (se ácido, base, sal ou óxido), propriedades físico-químicas e aplicações, que podem ser cadastradas pelo usuário, permitindo a produção de seu conhecimento através de uma pesquisa seletiva na própria internet. Considerando que não há limitações quanto ao cadastro de substâncias, o software foi utilizado nas turmas de 1° ano do referido curso, após o estudo de funções inorgânicas, como atividade avaliativa individual, onde foi estabelecido o tempo de duas aulas de Química (100 minutos) para o cadastro do maior número de substâncias inorgânicas, bem como todas as informações exibidas no menu principal. Nessa etapa os alunos pesquisaram em livro ou sites que os auxiliassem no armazenamento de banco de dados. Como afirma Sancho apud Mercado (2002, p. 133), o ritmo acelerado de inovações pedagógicas exige um sistema educacional capaz de estimular nos estudantes o interesse pela aprendizagem.
Resultado e discussão
A ideia do ensino despertado pelo interesse do estudante passou a ser um
desafio à competência do docente. O interesse daquele que aprende passou a
ser uma força motora do processo de aprendizagem, e o professor, o gerador
de situações estimuladoras para aprendizagem. É nesse contexto que o sistema
aplicado aos 62 alunos, das turmas de 1° ano, foi utilizado como uma
ferramenta avaliativa e auxiliar no ensino-aprendizagem, permitindo aos
usuários a possibilidade de desenvolver pesquisa de forma motivadora. O
software educativo “é uma dessas ferramentas privilegiadas que podem
integrar favoravelmente o projeto pedagógico da escola, ampliando a
efetividade do processo ensino-aprendizagem” (OLIVEIRA, 2001, p. 87). Ao
final da atividade avaliativa, o aluno definiu o software como facilitador
de sua aprendizagem. Tais características nos levam a concluir que o
software contribuiu na melhoria do rendimento e aprendizado dos conceitos
relacionados às substâncias inorgânicas.
Conclusões
A utilização do recurso das Tecnologias de Informação e Comunicação na educação contribuiu de forma significativa no processo de ensino aprendizagem do conteúdo de Química e ainda permitiu que o aluno do curso Técnico em Informática- IFAM/CMA fosse o agente desse processo. Além de trazer vantagens sobre uma aula expositiva tradicional e, desta forma, configura-se como uma ferramenta didático-computacional complementar que pode melhorar a qualidade do ensino de Química, favorecendo a comunicação, a cooperação e colaboração entre professores e alunos, tornando esta nova maneira mais divertida.
Agradecimentos
Referências
COLL, Cesar, Palacios, J. e Marchesi, A. (org) Desenvolvimento Psicológico e Educação. Psicologia da Educação. Vol.2. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
OLIVEIRA, Celina Couto. Ambientes informatizados de aprendizagem: Produção e avaliação de software educativo. Campinas, SP: Papirus, 2001.
MERCADO, Luis Paulo Leopoldo (Org.). Novas tecnologias na educação: Reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 2002.
SANCHO, Juana. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: ArtMed, 1998.