Autores
Braga, E.M. (INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ) ; Figueira, A.C. (INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ) ; Sales, A.L. (INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ) ; Andrade, E.M.B. (INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ)
Resumo
Este teve o objetivo de investigar quais as competências necessárias para atuação docente, na visão dos acadêmicos, sendo realizado no 5o semestre do Curso de Licenciatura em Química, durante as aulas de Oficina Pedagógica. Em que participaram de uma dinâmica, desenhando a mão e dentro dela as competências necessárias para atuação docente. Realizou-se uma comparação destas concepções com as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE 8/2002). Sendo que as competências mais citadas foram ter domínio do conteúdo e saber ensinar, correspondendo a 24% das respostas. Os acadêmicos entrevistados apresentam compreensão satisfatória a respeito das competências, o que traduz uma formação consolidada, para atuação na futura profissão.
Palavras chaves
Formação docente; Oficina pedagógica; Química
Introdução
Este trabalho retrata uma pesquisa realizada com um grupo de acadêmicos do curso de Licenciatura em Química, e teve o objetivo de investigar como eles concebem as competências necessárias para atuação docente. De acordo com Perrenoud (2002), a noção de competência mantém um importante vínculo com a ideia de conteúdos disciplinares abordados por meio do exercício de atividades concretas, apresentando esse caráter mediador, que possibilitem desenvolver competências básicas como, por exemplo, a capacidade de colaborar e trabalhar em equipe, de projetar o novo, de criar em um cenário de problemas, valores e circunstâncias no qual somos lançados e que devemos agir solidariamente. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Licenciatura em Química, as competências docentes estão relacionadas com: formação pessoal; compreensão da Química; busca de informação; ensino da Química e profissão. Sendo que, cada um destes aspectos aborda diversas competências inerentes a profissão docente.
Material e métodos
Esta pesquisa foi realizada com acadêmicos do 5o semestre do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá, durante as aulas de Oficina Pedagógica. Inicialmente os acadêmicos participaram de uma dinâmica, desenhando a mão, dentro dela escreveram as competências que achavam ser necessárias para atuação do docente de química e fora da mão as dificuldades para o pleno exercício para profissão. Posteriormente foi realizado um estudo comparativo das concepções dos acadêmicos a respeito das competências do Licenciado em Química com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Licenciatura em Química (Resolução CNE/CES n 8o, de 11 março de 2002). Ao final deste trabalho foi feita a reflexão sobre competência na escola, utilizando como instrumento um vídeo que aborda as dez competências de Perrenoud e as atitudes que um professor deve ter para desempenhar adequadamente a sua função.
Resultado e discussão
Os resultados mostraram que apesar dos acadêmicos não terem citado nos seus
desenhos de suas mãos todas as competências existentes nas Diretrizes
Curriculares, de maneira geral (Figura 1), há uma compreensão adequada
destes a respeito das competências inerentes a profissão, tendo em vista
que todas as competências citadas na dinâmicas são contempladas nas
Diretrizes.
A competência necessária para atuação docente mais citada pelos
acadêmicos foi ter domínio do conteúdo e saber ensinar, correspondendo a 24%
das respostas. Também foram citadas as seguintes competências:
Contextualizar; buscar formação continuada; realizar de experimentos; ser
criativo; ser reflexivo da própria prática docente; trabalhar em conjunto;
motivador; saber planejar; trabalhar com o lúdico; ter compromisso; ser
flexível; ter didática e ser determinado.
Assim, notou-se que os acadêmicos entrevistados apresentam compreensão
satisfatória a respeito das competências que irão necessitar após a sua
formação, o que traduz uma formação consolidada, para atuação na futura
profissão.
Competências citadas pelos acadêmicos. Fonte: Adriana Lucena.
Conclusões
Este mostrou que os futuros docentes possuem conhecimentos básicos sobre as principais atribuições e responsabilidades indispensáveis na profissão. Vale salientar que, o pleno exercício das competências e habilidades previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Química só será possível se o sistema educacional investir em melhores salários, recursos, e uma formação continuada inserida no projeto pedagógico que propicie a cooperação entre os(as) professores(as) e a universidade e contribua para a discussão dos conteúdos de química, metodologia e avaliação.
Agradecimentos
Referências
BRASIL, Resolução CNE/CES 8, de 11 de março de 2002. Diretrizes Curriculares para os cursos de Química Bacharelado e Licenciatura Plena.
PERRENOUD, P; THURLER, M. G; MACEDO, L; MACHADO, N. J; ALLESSANDRINI, C. D. 2002. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Editora Artmed: Porto Alegre, 176p.