Autores
Silva, A.M. (UFC) ; Silva, M.G.J.B. (UFC)
Resumo
O lúdico, é de grande relevância para a educação e apresenta novos conceitos e desafios para que o professor possa desenvolver em sala de aula. As atividades lúdicas, no ensino de química, é um dos novos paradigmas para os professores, uma nova ruptura de conhecimento, para que saiam do tradicionalismo da sala de aula e do laboratório de química. Para melhor comprovar isso, foram selecionados alguns jogos online e depois escolhidos três jogos para serem aplicados em três salas do 1º Ano do ensino médio. Foi aplicado um questionário para os professores, e depois para os alunos, em seguida uma pequena teoria sobre o assunto, e aplicação do recurso lúdico e o segundo questionário para os alunos. A pesquisa foi realizada na Escola Liceu de Baturité Domingos Sávio, em Baturité-CE.
Palavras chaves
Lúdico; Ensino de Química; Aprendizagem
Introdução
A educação passa por um aperfeiçoamento de novas técnicas didáticas consistindo numa prática inovadora e prazerosa. Dentre essas técnicas temos o lúdico, que é a brincadeira e/ou jogo direcionado para a educação, sendo mais um recurso didático e dinâmico que garante resultados eficazes na educação, apesar de exigir extremo planejamento e cuidado na execução da atividade elaborada. O brincar é uma atividade lúdica trabalhada pelos professores, pois estimula as várias inteligências múltiplas, permitindo que o educando se envolva em tudo que esteja realizando, assim sendo uma pessoa ativa em todo o processo de ensino-aprendizagem. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão (ALMEIDA, 2009). O educador pode desenvolver atividades que sejam divertidas e assim há uma interação entre os alunos e o professor numa aula diferenciada e criativa. O interesse pelo lúdico na educação vai além da importância de ter um melhor ensino, e que possa sair dos conceitos tradicionais, onde o aluno não mostra nenhum interesse pelo estudo, e vá para um ensino transformador, portanto o aluno participa diretamente da sua aprendizagem, sempre motivado e buscando novos conhecimentos, provocando uma aprendizagem significativa que ocorre gradativamente e inconscientemente de forma natural, tornando-se um grande aliado aos professores na caminhada para bons resultados. Oliveira (2000) defende o ponto de que o brincar não significa apenas recrear, mas sim desenvolver-se integralmente. Brougère (2000) afirma que brincar é visto como um mecanismo psicológico que garante ao sujeito manter certa distância em relação ao real. Através do lúdico o educador pode desenvolver atividades que sejam divertidas e que ensine os alunos a discernir valores.
Material e métodos
A aplicação desta pesquisa desenvolveu-se na Escola Liceu de Baturité Domingos Sávio, Baturité-CE, no 1º Ano do Ensino Médio, em três turmas (cada com 25 alunos), com um jogo distinto para cada turma. Antes da aplicação dos jogos, explicou-se aos alunos como a metodologia seria desenvolvida e fez aplicação do primeiro questionário. A seguir aplicou os seguintes jogos: a) Jogo de Química Ambiental, b) Jogo de Nomes e Símbolos dos Elementos Químicos, c) Jogo de Adivinhas sobre a Tabela Periódica. Após aplicação de um jogo por turma, aplicou-se o questionário 2. Também foi aplicado um questionário para 8 (oito) professores de Química.
Resultado e discussão
Antes da utilização dos jogos foi aplicado o primeiro questionário para saber
de algumas informações. Os alunos muitas vezes não conseguem aprender o
conteúdo, e uma das maiores causas é a desmotivação e assim geram as notas
baixas. Nas turmas analisadas, 67% dos alunos responderam que são motivados a
compreender o conteúdo (fig.1). Já os 33% não se sentem motivados a estudar
química, por vários motivos, o desinteresse pela a disciplina, não consegue
compreender o assunto. Como esperado, a maioria dos alunos, não sabe o que é
lúdico, representando assim 89% dos alunos e apenas 11% diz que sabe o que é
(fig.2). Os 71% dos alunos acreditam aprender Química através dos jogos no
computador, e 29% acreditam que não (fig.2). Após a aplicação dos jogos, os
alunos foram submetidos a um segundo questionário e os alunos começaram a ver
a química de uma forma mais divertida, e de uma forma diferente e presente
diariamente na vida deles, e que pode ir além da sala de aula. Assim 80% dos
alunos que participaram gostaram e mudaram a sua visão sobre a disciplina, que
ela vai muito além da sala de aula e começará a se interessar mais pela
disciplina. E para 20%, o jogo não influenciou nada na aprendizagem. Para a
realização da pesquisa, foi aplicado um questionário com os professores de
química, com o propósito de avaliar a metodologia que eles utilizam na sala
de aula. Assim 62% dos professores sabem o que é lúdico e pratica nas suas
aulas e 38% não utiliza. Com a aplicação dos recursos lúdicos, jogos, na
Escola Liceu de Baturité Domingos Sávio, obteve um grande interesse dos
alunos, com participação de 100% dos alunos, interagindo, atentos em todos os
processos de explicação do conteúdo e de como o jogo era jogado, procurando
tirar dúvidas.
Motivação do aluno para estudar Química
Desenvolvimento do lúdico no Ensino de Química.
Conclusões
O presente trabalho apresenta resultados satisfatórios do lúdico no processo de aprendizagem do educando, tendo sido possível revelar que a ludicidade é de uma extrema importância para o ensino de química, contribuindo para diversos desenvolvimentos e inteligências múltiplas do ser. Portanto, a ludicidade traz uma nova metodologia para sala de aula conduzida no processo de ensino- aprendizagem onde o educador tem um papel fundamental no desenvolvimento estudantil, assim interagindo positivamente com o educando.
Agradecimentos
1.Escola Liceu de Baturité Domingos Sávio, em Baturité-CE. 2.Coordenação do Curso de Licenciatura Semipresencial em Química. 3.UFC Virtual.
Referências
ALMEIDA, Anne. Ludicidade como Instrumento Pedagógico. 2009. Disponível em: http://www.cdof.com.br/recrea22.htm. Acesso em: 20 jan. 2016.
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e Cultura. V. 43. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2000.
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.