Autores

Coutinho, L. (IF SUDESTE MG) ; Dias, F.C. (IF SUDESTE MG) ; Linhares, G.T. (IF SUDESTE MG) ; Toledo, T.A. (IF SUDESTE MG) ; Barbosa, D.B. (IF SUDESTE MG)

Resumo

A contextualização do ponto de vista pedagógico para uma maior conscientização da nova geração que está se formando ainda hoje é uma questão a ser discutida. Assuntos relacionados a meio ambiente veem em uma crescente dentro das escolas e faculdades. Um desses problemas ambientais é o descarte incorreto de óleo residual, um problema que engloba lares e industrias, que geralmente está sendo discutido como tema ambiental . Nesse sentindo alunos de uma escola municipal e estadual de Argirita-MG, realizaram uma visita técnica ao IF SUDESTE MG-CAMPUS JF para conhecer o laboratório de química. Com o intuito de tornar a visita dinâmica, alunos do projeto de treinamento profissional I, buscaram desenvolver atividades experimentais utilizando vidrarias de laboratório.

Palavras chaves

Experimentação; Prática pedagógica; Ensino de Química

Introdução

A contextualização do ponto de vista pedagógico para uma maior conscientização de estudantes, ainda hoje é uma questão a ser discutida. Professores discutem a estagnação da educação. A segunda versão dos parâmetros curriculares Nacionais1,sugere a contextualização em prol da formação de um cidadão capaz de saber compreender e se posicionar sobre questões que ultrapassam as salas de aulas. Assuntos relacionados a meio ambiente crescem dentro das salas de aulas de todas as escolas e faculdades, para que a nova geração de estudantes, desenvolva um senso critico2. Pode se inferir que atividades industrias e de consumismo se ligam a problemas ambientais variados podendo assim serem aplicados a diversas matérias3. Um desses problemas ambientais é o descarte incorreto de óleo residual, um problema que engloba lares e industrias. Nesse sentindo alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas de Argirita-MG, realizaram uma visita técnica, para conhecer o Laboratório de Pesquisa e Experimentos em Nanociência do IF SUDESTE MG. Com o intuito de tornar a visita dinâmica, alunos do projeto de treinamento profissional I, buscaram desenvolver alguns experimentos simples e uma aula- demonstrativa sobre produção de sabão utilizando vidrarias de laboratório.

Material e métodos

A visita foi solicitada pela escola estadual, tomando por base que os alunos e a única professora de química da escola não haviam entrado em um laboratório de química e não conheciam vidrarias pessoalmente, apenas por fotos. A contextualização sobre produção de sabão e experimentos simples em laboratório surgiu como oportunidade para se apresentar vias de fácil entendimento, desde o processo de segurança em laboratório, até o processo de realização de sínteses. A visita foi divida em etapas: a primeira, de apresentação do campus, realizada pela professora responsável pelo laboratório, seguida de uma conversa informal sobre química. Após a conversa, os alunos responderam um questionário investigativo,seguido de debate, para enfim participarem das atividades realizadas em laboratório, terminando com um questionário final. O questionário investigativo visou conhecer o cotidiano do aluno e como era desenvolvido o conteúdo ambiental nas matérias. Antes da aula-demonstrativa, foram expostas todas as vidrarias existentes no laboratório, para conhecimento e identificação das funções pelos alunos. Após essa parte, deu-se inicio a demonstração de experimentos como a reação entre bicarbonato e naftalina. Em seguida, realizou-se a produção de sabão com óleo de cozinha. Para esse experimento, foram utilizados soda caustica, água, óleo de cozinha usado, bastão de vidro, béquer, placa aquecedora e agitador magnético, funil e filtro. Após a demonstração os alunos voltaram para a sala e preencheram o questionário final, cujo o objetivo era avaliar o entendimento e comportamento dos alunos perante a atividade desenvolvida.

Resultado e discussão

Em analise aos questionários observou-se que os alunos nunca haviam participado de uma aula demonstrativa, as disciplinas na sua escola eram apenas teóricas, o que dificultava o entendimento.Perguntados o porquê de se estudar química, surgiram respostas de caráter evasivo,expressados sem muita certeza ou conhecimento como por exemplo:Aluno 1:"Para conhecer novos elementos químicos";Aluno 2:"Para conhecer as origens das coisas."A demonstração se mostrou muito satisfatória e apesar dos alunos nunca terem entrado em um laboratório, os mesmos focaram no dialogo, apresentando e respondendo as perguntas.O tema utilizado para a realização da demonstração foi de grande valia, tomando por base que os alunos aprenderam um pouco sobre a realização de experimentos possíveis de realizar sem vidrarias de laboratório e em contrapartida aplicando uma solução para um problema ambiental de grande impacto. Conseguimos observar a contribuição da aula em alguns relatos de alunos:Aluno 3:"Contribui na economia de sabão,que podemos fazer em casa amenizando a poluição.";Aluno 4:"Contribui para a diminuição de resíduos,onde pode reaproveitar diversos materiais, que no caso foi apresentado o óleo de cozinha." Pelo questionário conseguimos observar que a maioria dos alunos praticam algum tipo de reciclagem anteriormente como podemos observar no relato:Aluno 5:'Pode- se reciclar garrafas plásticas para fazer enfeites, latinha dá para fazer cinzeiro, várias outras coisas podem ser recicladas." Em um relatório elaborado pela professora visitante, notou-se a satisfação com a visita técnica e apesar de não terem a mesma estrutura, ela relatou que descobriu novas formas de realizar experimentos com os alunos em sala de aula com materiais cotidianos.

Conclusões

A interação entre visita técnica e atividades experimentais aliadas as questões ambientais e cotidianas mostrou-se importante para mostrar uma interdisciplinaridade, demonstrando a importância da química no cotidiano e estimulando o desenvolvimento do senso crítico. Conclui-se que visitas técnicas podem ser um estimulo e um momento de trocas de experiências e conhecimentos para todos.

Agradecimentos

Aos alunos e professores da Escola Municipal Dr. Custódio Junqueira e Escola Estadual Prof. Luiz Antônio Pires de Souza. Ao Instituto Federal do Sudeste de Minas Gera

Referências

1. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais.2ª versão, 2016
2. MARQUES, C. A.; SILVA, R. M. G.; GONÇALVES, F. P.; FERNANDES, C. S.; SANTIAGO, F. A. 2013. A abordagem de questões ambientais: contribuições de formadores de professores de componentes curriculares da área de ensino de química. Quim. Nova, Vol. 36, No. 4, 600-606.
3. BARBOSA, A.B. e SILVA, R.R. Xampus. Química Nova na Escola, n. 2, p. 3-6, 1995. VERANI, C.N.; GONÇALVES, D.R. e NASCIMENTO, M.G. Sabões e detergentes como tema organizador de aprendizagens no ensino médio. Química Nova na Escola, n. 12, p. 15-19, 2000. ZAGO NETO, O.G. e DEL