Autores

Leal de Castro, D. (IFRJ) ; Guimarães Matheus, G. (IFRJ)

Resumo

O presente trabalho traz um estudo sobre o perfil dos alunos concluintes do curso técnico em química do Instituto Federal do Rio de Janeiro Campus Nilópolis. O objetivo foi conhecer o perfil dos técnicos que estão sendo formados, bem como suas futuras perspectivas de ingresso no mercado de trabalho. O IFRJ atua na formação de jovens e adultos trabalhadores buscando resgatar o direito ao conhecimento e à formação profissional , dando início a um novo processo de formação de trabalhadores críticos, livres e conscientes.Para esta pesquisa, foi utilizado um questionário com 15 perguntas. De acordo com os resultados conclui-se que a maioria dos alunos optou pelo curso técnico em química por aptidões pessoais e disponibilidade no mercado de trabalho.

Palavras chaves

Técnico em Química; Perfil alunos; IFRJ

Introdução

Ao Estudar o perfil dos concluintes do curso técnico em química do IFRJ campus Nilópolis torna-se necessário entender o processo de evolução do ensino técnico no Brasil até chegarmos hoje no Instituto Federal do Rio de Janeiro. Esse Processo se iniciou ainda em 1906 quando foram criadas as primeiras escolas técnicas no Brasil posteriormente em 1945 foi criado o CTQI (Curso Técnico em Química Industrial). Em 1956 criou-se a Escola Técnica de Química que foi transformada em CEFET em 1999 somente em 2003 quando foram inseridos os cursos de graduação e pós-graduação houve a criação do Instituto Federal do Rio de Janeiro. O objetivo desse trabalho é estudar o perfil dos concluintes do curso técnico em Química do Campus Nilópolis, através de questionários que serão aplicados avaliaremos as características desses alunos. A criação de um curso técnico visa à formação de alunos para suprir a necessidade do mercado de trabalho, porém muitos alunos concluem o curso técnico, mas não atuam, ou seja, eles seguem outros caminhos como cursar um nível superior, fazer um concurso público ou mesmo trabalhar em outra área.No ano de 2013 cerca de 500.000 alunos tem o acesso à Educação Profissional, são de mais de 354 unidades em todo o território nacional, somente no estado do Rio de Janeiro possuímos nove unidades. Nesse trabalho procuramos compreender um pouco a realidade desse aluno e o seu perfil para entender o porquê parte desses alunos não estão atuando na sua área de formação.

Material e métodos

De acordo com Gil (2002) essa pesquisa trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa uma vez que retrata o perfil dos concluintes do curso técnico em química do campus Nilópolis. A pesquisa foi realizada no Instituto Federal do Rio de Janeiro Campus Nilópolis, a amostra de estudo foi composta por 37 alunos concluintes do curso técnico em química, pertencentes ao oitavo período. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário previamente aprovado pela comissão de ética e pesquisa composto por quinze questões fechadas e uma aberta. Questões estas que buscavam levantar dados como sexo, idade, escolaridade dos pais, idiomas, meios de transportes utilizados, a intenção do estudante em trabalhar ou não na área em que estaria se formando. A coleta de dados ocorreu no período de setembro de 2013 a Janeiro de 2014 e participaram da pesquisa os formandos do ano de 2013 (2013-1° e 2013-2°). Os alunos não se recusaram em participar da pesquisa. Segundo Moreira e Caleffe (2006) a utilização de questionário tem suas vantagens e desvantagens. Como vantagem podemos citar o anonimato para o respondente, perguntas padronizadas, eficiência na utilização do tempo, as desvantagens são, por exemplo, os dados superficiais. Por meio desse questionário foi possível avaliar de forma quantitativa as respostas e traçar o perfil dos concluintes do curso técnico em química do IFRJ Nilópolis.Os dados coletados a partir da aplicação do questionário são apresentados e discutidos posteriormente.

Resultado e discussão

A partir da análise dos dados coletados através do questionário (em anexo) é possível traçar o perfil dos alunos concluintes do curso técnico em química do IFRJ campus Nilópolis. Um total de 37 alunos respondeu ao questionário, onde 18 eram do sexo masculino e 19 do sexo feminino, a faixa etária dos alunos é entre 17 e 21 anos.A partir da aplicação de um questionário, foi possível traçar o perfil dos concluintes do curso técnico em Química.A faixa etária está entre 17 e 21 anos.51% do sexo feminino e 49¢ do sexo masculino.68% dos alunos são moradores da Baixada Fluminense e 32% moradores de vários bairros do município do Rio de Janeiro.Na maioria das casas dos alunos moram 4 (49%) ou 3 (32%) pessoas.Observa-se que as mães dos alunos possuem um bom nível de escolaridade, na maioria dos alunos entrevistados as mães possuem o ensino médio completo (38%) seguido do ensino superior completo (24%).Cerca de (41%) dos pais concluíram o ensino médio seguido de (26%) que possuem o Ensino Superior Completo, onde percebe-se que os pais dos alunos possuem um bom nível de escolaridade, ainda predominando o ensino médio.A maioria dos alunos (95%) utilizam transporte público para ir à escola. Desses 95% o transporte mais utilizado é o ônibus (90%) enquanto que apenas 5% dos alunos utilizam o trem. O percentual de alunos que não utilizam transporte público é de 5%.86% cursou seu ensino fundamental na rede privada enquanto que apenas 14% dos alunos são oriundos da rede pública de ensino.Esse resultado aponta que o ensino fundamental público, não deve contribuir de forma eficiente na preparação do aluno para a prova de seleção do ensino médio técnico da rede federal de ensino, ou que talvez não forneça formação suficiente para que o aluno acompanhe o ensino técnico.

Conclusões

A maioria dos alunos optou pelo curso técnico em Química por aptidões pessoais e disponibilidade no mercado de trabalho e escolheram cursá-lo no Instituto devido à qualidade do curso oferecido. Foi observado que os pais dos alunos possuem um bom grau de instrução (ensino médio e/ ou ensino superior completo). A maioria dos alunos é oriunda de escolas particulares .Após o término do curso técnico percebemos que eles almejam continuar seus estudos em nível superior e ao mesmo tempo ingressar no mercado de trabalho.

Agradecimentos

Ao IFRJ, pela possibilidade de realização desta pesquisa.

Referências

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ° Ed. São Paulo: Atla 2002. Disponível em <https://professores.faccat.br/moodle/pluginfile.php/13410/mod_resource/content/1/como_elaborar_projeto_de_pesquisa_-_antonio_carlos_gil.pdf> Acessado em 16 de out. de 2013.
MOREIRA, Herivelto; CALEFFE, Luiz Gonzaga. Metodologia da pesquisa para professor pesquisador. Rio de janeiro: DP&A, 2006.