Autores
Oliveira, L.C. (UERR) ; Silva, R.L. (UERR) ; Carvalho, D.C. (ESCOLA ESTADUAL CARLOS CASADIO)
Resumo
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica- IPEA são coletadas 183,5 mil toneladas de resíduos sólidos por dia no Brasil, em 90% do total de domicílios, o que representa 98% das moradias urbanas, mas apenas 33% das rurais. A compostagem se constitui como uma alternativa viável, de baixo custo e sanitariamente eficiente na eliminação de patógenos de resíduos sólidos submetidos a este método (COSTA et. al, 2009). O ensino do processo de compostagem levou não tão somente o entendimento de separação de misturas, a diferença de lixo orgânico e inorgânico, como foi também uma verdadeira lição de educação ambiental, pois os alunos puderam perceber que até mesmo o processo de compostagem quando não aplicado de maneira correta acaba sendo também um poluente do solo.
Palavras chaves
Compostagem;; educação ambiental; ensino de química
Introdução
A partir da revolução Industrial do século XIX, nossa sociedade se tornou consumista e lamentavelmente nos tornamos uma maquina produtora de todos os tipos de resíduos, e a grande maioria com potencial poluidor como é o caso do lixo urbano, do lodo de esgoto, dos resíduos industriais. Conforme CEMPRE (2006) 69% do lixo Brasileiro é depositado em lixões a céu aberto. Destinar um ambiente correto para esses resíduos se torna um verdadeiro desafio. Pensando em toda essa problemática decidimos desenvolver este projeto, pois percebemos que ações mesmo que em pequena escala passa a ter grande importância principalmente por seus aspectos educativos, tornando nossos alunos conscientes de modo a fortalecer a construção de um futuro sustentável. A escola é o ambiente perfeito, pois é possível unir escola e comunidade de forma a sensibilizar com o Meio Ambiente em geral a partir do que lhes foi instruído. Para isso foi de suma importância o envolvimento e comprometimento de todos os alunos do segundo ano “C” EJA. Da Escola Estadual Carlos Casadio. As ações praticadas terão resultados a longo prazo e com certeza serão dissipadas a atingir a família de cada aluno e assim toda a comunidade.
Material e métodos
Foi aplicada uma oficina aos alunos que se dividiram em grupos. Esta oficina abordou quatro temáticas:Diferença de lixo orgânico e inorgânico;Separação desta Mista com o método de catação;Conceito do que é compostagem; Montagem das compoteiras.Cada temática da oficina foi abordada inicialmente com um conceito, utilizamos a tecnologia disponível na escola.Seguimos então para a parte pratica onde os alunos montaram as compoteiras em garrafas PET. Escolhemos montar a compoteira nas garrafas PET pelo baixo custo, a facilidade de encontrar a matéria prima e pela fácil visualização do processo de decomposição. Com este modelo também não tivemos problemas com falta de espaço, com cheiros fortes, pois fica bem tampada e não atrai insetos. Para a montagem da compoteira foram utilizados os seguintes materiais:2 garrafas pet do mesmo tamanho que cortadas se encaixarão perfeitamente;Terra; Arreia; residuos organicos ;1 clip de papel grande; Pé de meia de nylon; Faca e tesoura; ½ copo de água; Montamos a compoteira seguindo estes passos: Pegue uma das garrafas e corte quatro dedos da base, de forma que se obtenha um funil de corpo longo; A outra garrafa deve ser cortada na forma de um pote; Na tampa da garrafa que virou um funil, faça pequenos furos com o clips, esquentando-o no fogo; Na garrafa que virou um pote e também na que virou um funil coloque uma camada de areia; Misture os restos orgânicos com a terra na proporção de três partes de restos para uma parte de terra, formando um composto orgânico, e coloque dentro da garrafa em forma de funil, cobrindo a camada de areia; Em seguida coloque a água, cobrindo a superfície com mais terra; Encaixe a garrafa em forma de funil na garrafa em forma de pote; Por último, cubra o funil com a meia de nylon.
Resultado e discussão
Dos 28 alunos que participaram da etapa inicial apenas 20 se envolveram ate o fim. Todos demonstraram empenho e interesse nas atividades desenvolvidas levaram em consideração o que foi aprendido durante as oficinas temáticas demonstrando conhecimento na hora de montar as compoteira e selecionar o que podia e o que não podia ser posto. Também pude observar as discussões geradas entre os grupos sobre como depois que se tem o conhecimento é simples de colaborar com o meio ambiente.
Conclusões
Concluímos com o fim das atividades que temos plena certeza de que o objetivo do projeto foi alcançado. Despertamos o interesse e o comprometimento destes alunos para com o meio ambiente, estamos certos de que os resíduos por eles produzidos já tem destino certo em uma mine compoteira. Pois sabemos que são as pequenas atitudes que geram grandes ações.
Agradecimentos
A CAPES pelo incetivo concedido atraves da Bolsa oferecida pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência- PIBID.
Referências
COSTA, M. S.S. de M et al. Compostagem de Resíduos Sólidos de Frigorífico.
IPT/CEMPRE - Instituto de Pesquisas Tecnológica/Compromisso Empresarial pela Reciclagem. Manual de Gerenciamento Integrado. 1995.