Autores
Pimenta, S.F. (INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ) ; Martins, B.S. (INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ) ; Sandri, M.M. (INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ) ; Koltz, E.A. (INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ)
Resumo
É visível a desmotivação dos alunos pelo estudo da disciplina de Química no Ensino Médio. Muitos acham desnecessário o aprendizado desta ciência e não a associam a qualquer utilização para seus futuros, muito menos nas atividades diárias. Essa postura prejudica o rendimento escolar, na formação de conceitos importantes e que são necessários às avaliações, processos seletivos, Enem. Preocupados com esta situação, os alunos PIBID de Química, foram em busca de técnicas mais dinâmicas para diversificar o ensino–aprendizagem dos alunos. Neste segmento, foi abordado o tema, Química Forense. Essa abordagem teve o objetivo de contextualizar o ensino com técnicas e dinâmicas voltadas para realidade do aluno.
Palavras chaves
Química Forense; Ensino e Aprendizagem; Contextualização
Introdução
Vivemos numa era onde a informação flui para o público escolar numa velocidade inexplicável. Cada público vive numa determinada realidade e cabe hoje aos professores conhecer e explorar essa realidade. A ciência química deve ser ensinada no âmbito escolar de forma que os alunos consigam refletir sobre aspectos importantes do seu cotidiano, apropriando- se do conhecimento para participar de contextos concretos e entender assuntos que aparecem rotineiramente em sua vida (ANDRADE, 2014). Para poder diagnosticar os assuntos rotineiros que fazem parte da vida dos alunos é importante se aliar a mídia. E as mídias como internet, televisão e notícias de rádio, anunciam em seus noticiários muitas informações associadas a criminalística. Diariamente no contexto social ouve-se sobre homicídios, suicídios e outros crimes, os quais envolvem peritos e a química forense. Além do mais, esse assunto se torna mais atrativo, pois algumas emissoras apresentam para seu publico séries e filmes que abordam a mesma temática. Segundo essa realidade observa-se que a química forense está no cotidiano de muitos alunos, sendo primordial a participação da escola, dentro da disciplina de química, na construção do conhecimento de seus alunos sobre os aspectos de conceituação, prática e contextos envolvidos nesta área. Sendo assim, “pode elencar as diversas áreas das quais o trabalho do químico forense é decisivo: perícias policiais, ambientais, trabalhistas, industriais, doping esportivo entre outros.” (MOTA; VITTA, 2014). Com base nesta premissa, este trabalho teve por objetivo abordar o tema, química forense, como forma de aproximar mais a química teórica e prática da realidade do aluno, contextualizando conhecimentos científicos com ocorrências de âmbito comum vivenciadas no dia a dia.
Material e métodos
Para inicio das atividades, foi observado as turmas e consultado os alunos para saber o que despertava sua atenção e curiosidade. Após esse questionário foi possível saber mais da realidade dos mesmos e dentro dessa perspectiva foi possível observar o quanto assuntos que abordam a criminalística estão relacionado ao seu cotidiano, seja pela mídia através de séries, filmes e noticiários policiais, através de jogos digitais ou até mesmo no contexto social, ouve-se sobre crimes e homicídios. Após essa analise, os alunos PIBID-QUÍMICA do IFPR - Campus Palmas, Abordaram a Ciência Forense, mais especificadamente a Química forense como forma de contextualizar o ensino de química. O trabalho foi desenvolvido com uma turma de terceiro ano do curso de formação de docentes com ensino médio incluso em um colégio da rede estadual de ensino no município de Palmas–Pr. Inicialmente o assunto foi abordado em sala de aula, por meio de uma palestra explicativa e um vídeo sobre o tema Química Forense. Nesta explanação o assunto foi acerca da história da química forense, a importância e as técnicas de análises utilizadas pelos peritos. Posteriormente foi realizada a técnica de revelação de impressões digitais, que consistiu na sublimação do iodo e para testar o ensino e aprendizagem dos mesmos, foi realizado uma dinâmica, denominada de "Quíz".
Resultado e discussão
Durante a palestra observou-se uma motivação e curiosidade dos alunos aonde
os mesmos questionaram e puderam associar vários dos assuntos abordados a
assuntos do seu cotidiano.
Em seguida foi realizado a sublimação de cristais de iodo para revelação de
digitais, pois segundo (FARIAS, 2010) quando aquecido os cristais de iodo
sublimam, tendo-se então iodo sob forma de vapor, por sua vez, aderindo aos
compostos da impressão digital. Com essa técnica foi possível fazer um
demonstrativo do trabalho de um químico forense e reforçar conteúdos
didáticos como, fenômenos físicos e químicos.
Para finalizar a atividade e testar o ensino-aprendizagem da metodologia
aplicada, foi desenvolvida uma dinâmica com a participação dos alunos. A
turma foi dividida em grupos, onde cada grupo escolheu um representante, que
veio até a frente para participar de um jogo de perguntas e respostas,
denominado “Quiz". O representante tinha a opção de responder a pergunta
sozinho, e ganhar dois pontos para seu grupo, ou consultar o grupo e ganhar
apenas um ponto para cada questão. No final do Quiz o grupo que somou mais
ponto demonstrou ter adquirido grande conhecimento sobre o assunto abordado.
Esta dinâmica foi importante para fixação do conteúdo e ao mesmo tempo, para
despertar o espírito competitivo dos alunos, foi possível, desta forma,
observar o grande interesse e motivação dos mesmos pelo tema.
Conclusões
Ao explorar a curiosidade dos alunos o professor consegue motivar seu público, atrair a atenção e maior participação dos mesmos com a aula. Dessa forma o tema, química forense, foi uma boa abordagem para diversificar e ao mesmo tempo trabalhar conteúdos didáticos. Por fim, os alunos aprovaram a metodologia e reforçaram o interesse de mais aulas com a mesma abordagem metodológica.
Agradecimentos
A CAPES e a Assistência Estudantil do IFPR.
Referências
ANDRADE, F G. A Química Forense Como Motivadora Do Ensino De Química. Associação Norte e Nordeste de Química. Disponível em: http://annq.org/eventos/upload/1330465873.pdf. (Acessado em 01 ago. 2014).
MOTA, L; VITTA, P B D. Química forense utilizando métodos analíticos em favor do poder judiciário. Revista Acadêmica Oslwaldo Cruz. Disponível em: http://www.revista.oswaldocruz.br/Content/pdf/Qu%C3%ADmica_Forense_utilizando_m%C3%A9todos_anal%C3%ADticos_em_favor_do_poder_judici%C3%A1rio_.pdf.(Acessado em 01 ago. 2014).
FARIAS, R F. Introdução à Química Forense. 3. ed. Campinas, SP: Átomo, 2010.