Autores

Mera Mera, J.F.E. (UFAM-INC) ; Gonçalves de Lemos, R. (UFAM-INC) ; Ferreira dos Santos, C.T. (UFAM-INC) ; Mera Mera, J.C.E. (UFAM-INC) ; Rodrigues Guerreiro, A. (UFAM-INC) ; Cabrera Quiroz, M.Y.Y.C.Q. (UFAM-INC)

Resumo

Atividades que envolvam alunos e professores fora do ambiente formal (sala de aula), tem sido propostas como alternativa no ensino de química. Na escola estadual Imaculada Conceição, professores, alunos e bolsistas do PIBID realizaram uma atividade intitulada, II Semana de Química. O público alvo foram os alunos do 1o, 2o e do 3o ano do ensino médio. Os materiais utilizados foram de baixo custo. O envolvimento dos alunos se deram voluntariamente nos minicursos, palestras, jogos, lúdico, competição entre equipes, experimentação, teatro sobre temas voltados para o ensino de química. Proposta como estas contribuem de forma significativa no processo de ensino-aprendizagem, despertando o lado crítico e formação para a cidadania.

Palavras chaves

Ensino de química; PIBID; Ensino-aprendizagem

Introdução

As dificuldades que muitos professores apresentam, em contribuir para a formação dos alunos enquanto cidadãos críticos e preocupar-se, ainda com os conhecimentos a serem ensinados a eles, torna-se um desafio. Para obter um Ensino de Química mais eficaz nas salas de aula, faz-se necessário o uso de diferentes técnicas metodológicas e de diversos temas transversais, assim pôde-se oferecer aos discentes uma aula inovadora e prazeroso (BECKER, 2001). Os documentos oficiais tais como os PCNEM (Brasil, 1999) e os PCN+ (Brasil, 2002), propõe aos professores diferentes enfoques teóricos e metodológicos, de forma a dar significado ao ensino contextualizado. Assim, os bolsistas do PIBID de Química realizaram a II Semana de Química na Escola Estadual Imaculada Conceição. Foram diversos temas trabalhados nos minicursos, aulas práticas, palestras, teatro, jogos e oficinas estão: ética na sala de aula e no laboratório, reutilização de matérias recicláveis, como trabalhar a química no meio ambiente, essência da casca da laranja, abajur de larvar, dama químico gigante, realização de experimentos com materiais de baixo custo, ácido e base na era moderna, mais química com você, fazendo sabão biodegradável, entre outros. Nessa perspectiva o presente trabalho teve como objetivos: utilizar diversas metodologias como ferramenta de Ensino na realização da II semana de Química; promover e incentivar a participação dos alunos para o evento; verificar se os alunos participaram das diversas programações e demonstrar ao público alvo que as metodologias usadas no evento também são um meio de aprendizagem dentro da disciplina.

Material e métodos

A II semana de Química realizou-se nos setores internos tais como: salas de aula, laboratório, refeitório, auditório e biblioteca; e externo (frente) da Escola Estadual Imaculada Conceição, localizada no município de Benjamin Constant, microrregião do Alto Solimões (IBGE, 2012). O público alvo foram os alunos do 1o, 2o e do 3o ano do ensino médio dos turnos matutino, vespertino e noturno, professores, gestor e coordenador pedagógico da escola. As atividades foram realizadas em dois dias, com propostas de minicursos, palestras, lúdicos, experimentos, teatro e jogos de competição entre equipes. Os materiais utilizados para o desenvolvimento de algumas apresentações foram materiais de baixo custo e de uso cotidianos sendo outros produtos reciclados. Os temas e conteúdos propostos na semana de química, destacamos a relação do ensino de química com o cotidiano dos alunos, a ética na sala de aula e no laboratório, reutilização de matérias recicláveis, como trabalhar a química no meio ambiente, jogos tais como: quebrando a cabeça na tabela periódica, dama químico gigante; realização de experimentos com materiais de baixo custo; atividades lúdicas como: soletrando na química, fotonovelas, teatro químico, enrolados na química e outros.

Resultado e discussão

Atividades que envolvem professores e alunos de forma diferenciada, ou seja, daquela imposta tradicionalmente ou ritualizada em que ocorre transmissão e reprodução de conhecimentos, estão sendo aplicadas, como contribuição e ampliação no ensino de química. Em meados da década de noventa do século passado, alguns autores (Santos & Schnetzler, 1996) já discutiam que formar para a cidadania deveria ser o principio da educação básica brasileira e, que o ensino de ciências não deveria valorizar o acúmulo de informações, mas sim a criatividade, nas atividades práticas experimentais, nas atividades lúdicas, nas discussões de textos, nas resoluções de problemas, pois pensar ciências relaciona-se, diretamente, com a formação de pessoas que possam participar ativamente dessa sociedade. Em outros trabalhos, Santos & Mortimer (1999), escrevem, também, sobre a importância de se discutir as “(…) dimensões sociais, ambientais, tecnológicas, políticas, éticas e econômicas do conhecimento científico no ensino médio.” Atividades que estimulem professor e alunos abrem uma reflexão aos aspectos importantes para elevar a escola de um patamar de repetidora de atividades, para outro, de criadora de posicionamentos.

Conclusões

Propostas que envolvam professores e alunos em atividades diferentes do ensino tradicional, contribuem para um processo de ensino-aprendizagem mais significativo, reflexivo, desperta o lado critico não apenas dos alunos mais também dos professor. Ainda é possível dizer que os alunos reconhecem a condição social da Química, porém ações de intervenção no ambiente escolar não são suficientes para mudar a condição do ensino dessa disciplina nas escolas. Por-tanto, é importante incluir temas sociais ou dinâmicas de simulação em sala de aula.

Agradecimentos

Ao coordenador, os supervisores e os alunos bolsistas do PIBID de Química. A instituição UFAM/INC. A CAPES e a Escola Estadual Imaculada Conceição.

Referências

BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estadísticas. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em 22 de dezembro de 2012.
BRASIL (País) Secretaria de Educação Média e Tecnológica - Ministério da Educação e Cul-tura. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasilia: MEC/SEMTEC, 1999.
BRASIL (País) Secretaria da Educação Média e Tecnológica - Ministério da Educação e Cul-tura. PCN + Ensino Médio: Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curri-culares Nacionais. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
SANTOS, W. L.; MORTIMER, E.F. A dimensão social do ensino de Quimica: um estudo exploratório da visão dos professores. II ENPEC. Anais do II ENPEC. Valhinhos, CDRom, 9 pp., set, 1999.
SANTOS, W.; SCHNETZLER, R. P. O que significa ensino de química para formar o cida-dão? Química Nova na Escola, n. 4. São Paulo, 1996. Disponível em: http//qnesc.sbq.org.br/online/qnesc04/pesquisa.pdf Acessado em: 23 de junho de 2015.